Capítulo 39

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Quando os pedregulhos e buracos pelo caminho árduo cessaram e passaram pelos portões do grande Reino as carruagens junto a milhares de soldados de todos os exércitos do mundo,uma salva de palmas de todas que por alí ficaram,foi-se ouvida por todos os cantos.

A alegria que congiava todo um povo de rever os Reis e seus entes queridos,fez com que Reaghan estourasse em tempo recorde super lotação em pousadas,bares de todas as esquinas e jardins que cercavam toda a capital em festa.Assim,consequentemente,como aqueles que não se fizeram presentes, acabaram por lotar cemitérios e igrejas a procura um consolo abstrato para os que ficaram.

Os olhos de Amora saltaram-se de curiosidade pela passeata que o veículo fazia pela ruas até o majestoso palácio e com a intenção declarada de saciar-se,tentava a todo e constante momento enfiar o rosto para fora da janela.

Subiu sobre Dangelo,a sua esquerda,para ver melhor todas aquelas pessoas de todos os cantos,que como ela,queriam apenas um milésimo de segundos presenciar o poder e a glória dos guardiões.

A garota sentou-se sobre o colo do homem observando todas as construções e casas que esbanjavam alegria em cada um de seus detalhes,seja por terem uma colorimetria quente,seja por possuir elementos que a realçavam naturalmente,como em algumas,grandioso muros repletos de resvestimento feito por trepadeiras.

Ainda sim,o que mais parecia chamar-lhe a sua atenção era como a população desejava por onde sequer passavam felicitações,mesmo que uma parte delas,chorassem pelo dever a honra.

-Amora,comporte-se...-Eros resmungou quando percebeu que a garota não desceria tão facilmente do colo do homem.E em uma tentativa falha de tira-la,Dangelo o intercepitou com as mãos,para que deixa-se a garota,que nem ao menos lhe dava a mínima atenção,em seu colo.

O cavalheiro bufou,enquanto Phoenix cruzava os braços e Vance erguia uma de suas albinas sobrancelhas.E antes que chegassem ao castelo,Amora contagiada pelo o povo,acenava desvairadamente com a cabeça para fora do veículo.O que,se visto pela madame De laquer seria um crime com punição perpétua as aulas de etiquetas.

-Não se mexa demais...-Dangelo susurrou para que só e apenas ela,ouvisse o recado acusatório.E logo seus ouriçados pelos do pescoço e de todo o braço arrepiram com o contato quente de suas mãos em sua cintura,cessando o movimento involuntário que partira de sua excitação e anciedade.

Suas buchechas queimaram ao serem persoadidas pelo o olhar quente dele.Sentia algo subir de seu ventro e expandir para todo seu estômago agitado.

E antes que ferisse sua própria dignidade com pensamentos impuros e desconexos,Eros puxou seus pulsos com tanta força,que deixaram por alí resquícios seus,mesmo que não fosse de sua índole.E pensou por um momento,que as algemas seriam postas mas logo,e para sua satisfação,não o fizeram.

-Não fique felizinha...-comentou emburrado-Mandamos que fizessem uma mais "apresentável" para usar cotidianamente....-suas palavras amargas desmancharam todo a expressão de felicidade que havia,por alguns momentos,tomado sua face.

A garota negou-se a ser arrastada por ele,erguendo suas mãos para que seus olhos alcançassem sua liberdade,ainda que demasiadamente curta.

-Por hoje,vou me contentar com isso....-sorriu cínica em sua direção e por alguns segundos percebeu seus olhos trocarem de cor,para os nebulosos.Aproximou-se lentamente ao pé de seu ouvido,pela respiração entre-cortada de seu lado mais sombrio-Se quisesse,poderia destrui-lo apenas com um olhar...

A expressão séria não deixou de perdurar pela faceta dele,mas Amora não pode desviar,quando seu pomo de adão movimentou-se irregularmente.

Seus olhares não se desgrudavam orgulhosos em uma disputa assídua de olhares.Secretamente.Ambas as sobrancelhas se arquearam prestes a uma ação ainda mais amarga e complicada,não antes que Vance,atento,percebe-se.

O homem puxou Amora pelos ombros,guiando-a forçadamente para os jardins do castelo,onde Phoenix contejava animadamente,uma ruiva de beleza sem igual por entre os arbustos e flores exóticas.

-Você só pode estar louca para ameaçar um de seus Reis...-comunicou desgostoso,preparando um intenso sermão,ao que pode notar,segundos depois,a procura de seu olhar,que estava em Phoenix com as mãos na cintura de uma nobre.

-Quem é aquela?-sem que percebesse,a pergunta inevitavelmente escapou por seus lábios,transformando sua indignação em questão.Seus olhos fuzilavam sem pudor a jovem-mulher e não pode deixar de constar o quão Phoenix parecia feliz ao vê-la.

-Esta com ciúmes de Phoenix?-questionou sério,cismado com seu ciúmes para com o ruivo.

A garota engasgou-se em uma gargalhada falsa-N-não!Apenas curiosa....

-Espero que se comporte!-Vance apontou seu dedo indicador sobre seu rosto,inquisidor e assustador-Estamos aqui por Dangelo,não desaponte-o!

A garota ergueu os braços rendida,ainda que alguns momentos,sua atenção se visse presa a Phoenix,que a esse ponto quase comia a garota ruiva com os olhos.Certamente,por ter um belo corpo.Ao ponto de fazer as palavras de Vance,tranformarem-se em um zumbido aos fundos.

O homem,furtivamente prendeu Amora contra a parede em fúria.

-Você está me provocando,garota?-apertou seu pescoço delicado com as mãos albinas e de extrema força,mas que com,apenas ela,pareciam falhar ligeiramente-Você merece ser castigada e será...-prometeu,olhando em seus olhos-E me escute bem,Amora...Na próxima vez que ameaçar algum de seus Reis,você aprenderá que isso nunca acontece por duas vezes!-apontou com tanta bravura que levemente seus olhos alertaram toda a sua insegurança interna.

Quando Vance saiu,sem ao menos olhar para trás ou apontar que minimamente havia tomado uma atitude precepitada,a garota suspirou,caminhando a passos de pura incerteza para as grandes portas de entrada do a princípio,magnífico,tal como o dono,castelo de tons barrocos.

Toda a corte,que encontrava por aquela parte,formalmente a desejava votos de confiança,amizade e respeito,todos por pura,clara e evidente interresse ao "troféu" dos Reis.Alguns mal eram informados que esteve em guerra,ou que,uma mulher participara de tal ato,causando uma terrível pulga a trás de sua orelha.

A tratavam bem por conveniência e Amora percebeu em seus olhares que,ninguém ao menos por alí,souberá que a causa da guerra,era a mesma,em carne e osso.

Soldados a seguiam por todos os lados.E quando tentou despista-los por alguns convidados para a ilustre presença do Rei,de volta a capital,chocou-se contra o peitoral do mesmo,que ao vislumbrar tratar-se de Amora,entrelaçou suas mãos e sorriu em sua direção:

-Posso lhe mostrar seus aposentos,senhorita....

A Protegida dos ReisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora