capítulo quinze - jimin

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Quando abri a porta do carro, Kim Taehyung estava lá, reclinado no banco de trás da limusine, relaxado o suficiente como se não tivesse nenhuma preocupação na vida. Ele abaixou um pouco os óculos escuros, me lançando um olhar que percorreu meu corpo de cima a baixo. "Você é o cara que tem a função de tomar uma bala por mim?"

"Eu prefiro que não chegue a esse ponto. Mas se acontecer, então sim, sou eu." Eu sorri e me agachei enquanto entrava no carro. Kim se afastou e me deu espaço no banco pra que eu pudesse me sentar ao lado dele.

"Achei que você seria mais velho." Seu olhar escuro era intenso sobre mim.

Fechei a porta e me ajeitei, antes de lançar um olhar pra ele também. "Achei que você seria mais irresistível."

Ele sorriu, divertido. "E quem disse que eu não sou?" Ele alisou a mão pelo cabelo cheio e ondulado.

"Bom, eu não estou aqui pra julgar se isso é verídico ou não." Encontrei o olhar do motorista sobre a partição meio abaixada. "Estamos prontos." Ele acenou com a cabeça e saiu lentamente com o carro na rua movimentada. Voltei a virar de lado pra encarar o meu novo cliente e estendi minha mão pra ele. "Park Jimin."

Ele riu e nós apertamos as mãos. "Uau, um ótimo nome pra um guarda-costas."

Ergui uma sobrancelha, confuso. "O que?"

Ele riu outra vez. "Seu nome significa propósito, inteligência e rapidez".

"Além de músico, você é especialista em nomes?"

Ele gargalhou, o sorriso quadrado bonito ficando a mostra outra vez. "Não, eu só costumo ficar encantado e interessado com pequenas coisas..." Ele checou meu corpo de cima a baixo de novo.

É impressão minha ou esse cara estava me chamando de baixinho?

Ergui uma sobrancelha para aquela ousadia.

Ignorando meu silêncio, ele se inclinou pra frente e pegou uma cerveja de um mini frigorífico acoplado em frente ao nosso banco, e ergueu-a na minha direção. "Quer uma?"

"Não, obrigado."

Ele retirou a tampa, tomou um longo gole e voltou a se recostar soltando um suspiro satisfeito. "E aí, Park Jimin, você gosta do seu trabalho?"

Eu assenti. "Claro."

"Esse provavelmente vai ser bastante inofensivo em comparação com o que você deve estar acostumado a fazer." Ele disse, se referindo a minha atribuição de protegê-lo.

Eu ri. "Pra ser honesto, é raro que as coisas fiquem muito complicadas no trabalho. Na maioria das vezes, fico sentado à espera do meu cliente."

"Então, não há aquelas perseguições de carro que desafiam a morte ou tiroteios?"

Eu pensei sobre o idiota russo que tinha atacado Jungkook e eu.

"Bom, algumas vezes sim. Mas estou aqui agora principalmente pra caso alguém se torne pouco amigável ou respeitoso com você."

"Entendi." Ele tomou outro gole de cerveja. "Você já ouviu alguma das minhas músicas?"

Eu fiz uma careta. "Sinto muito, mas acho que não."

Ele sorriu. "Você não leu minha biografia?"

"Eu li." Eu tinha estudado e até tinha planejado ouvir algumas das canções, mas alguns empecilhos apareceram no caminho e acabei cometendo esse deslize. Tipo o fato do Jungkook ter me colocado de quatro na cama e ter metido em mim por horas na noite passada com a desculpa de que meu chefe poderia me deixar mais do que dois dias fora e que, por isso, ele estava nervoso e ansioso. Mas é claro que essa parte meu cliente não precisava saber. "Só não consegui ouvir suas músicas, sinto muito".

Unexpected PartnerTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang