Capítulo 25

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Seu coração ressoava em uma frenesia ensurdecedora.As mãos soavam como nunca para um respiração desestabilizada.

-Não tenha medo princesa-uma criada comentou após perceber sua total aflição,parando de cantarolar e pentear seus belos cabelos longos-Você foi muito esperada pelo seu povo!Todos saudam Lucifer desde que chegara!-comentou animada e talvez fosse essa a sensação que procurava,a de ser verdadeiramente aceita.

Amora suspirou mais algumas vezes soltando seu sorriso que permanecia escondido.

-Como podem aclamar alguém a quem não conhecem?-questionou-se.

-Isso chama-se fé!-argumentou solicita-Você trouxe a alegria novamente a seu povo!A grande prometida com a marca do Diabo!Você veio para quebrar todo o padrão sexista e onipotente dos Deuses e da  velha bíblia!

Amora fechou rapidamente os olhos na intenção de cessar todo o turbilhão de pensamentos que passeavam por sua cabeça.E antes que alguma lágrima escorrece,logo tratou de seca-lá.

-Eu falei alguma coisa que não devia,vossa graça?-questionou preocupada parando de escovar as cedosas mechas.

-Não!-quando seus olhos se abriram,proporcionando que a criada pudesse ver a imagem e semelhança que a menina possuía de seu criador.Encontrando um par de olhos nebulosos e tempestuosos com o total reflexo de confusão de seu interior-Quero que as corte!-ordenou.

Henry e Sebastiam discutiam assuntos de estado e uma Therondia pré guerra quando as grandes portas da sala foram abertas por ela.

De mapas,as atenções forma tomadas para a jovem garota,olhares de admiração e amor,nunca juntos e ao mesmo tempo.

-Espero que não tenham começado sem mim-disse adentrando ao enorme salão com as vestes típicas do exército das trevas,armaduras pretas e forjadas ao mais puro néctar das sombras.Seus longos cabelos deram vida a um curto chanel.

Henry sorriu magnífico enquanto lhe explicava como seria a forma de ataque aos exércitos,usando sua total força e conhecimento do território ao seu favor.

-E como pretende acabar com os quatro elementos?-questinou Sebastian alanisando a proposta crítico-Gastaremos todos as nossas forças contra quatro exércitos.Como derrotaremos quatro seres elementares,com poderes além do limite?

-Bom...-seu sorriso maquiavélico estendeu-se por toda a sua faceta-Amora é a resposta!

-Eu?-questionou perplexa-Não posso derrota-los-anunciou,em parte por não querer.

Henry caminhou delimitando-se apenas ao redor da mesa onde continha peças de guerra e o lugar de batalha.

-Você pode!-rebateu olhando-a fixamente-É tão forte quanto os quatro elementos juntos!

-E-eu não sei como usa-lo!-referiu-se ao desconhecido poder que nem ao menos havia presenciado,tal como ainda o usado.

-Isabel te ajudará!Nós temos não mais que alguns dias para o início da grande guerra....

Os olhos da garota se arregalaram e Sebastian logo contestaria.

-Não fomos nós que decidimos!Eles estão marchando para o norte!Todos eles!Todos os quatro exércitos com suas feras ambulantes!-seu tom se elevará conforme as palavras de ódio saiam por sua boca.

-Não sei se conseguirei...-seu olhar estava perdido entre as peças miniaturas sobre a mesa,refletindo as possibilidades.

Sentiu o calor das mãos de Sebastian alcançar seus ombros,apertando-os em consolo.Suas palavras foram baldes de água para trazerem a realidade:crua e injusta como sempre fora.

-Não teremos o tempo a nosso favor!Mas você estará preparada quanto esse dia chegar!

-Você precisa estar,querida!-o homem a olhou carinhoso,mas suas palavras a fizeram ficar sem ar por alguns instantes.Causando uma terrível dor de estômago repentina.

Não era como se a vida viessa com um manual de instruções.Ou outro que continha todas as respostas para suas dúvidas.O que estava em jogo era muito maior agora.Não apenas seu coração destroçado,mas pessoas que tinham fé nela.

Ultimamente vinha sonhando e revivendo coisas que não poderiam mais acontecer,se abstendo da razão e perdendo seu sono.

Mas tudo,tudo,era uma terrível mentira.

Sentia que estava fazendo a coisa certa mesmo que no fundo fosse errado ou contra as suas origens.Aos quais eles a ensinaram.

Não poderia mais negar,alguma parte sua estava se aflorando e implorando para que tivesse tudo e todos as seus pés.

Não poderia mais mentir.

Seus olhos se reergueram demonstrando todo o poder que poderia caber em seu ser.E um brilho se estendeu por eles.

-Você precisa da motivação certa....-comentou Henry caminhando até a jovem e sem qualquer formalidade arrastou-a pelo tenebroso castelo,abrindo grandes portas para a vasta varanda do palácio contemplando o horinzonte repleto por pessoas que acampavam ao redor da pequena muralha-Eles estão aqui por sua causa!-comentou fazendo-a mais uma vez perder o fôlego com a quantidade de pessoas acomodadas em frente.

Quando perceberam a sua presença,todos sem exceção se ajoalheram a sua presença.Recebeu olhares por toda a parte de esperança,amor e acolhimento.Logo pode-se ouvir um grito que reverberava e arrepiava seus pelos por todos da multidão:"Salve a Rainha das trevas".O coro apenas começava quando o sorriso e lágrimas tomaram sua face.

-Amora,você é a esperança do seu povo!-comentou Henry orgulhoso olhando a todos.

As pessoas que clamavam e gritavam a plenos pulmões tinham a necessidade de expressar todos os anos que sofreram nas mãos dos Deuses.Seu povo fora castigado por irem contra a natureza.Foram queimados,torturados e humilhados.Expulsos e explorados.

Magia negra não necessariamente era ruim mas a tornaram proibida por não serem capaz de controla-la.

A rebeldia do filho pródigo abençoou humanos com dons especiais,causando a ira daqueles que queriam manipular o poder apenas para si.

Nessa história,ninguém era inocente.Ambos os lados querem apenas o melhor para si,mas ela é sim,uma rara ecessão.

-Eles estam aqui a quanto tempo?-questionou impressionada.

-Desde que chegou!-comentou-Mesmo ser ter uma coroa eles a nomeiam Rainha!Mesmo sem confiar em si,eles confiam em ti!Mesmo que considere não ser capaz,eles a consideram!

Seu coração errou uma batida,inebriada pelo coral de vozes que preenchia o ambiente.Sentiu pela segunda vez,sua marca ferver em suas costas.

Indolor e capaz de instiga-la.

Sentiu veias negras se espalharem por todo seu corpo.A sua metade que estivera escondida e adormecida por muito tempo.

A Rainha das trevas finalmente estava em casa.

A Protegida dos ReisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora