•Capitulo 38

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Maratona (10/10)
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— Bom, eu vim trazer os papéis que você deixou para eu olhar há alguns dias, não sei se ainda se lembra, aliás, eu preciso de mais umas coisas que não sei se posso ter acesso, mas sem isso, não vou chegar a lugar algum.

— O que é?

— O acesso ao extrato completo da conta da empresa dos últimos, acho que dos últimos trinta e seis meses. É, acho que com eles dá pra entender onde foi parar seu amado dinheirinho.

— Eu vou ver o que posso fazer, mas ainda estou querendo saber o que faz aqui e não em casa como deveria estar.

— Ah, eu recebi alta hoje e quis correr pra cá, mas acho que não foi uma escolha muito boa, já que tem uma menina sentada na minha cadeira nesse exato momento.

— Ann. quanto a isso.. eu ia te contar.

— Vai me mandar embora?

— Não! Claro que não, só não esperava você aqui tão cedo.

— Eu te disse que minha consulta era hoje.

— Eu sei, mas me esqueci completamente. É tanta coisa na minha cabeça que eu.

— Quer uma massagem? Tá precisando relaxar.

— Você tá de volta mesmo, né? Por completo.

— Não imagina o quanto! — dei uma piscada, depois me levantei e caminhei até ele, fazendo questão de roçar meus lábios no dele, depois dei a volta e encostei minha boca em seu pescoço. — Não é apenas para trabalhar que recebi alta.

— Babi, não me atiça.

— Não se preocupe, não vou permitir que a menina tenha que passar pelo mesmo terror que passei. — mordisquei o lóbulo de sua orelha, depois passei a mão em seu peito e fui deslizando até sua calça para por fim parar em cima de seu pênis, que assustadoramente já estava louco para se livrar da cueca apertada e erguer-se livremente, dei uma apertada ali e ele soltou um gemido fraco. — Mas.. a gente pode se encontrar mais tarde, até por que, só vou voltar a trabalhar amanhã, ou quando você devolver minha cadeira.

— Para de fazer isso. — ele tirou minha mão de lá e se virou de frente pra mim. — Eu preciso te mostrar uma coisa.

— Eu já conheço o que guarda dentro das calças, querido.

— Ai, não! Não é isso, tá? Só... vem comigo.

Ele pegou uma pasta qualquer e saiu da sala, usando-a para tapar o volume em sua calça. Constrangedor pra ele, engraçado pra mim.

Peguei minha bolsa e o segui, fazendo cara de mulher séria para que ninguém desconfiasse que por dentro eu não era a mulher que aparenta ser.

Atravessamos a recepção e então entramos na porta perto das poltronas de espera. Era uma sala pouco menor que a dele, entretanto, tinha uma mesa com um notebook, impressora e uma luminária, uma estante cheia de livros e arquivos e além da cadeira da pessoa que trabalha ali, ainda tinham mais duas do outro lado da mesa que ficava de frente para uma enorme parede de vidro. Além do mais. Um sofá de três lugares, duas poltronas e uma mesa de centro estavam sentadas no outro lado da sala e uma mesa alta com umas garrafas de bebida e copos adequados para cada uma delas.

— E aí?

— O que tem?

— É a sua sala agora.

Arregalei meus olhos e sem perceber comecei a andar pra trás. Minha sala? Eu era uma simples secretária, não tinha que trabalhar numa sala daquela. De repente ouvi a voz de Kronos na minha cabeça dizendo que eu havia subido um degrau, assim como Emilly e ele tinha razão. Eu não queria ser a Emilly!

Querido ChefeWhere stories live. Discover now