capítulo sete - jimin

1.4K 222 27
                                    

Eu estava entorpecido com o choque. Eu deixei Jeon Jungkook me foder... o próprio JEON JUNGKOOK! Meu Deus, por que logo ele? Que inferno, e eu o queria tanto quanto ele me queria. Cacete, como eu queria...

Depois que a minha náusea tinha finalmente terminado, eu aproveitei para tomar uma ducha antes de voltar para o quarto e encontrar Jungkook sentado na cama, dessa vez vestindo apenas um short de algodão e com os cabelos molhados, indicando que ele também havia se banhado. Sua expressão estava um pouco preocupada. É bom que você esteja preocupado mesmo, seu sonso, é culpa sua, foi você que fodeu minhas tripas pra fora de mim, resmunguei mentalmente.

Ele havia preparado uma refeição leve pra gente já que a carne que estava no fogo todo aquele tempo acabou indo com Deus, e quando descemos pra cozinha, ele tentou me fazer jantar, mas eu era incapaz até mesmo de pensar na comida sem me sentir enjoado.

"Bebê, tenta comer só um pouco, você ainda está pálido." Ele serviu uma pequena porção num prato pra mim. Neguei com a cabeça, fazendo uma careta. Fiquei perplexo com o quanto ele parecia estar preocupado com a minha situação. Ele nunca me pareceu o tipo de cara carinhoso, mas ali estava ele, insistindo que eu me alimentasse. "Quer que eu faça um chá pra você então?"

Quando eu neguei lentamente de novo, agradecendo e ainda surpreso com todo aquele cuidado, só fiquei encarando seu rosto enquanto ele passava a mão na minha testa ainda um pouco suada, com carinho, conferindo minha temperatura.

Percebendo que eu definitivamente não ia conseguir comer, ele colocou um pouco mais de comida no prato que seria meu e se sentou no sofá pra comer na sala, enquanto isso, eu me sentei ao seu lado, em silêncio, fingindo assistir a TV. Tive a sensação de que ele queria falar alguma coisa, mas ele só se manteve calado e continuou sua refeição.

Após cerca de uma hora, ele finalmente abaixou o som da TV e me encarou. "Você ainda está enjoado?"

"Não." Eu mantive meu olhar sobre a tela muda.

Ele estreitou seu olhar. "Você vai me contar se estiver?"

"Talvez."

"Eu acho que você deveria entrar comigo amanhã, quando formos à casa da minha mãe."

Ergui as sobrancelhas pra ele, me perguntando de onde tinha vindo aquele assunto. "Por quê?"

Ele revirou os olhos e soltou uma risada seca, debochada. "Não se preocupe. Não vou anunciar nosso noivado."

Meu rosto aqueceu, mas eu ignorei seu sarcasmo. "Eu disse que não quero conversar com a sua mãe. Eu já não queria antes da gente transar, imagina agora... com certeza não. Você só vai pegar sua carteira e voltar." Suspirei, cansado. "Você ligou pra saber se ela vai estar em casa?"

"Liguei, a carteira ficou na mesa da cozinha."

"Jesus, como você faz seu trabalho se não consegue nem dar conta de uma carteira?" Eu resmunguei.

"Eu nunca disse que eu era perfeito."

Eu bufei. "Na verdade, você disse sim."

Ele suspirou como se estivesse tentando controlar a paciência. "Olha, eu sei que o que aconteceu entre a gente foi... curioso e meio inesperado. Estou envergonhado assim como você." Ele engoliu em seco. "Eu... machuquei você?"

Meu rosto estava quente quando lhe lancei um olhar. "Podemos apenas não falar sobre isso, por favor?" Minha bunda definitivamente estava dolorida, mas isso não era algo que eu iria discutir com ele, de jeito nenhum, principalmente porque fui eu que pedi, a cada cinco minutos, pra que ele me fodesse com mais força. Misericórdia, aonde eu vou enfiar minha cara a partir de hoje?

Unexpected PartnerWhere stories live. Discover now