EM REVISÃO
Maya Miyazaki, uma mestiça brasileira e japonesa que resolve voltar para Tokyo após anos desde a última vez que fora pra lá. Uma garota difícil e com um temperamento curto, carismática e que facilmente se envolve em confusões.
(Resumidam...
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point of view of MAYA MIYAZAKI
Não faço a mínima ideia do que aconteceu ontem, só lembro de acordar agora sentindo minha cabeça latejar de dor como se tivesse se partindo no meio, abro meus olhos é logo os fecho novamente por causa da luz do sol que vinha da janela batendo no meu rosto.
— Maldito sol — Resmungo
Coloco meu braço em cima dos meus olhos pra impedir qualquer luz de bater nos meus olhos e fico assim por um longo tempo, reparando agora a dor nas minhas pernas e braços também, sinto um tecido cobrir meus braços, uma faixa?
Muita dor, dor, dor, dor, dor, mas já senti dores piores na minha vida. Isso é quase como ralar o joelho pra mim.
Depois de longos minutos em estado vegetativo deitada na cama, eu reparo que a cama e pequena demais para ser a minha e finalmente tiro o braço de cima do meu rosto e abro os olhos sentido minha vista arder mas logo se acostumar com a claridade. Me sento no colchão e olho ao redor vendo que realmente aquele não era meu quarto, olho meus braços e vejo várias agulhas e faixas no mesmo, agulhas ligadas a um tubo que levava até o soro que estava pendurado num apoio do lado da cama.
— Hospital? — penso em voz alta ao reconhecer o lugar onde estou
Solto um suspiro querendo arrancar os a agulhas fora do meu braço mas me detenho e me tento me distrair, passo meus olhos pelo quarto analisando melhor o lugar e vejo um certo capeta deitado numa poltrona perto da janela dormindo tranquilamente todo torto na poltrona.
— Ei, capiroto — Chamo mas o mesmo continua dormindo igual um zumbi — CAPIROTO — Grito alto
Vejo Hayato saltar da poltrona e quase cair de cara no chão pelo susto mas se equilibra e se mantém de pé, quando finalmente acorda 100% ele me encara.
— Ótima maneira de acordar seu irmão — Ironiza Hayato passando as mãos no cabelo que estava bagunçado — Vejo que me preocupei atoa, vaso ruim não quebra não é esse ditado?
— Primeiro, você não é meu irmão, se eu tivesse um irmão ele não seria tão feio igual você. — Falo sorrindo zombeteira pro mesmo que revira os olhos — Segundo, sim, você se preocupou atoa Capiroto.
— Não foi o que o médico disse — Responde Hayato se sentando de volta na poltrona com as pernas cruzadas — O médico disse que você se salvou por pouco graças ao capacete, bateu forte demais a cabeça.
— Sério? Por isso minha cabeça tá latejando tanto, mas já passou, vida que segue, quando vamos voltar pra casa? Agora? —digo virando de costas pra ele é arrancando a agulha que tava conectada ao soro.
