fucked night

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Meus pulmões nunca foram tão usados quanto naquela noite, parecia que eu estava correndo a maior maratona já feita pela humanidade — Qual era o prêmio de quando eu chegasse no final de isso tudo? Bom, apenas minha liberdade e alguns traumas que fi...

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Meus pulmões nunca foram tão usados quanto naquela noite, parecia que eu estava correndo a maior maratona já feita pela humanidade — Qual era o prêmio de quando eu chegasse no final de isso tudo? Bom, apenas minha liberdade e alguns traumas que ficariam cravados na minha mente em forma de cicatrizes.

Eu não sei por quanto tempo ficamos nessa brincadeira maldita de pega-pega, só sei que foi tempo suficiente para que chegássemos na praça da cidade — que coincidentemente fica na frente do colégio e ao lado da delegacia. Graças a Deus alguém vai poder me ajudar, senhor eu não sei se minhas pernas aguentam mais — sinto elas tremendo, como se fossem feitas de gelatinas.

— Hyung-sik! — Grito vendo o policial dentro da delegacia pelo vidro, mas infelizmente ele não conseguiu me escutar. — Porra!

— Desiste logo Tete! Eu vou ganhar, você sabe disso! Posso correr a noite toda! — Jungkook fala ofegante, embora estivesse á alguns metros atrás de mim, pude perceber que ele também estava ofegante.

Realmente, ele estava perto de ganhar — se não fosse pela minha vontade de sobreviver, provavelmente estaria morto.

Passando pela pracinha acabo soltando a minha gata com pressa e cuidado na parte que as crianças fazem castelinhos de areia, o que a gata deve ter amado. Ainda bem que o Jeon apenas ignorou a felina, poise se tivesse feito algo com ela — eu teria ficado puto da vida.

Por sorte ela conhecia a pessoa que iria me salvar naquela noite, então me ajudou indo pedir ajuda. Ainda não sei como, mas acho que a Ravena sábia que eu estava correndo perigo.

O tempo que eu usei deixando a gata na caixa de areia da pracinha deve ter sido apenas alguns segundos, mas infelizmente foi o suficiente para que o meu irmão me alcançasse. Como um jogador de futebol americano ele se jogou por cima de mim lançando ambos no gramado, ainda caindo por cima de mim.

Soltei um gemido sofrido de dor por ter sentido os cortes arderem mas logo voltei para a realidade, não posso desistir agora. Me soltei dos braços do garoto na base do desespero e me levantei de uma só vez, mas antes que eu começasse a correr novamente o garoto segura meu tornozelo. Claro que isso me fez cair com tudo no chão, só que dessa vez ele montou em cima de mim tentando imobilizar meus braços.


Ainda tento entender da onde você tirava tanta força de vontade é resistência.

A música alta da festa que estava ocorrendo na escola, fazia com que meus gritos e xingamentos não fossem escutados por ninguém além do Jeon.

— Para com isso Jungkook! — Dou um jeito de empurrar ele ficando por cima do garoto, logo seguro suas mãos evitando encostar nos cortes em seus pulsos.

— Você que tem que parar com isso! Eu só quero te levar p'ra casa Tete, antes que o papai te ache — ele inverte as posições novamente.

— O papai tá morto Jungkook! Esquece ele de uma vez por todas! Ele morreu ok? Morreu! Acabou! Para com essa porra! — Cuspo as palavras para o garoto que congela por alguns momentos.

— O papai tá morto? Morto, ele morreu, ele está morto — Jungkook começa a tremer apertando cada vez mais meus pulsos, logo sinto algo molhado caindo sobre meu rosto.

Eram as lágrimas dele.

— Se ele está morto, as vozes que eu ouvi eram minhas? Eu... Eu te machuquei Tete? Eu sou um monstro igual ao papai? — Ele começa a fazer uma cara desumana, nunca ví tanto ódio, tristeza é arrependimento numa expressão só.

Sentia ele me apertando cada vez mais, coisa que estava doendo pelos cortes que os cacos de vidro da janela fizeram mais cedo, àquilo doía muito, porém meus sentimentos estavam doendo muito mais.

— Eu sou um monstro Tete! Um monstro! A PORRA DE UM MONSTRO TAEHYUNG! — Ele solta um dos meus pulsos e tira uma faca do coldre usando a mão livre.

Aproveitando que uma das minhas mãos estava livre, eu dou um jeito de me soltar entrando numa situação complicada. Ele segurava o cabo da faca com as duas mãos próxima do meu rosto, enquanto isso eu segurava seus braços impedindo que ele me acertasse. Agora tudo era uma questão de força é resistência, quem vacilasse iria se ferrar muito.

— Você não é um monstro Jungkook! Me deixa te ajudar! Só para com isso logo! — Falo tentando parecer amigável, mas meu tom de voz saiu desesperado. — ANDA LOGO JUNGKOOK.

— Taehyung?! — Escuto uma voz conhecida gritando de longe, olho de canto de olho percebendo alguns polícias é no meio deles o Hyung-Sik.

Ele estava segurando uma arma apontando para nós dois enquanto corria na nossa direção, o resto dos polícias estavam cercando o nosso redor — a luz das viaturas junto com as sirenes fazia aquilo parecer uma cena de crime.

Normalmente cenas assim acabam em tragédia.

— Ainda dá tempo Guuck, por favor para com isso! — Suplico em um sussurro enquanto os polícias gritavam para que o garoto se afastasse, antes que eles tomassem medidas drásticas.

— Eles vão te tirar de mim! — O garoto força aínda mais a faça contra o meu pescoço, meus braços estavam quase vacilando de cansaço. — Se eu não posso ter você, NINGUÉM PODE! Você é meu irmão, deveria ficar comigo! Mesmo eu sendo um monstro, mesmo eu sendo igual ao papai, mesmo não merecendo ter você....

Escutamos um barulho alto que fez o garoto parar instantaneamente, ele tinha levado um tiro de um dos polícias.

— Eu só queria ser amado — ele completa cuspindo sangue é logo caí do meu lado na grama.

— Puta merda, Jungkook? Jungkook?! JUNGKOOK! — Fico de joelhos ao seu lado tentando ajudar ele.

Sim! Eu sou trouxa por estar tentando ajudar ele mesmo depois de tudo que aconteceu, mas querendo ou não ele tem problemas — e o amor é a cura para eles. A culpa disso tudo não é dele, mas sim do papai.

— Desculpa Tete...

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Aviso: Essa fanfic vai ter três finais alternativos + bônus explicando o passado dos dois irmãos.

𝐋𝐮𝐱𝐮𝐫𝐲 → ᴛᴀᴇᴋᴏᴏᴋ ' Onde histórias criam vida. Descubra agora