Capítulo 51

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O vento gélido bagunçava seus cabelos negros enquanto mais flocos que caiam dos céus em tons de dregrade rosa e amarelo se derretiam sob a fusão de sua pele quente com a de Phoenix. Sua bochecha estava levemente corada pelo frio que ousava perturbar aquele Reino. Em todo e por tudo, onde seus olhos pudessem colidir com montanhas altas, colinas espessas, bosques vastos em pinheiros pontiagudos, rios, aldeias e cidades, vistas ao longe, como pequenas aglomerações de prédios e casas, congelados.

Os fortes ventos pertubarvam as asas do animal feroz ao qual montavam, mas sua velocidade por entre a chuva iminente era sureal, tudo parecia um borão distorcido aos seus olhos. A velocidade aumentava conforme metade de seu corpo escamoso estava sendo persoadido pelo frio e a outra estava coagida pelo calor iminente das terras da divisa com o Reino do Calor.

Um grandioso rio congelado dava palco e continuidade para com um de lava e os olhos da garota se imprecionaram com tamanha curiosidade. Mais montanhas e vulcões poderiam ser vistos pela passagem entre as nuvens e altitude ao qual voavam. Cidades espalhadas por todo o vasto território entre lacunas rochasas, plataforma ao qual despontava e brilhava perante o Sol nascente, metais e relíquias preciosas.

-Isso é magnífico...-comentou imprecionada olhando para os olhos apaixonados e vermelhos de Phoenix. Os azuis a muito tempo abandonados-Como eu nunca pude ver isso?-questionou embasbacada. O mundo em que vivera, Arundel, era tão singular quanto este mas o pacote completo, era senão, a coisa mais espetacular que Amora já pusera os olhos. No entanto, os livros ao qual estudava não fazia jus suficiente ao espetáculo de cores, sensações e experiências ao qual poderia ter-Privar alguém de conhecer o mundo deveria ser crime...-constatou e seus olhos adquiriram notas melancólicas.

As mãos de Phoenix tomaram seu rosto para si em consolo-Isso nunca mais vai acontecer...-argumentou com pesar-Queriamos fazer de Arundel seu lar, já que, fora encontrada por lá quando criança e com o tempo não queriamos pensar que o mundo fora daquelas muralhas poderia destruir algo tão puro quanto você...-sua voz falhou embargada de um choro reprimido-Achamos equivocadamente que, estavamos te protegendo quando na verdade estavamos apenas sendo egoístas...O mundo Amora, é cruel e injusto e uma alma tão boa como a sua, não deveria ter que morrer por ser quem é....

Uma lágrima dela ousou persuadir sua pele intacta pelo tempo e molhou seus lábios resecados pela mudança de clima brusca. Seus lábios se encontraram com os do belo homem a sua frente e logo estavam em sua bolha apaixonada e intocada pelo mundo perverso abaixo.

-Obrigada...-sussurou contra a pele rosada e completamente coberta por sardas de Phoenix-Por achar que eu ainda possa ser boa...-sorriu docemente fazendo o homem relembrar de quanto a garota era apenas a protegida dos Reis. Em uma época onde o sorriso de Amora era sincero, como agora.

-Acho que o que pensamos ser certo e errado por muito tempo esteve equivocado...Por que Amora..-continuou quase sem fôlego-O certo para mim é estar ao seu lado e te fazer feliz...e eu morrerei satisfeito...-fechou os olhos encostando sua testa contra a dela-Eu sou seu e entrego todo meu coração a ti...-prometeu e o tempo pareceu condensar aquele momento pela eternidade.

As chamas do candelabros em cascasta banhavam a penumbra do ambiente da sala de reuniões, ao qual estrategicamente os homens estavam posicionados sobre o mapa dos Reinos. Dois agora, inimigos. Em uma mesa nova imponente, não tanto quanto a outra. A bagunça causada pelo Rei da água ainda estava espalhadas pelos cantos, restos em meio a escuridão do salão. Exércitos e castelos se destacavam pelas pequenas peças de vidro depositadas propositalmente no esquema geográfico.

-Isso será o começo de uma guerra civil...-apontou Frédéric assustado, nunca, em milênios desde que o mundo fora criado, se deparara com uma situação desta magnitude. E não lembrava de seus antepassados escreverem sobre as consequências que gerariam ao equilíbrios natural das coisas, quando os elementos entrarem conflito entre si-Não podemos ser aflingidos pelo desespero...-discursou enquanto caminhava pela mesa oval, entre as cadeiras de Vance, Eros a ponta e Dangelo a outra-Temos de pensar o que isso acarretaria ao longo prazo, majestades...Acabaram de voltar de uma guerra, sucedida é claro, mas uma guerra! O povo ainda esta marcado pelo desespeiro do filhos que morerram em combate, temos que deixa-los se esquecerem ao menos...-suas mãos se movimentavam conforme destacava cada ponto de sua fala.

A Protegida dos ReisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora