capítulo treze - jimin

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Era estranho cuidar de outra pessoa agora depois de só focar na segurança de Jungkook por uma semana. Mas não era como se eu não tivesse feito isso uma centena de vezes - pegar trabalhos seguidos assim, tentar aprender seus pequenos hábitos e peculiaridades.

A senhora pra quem eu estava fazendo segurança agora só precisava de mim durante o dia. Ela era a herdeira de uma empresa de chocolate e não estava em perigo exatamente, só não gostava de pessoas ficando muito perto dela.

Felizmente, ela não era uma pessoa madrugadora. Isso funcionou pra mim desde que eu passei quase todas as manhãs abraçando meu vaso antes de ir pra casa dela. Eu estava me acostumando com a rotina de tomar banho, vomitar, escovar os dentes e depois vomitar novamente após um pequeno e leve café da manhã.

Assumi que tudo estava normal com o bebê, mas me preocupava com as minhas calças ficando cada vez mais largas, não era pra ser o oposto? Quando cheguei em casa certa noite, o carro de Jungkook já estava na entrada da garagem. Eu estava tão exausto que mal conseguia sair do carro. Quando abri a porta da frente, ele estava na cozinha assobiando uma música alegre. Sorri, mesmo cansado, e fechei a porta atrás de mim.

"Jeon, seu bundão, cheguei." Sorri ainda mais enquanto caminhava pra cozinha.

Ele bufou e continuou a descascar algumas batatas, resmungando. "Mal-criado..."

Eu queria tanto uma cerveja gelada que tinha até considerado parar em um bar no caminho de casa pra comprar, mas eu sabia que Jungkook ficaria puto se eu bebesse. Assim que ouvisse o som de abertura da lata, ele estaria em cima de mim reclamando que aquilo não seria bom para o bebê. Bom, não que ele estivesse errado depois de tudo, mas era injusto eu ter que mudar minha vida e ele continuar com a dele intacta, poxa.

Fui para o quarto e tomei um rápido banho fresco, colocando roupas confortáveis depois. Estava uma noite estranhamente quente, considerando que ainda era primavera. Quando saí do quarto, ele ainda estava cortando legumes. Voltei pra cozinha e peguei uma garrafa de chá gelado da geladeira. Ele me encarou com uma carranca, então eu logo me adiantei "Não venha me dizer que a cafeína não é boa para o bebê. É isso ou uma cerveja." Torci a tampa e joguei-a no lixo.

Ele revirou os olhos. "Eu não disse nada."

Eu bebi da garrafa e o líquido frio escorrendo pela minha garganta parecia um sonho. Suspirei satisfeito e me inclinei sobre o balcão. "O que tem para o jantar?"

"Frango frito com gengibre."

Eu ri, divertido "Ainda tentando me fazer comer gengibre?"

"Bem, eu acordo todo dia de manhã ao som do seu vômito, então achei que não seria tão ruim um gengibre de vez em quando."

Eu ofeguei, ofendido, e coloquei minha mão sobre o meu peito numa falsa pose preocupada. "Oh meu Deus, eu sinto muito meu alpha, meus enjoos matinais estão te incomodando muito?"

"Nem um pouco." Ele correu em responder, me olhando de lado, sabendo que meus hormônios descontrolados estavam fazendo com que qualquer pisão no meu pé me ofendesse como se tivessem me dado um soco na cara. Logo mudou de assunto. "Sabe, existe a versão descafeinada desse chá gelado que você gosta."

Eu dei um suspiro exasperado. "Assim como você, eu pesquisei sobre isso também, e cafeína em pequenas quantidades não machucam o bebê." Ele era pior que a mãe, e ela era ruim o suficiente. Ela me ligou quase todos os dias pra ver como eu estava me sentindo e me dava dicas sobre como ter um bebê saudável.

Pra ser bem sincero, eu ainda não tinha decidido se criaria a criança ou não, a ideia me despertava tantas dúvidas e medos, que eu me sentia a ponto de ter uma crise de pânico. Jungkook não tinha sequer tocado no assunto novamente, o que parecia estranho. Ele costumava gostar de conflitos mais do que parece agora. Eu não tinha certeza se ele estava apenas tentando não me pressionar, ou se não gostava da ideia de eu ser presente na vida do bebê.

Unexpected PartnerWhere stories live. Discover now