•Capitulo 3

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•Boa leitura
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Passei o restante da semana indo almoçar com minhas duas novas colegas de trabalho e,enquanto comíamos,elas me deixavam a par de tudo que é fofoca que corria na empresa.Nesse meio tempo descobri que Emilly estava ali há anos,mas que trabalhava no meu posto e que mais ou menos um ano ela subiu,espantosamente de cargo,de um dia para o outro.
Descobri que os maiores donos da empresa eram Victor,com 63% das ações,depois Arthur,com 17% e Gilson,com 10%,entretanto,esse não costumava trabalhar diretamente na empresa,e só comparecia,em raras vezes,em reuniões.O restante era composto por acionistas de várias partes do país,e alguns de fora.
Outra coisa que descobri,era que Victor havia herdado metade do que tinha do pai,que faleceu pouco antes dele completar dezoito anos,e ele foi praticamente obrigado a estar ali.Deve ser realmente horrível você viver uma vida tirana,e do nada a vida vir e pum,do nada fazer você ter responsabilidade,talvez fosse esse o motivo dele ser tão estressado.
Na sexta no final da tarde,quando tudo já estava devidamente organizado pra ele,pois eu não iria trabalhar dia de sábado,eu arrumei minhas coisas e fui me despedir.Na verdade,fiquei em dúvida se devia ou não fazer isso,já que,ao contrário dos outros dois dias,ele me tratou com um pouco de inferioridade,e até brigou comigo por ter errado a ordem de uma reunião que só aconteceria a um mês,e eu com certeza iria confirmar isso antes.

Bati na porta,mas como ela estava mal fechada,ele se abriu.Ele estava no telefone e quando me viu ele ficou irritado,o que me fez querer sair correndo.

- Não sabe bater na porta? - perguntou,assim que colocou o aparelho no gancho.

- Desculpa,eu bati,mas a porta já estava aberta e o senhor não ouviu.

- Que seja!Não dei permissão para você entrar,e acho que já deixei claro que só deve entrar aqui na minha presença quando eu autorizar.Eu trato de negócios aqui,e odeio ser interrompido.

- Desculpe senhor,isso não irá se repetir. - cruzei os braços a frente do corpo.Será que eu ia aguentar tanta pressão? - Já está na minha hora de ir,o senhor vai precisar de mais alguma coisa?

Ele olhou na direção da vidraça e soltou um suspiro. - Não,está liberada. - pegou uma caneta e começou a escrever algo em um papel.

- Com licença. - virei-me para sair,mas então ele me chamou.

- Senhorita Bárbara?

- Oi?

- Tenha um bom fim de semana,aproveite bem para que na próxima semana você esteja mais descansada.

- Obrigada.

Aquilo foi um pouco estranho.Primeiro me dá uma bronca desnecessária,e depois me deseja um bom fim de semana?Fechei a porta do escritório e saí resmungando,mas me calei quando topei com as duas loucas,Mii e Voltan paradas atrás da outra porta,com os olhos arregalados.

- O que vocês estão fazendo aqui?

- Ele estava brigando com você?De novo? - Mii cruzou os braços a frente da barriga,fazendo cara de brava,como,se aquilo resolvesse alguma coisa.

- Ele é um estúpido! - grunhi. - Mas tudo bem,não vou deixar isso me afetar.

- Sério?Porque seus olhos estão úmidos! - Voltan chegou o rosto perto do meu me analisando. - É,estão sim!Você não chorou na frente dele,né?

- Não! - fiz uma careta. - Acha mesmo que vou deixar aquele arrogante me fazer chorar?

- Vai ter que ser muito forte mesmo,se quiser permanecer no cargo.Depois que a Emilly subiu de nível,já foram três garotas embora.Ele é muito rude.

Querido ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora