capítulo dezesseis - jungkook

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"Como Jimin está se sentindo hoje?" Minha mãe derramou café em uma xícara e colocou-a na minha frente. "Ele não está respondendo às minhas mensagens."

"Ele está trabalhando, mãe. A diferença de horário é muita. Além disso, eu já lhe disse pra não esperar que ele responda enquanto estiver em serviço." Eu peguei um bolinho de arroz do pequeno prato que tinha sobre a mesa.

Jimin tinha mencionado que minha mãe estava ligando e enviando muitas mensagens de texto. Ele parecia mais confuso com toda essa preocupação que qualquer coisa, mas eu sabia que isso devia deixá-lo ansioso já que ele nunca foi acostumado a ter alguém tão preocupado com ele.

"Existe alguma razão pela qual ele não possa simplesmente me enviar uma mensagem curta só pra eu saber que ele está vivo?"

"Bem, ele precisa ter a privacidade dele. Ele é um homem adulto, mãe." Eu acho que eu estava tentando me convencer tanto quanto a ela. Fiquei com uma sensação ruim a noite toda, e não tinha recebido nenhuma notícia de Jimin desde que ele tinha ido para o aeroporto. Tentei me convencer de que ele estava apenas ocupado, mas me deixava incomodado ele aparentemente não sentir falta de mim como eu sentia dele.

Ela deixou cair um cubo de açúcar em seu café com um chapinhar alto. "Onde ele está mesmo?"

"Texas." Limpei as migalhas da minha camisa. "Ele está protegendo um músico."

Ela franziu a testa. "Texas? Aonde no Texas?"

"Austin."

"Oh céus!" Ela levantou e se dirigiu pra sala da frente. Quando ela não voltou depois de alguns minutos, eu suspirei e a segui.

"O que está acontecendo, mãe?"

Ela estava procurando algo num jornal espalhado sobre a mesa do café e então, ela olhou pra cima, com os olhos cheios de preocupação. "Aconteceu um ataque a um cantor coreano em Austin, no Texas. Só pode ser ele."

Meu estômago embrulhou em surpresa e medo me fazendo sentir que poderia vomitar ali mesmo. Aquela sensação horrível de pavor da noite passada batendo em mim novamente. "Do que a senhora está falando?" Me aproximei dela e comecei a folhear com pressa as páginas do jornal, as mãos tremendo e suando.

Sem conseguir encontrar a página da matéria, voltei a largar o jornal com raiva em cima da mesa, logo puxando meu celular do bolso. "Foda-se, eu vou ligar pra ele."

O telefone tocou e tocou, e meu estômago revirou de ansiedade enquanto eu andava de um lado ao outro. "Vamos lá, bebê, atende essa merda de telefone, pelo amor de Deus." Quando a ligação foi para o correio de voz, eu apertei minha mandíbula e tentei manter minha paciência intacta. Desliguei meu telefone e encontrei o olhar desconfiado da minha mãe.

"Ele não respondeu?"

Neguei com a cabeça, ainda andando de um lado para o outro. Minha mandíbula estava apertada, evidenciando minha ansiedade e irritação. "Bom, nós estamos tirando conclusões precipitadas assumindo que Jimin está envolvido nisso."

"Ah claro." Minha mãe bufou. "Francamente, vocês são dois tolos. Como ele acha que pode simplesmente ignorar seu companheiro predestinado desse jeito?"

Me sentei no sofá e passei meus dedos pelos cabelos, nervoso, enquanto suspirava. "Nós não temos nenhuma prova de que somos predestinados. Essa é só uma teoria sua, mãe."

"Vocês dois só querem saber de enfiar suas cabeças na própria bunda e ignorar tudo à sua volta, mas isso não vai funcionar." Ela folheou o jornal com impaciência, antes de quase gritar "Achei!"

Puxei o jornal das mãos dela, apesar de seu resmungo de raiva, eu li o título do artigo em voz alta. "A vida do Superstar Kim Taehyung salva pelo seu belíssimo guarda-costas." Eu engoli nervosamente e continuei lendo. "O bonito segurança Park Jimin foi ferido no trabalho enquanto subjugava um perseguidor violento na noite passada durante um encontro de fãs com o cantor Kim Taehyung."

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