•Capitulo 21

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•Boa leitura
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Ele pensou um pouco, então cedeu. Dei um sorriso cínico e caminhei na direção da porta enquanto ele se levantava e gemia de dor.

- Ah, e eu quero aumento no vale refeição. Esses restaurantes aqui perto são muito caros.

Ele chegou a abrir a boca para falar algo, mas eu coloquei o dedo indicador a frente da boca para que ele continuasse em silêncio e ele desistiu. Era cômica aquela situação, mas extremamente necessária.

Fiquei rindo sozinha enquanto tentava reorganizar a bagunça que ele tinha feito no meu computador. Nem acreditava que tinha feito o meu chefe se ajoelhar e pedir perdão sem ser mandada embora imediatamente, e para ele não desistir de me querer ali, era porque eu realmente importava naquele lugar. Mas por que? Secretárias eram fáceis de se contratar, principalmente em uma época difícil como essa.

- Ah, a senhorita resolveu dar as caras.

Olhei de lado e vi Emilly entrando com uma pasta na mão. Sacudi os ombros e a ignorei.

- Sabia que abandono de trabalho da justa causa? Não sei como o Victor ainda aceitou você aqui.

- Emilly, minha querida. Nem todo mundo é substituível nessa vida, e vai por mim, você não se encaixa nesse grupo de pessoas, tá?

Fiz o símbolo de chifre e coloquei em cima da minha cabeça. Ela quase voou em cima de mim, mas parou quando a porta do escritório de Victor se abriu.

- Ah, bom dia amor.

Ela praticamente pulou nos braços dele e lhe deu um beijo, e ao contrário do que pensei que faria, comecei a rir. Aquilo era tão ridículo!

O destino estava começando a me irritar. Não importava o quanto eu tentava manter distância de Victor, pois até mesmo fora do trabalho eu o encontrava. No mercado, na padaria e até mesmo quando resolvi sair com Lucas para dar uma volta num parque próximo a minha casa enquanto tomávamos chocolate quente.

Lá estava ele e a família, enquanto ele brincava com as crianças no gramado.
Quem o via rir daquela forma enquanto corria das crianças que tentavam alcança-lo, não imaginavam o quanto ele era rude.

Tentei fingir não ter visto ele ali, mas então uma das gêmeas me viu de longe e já começou a gritar meu nome, vindo na minha direção e sendo seguida por sua cópia e seu irmão, Henry.

— Oi gatinha.

Foi Sofia a primeira a me alcançar e já veio logo me abraçando, depois os outros dois que quase me jogaram no chão.

— Você nunca mais foi lá em casa, por quê?

— Eu...eu não...como vocês estão? — mudei de assunto porque eu não podia falar que não queria ir na casa deles por motivos óbvios.

— Quem é ele?

Perguntou Oli, apontando diretamente para Lucas que estava há alguns centímetros nos olhando.

— Não é seu namorado né? Não pode ser, você disse que não tinha namorado, como vai impedir o papai de casar com a Emilly agora? Como vai se casar com ele? — arregalei meus olhos e senti minhas bochechas queimaram. Elas ainda não tinham tirado aquela ideia absurda da cabeça.

Olhei para Victor que estava no mesmo lugar, agora com o filho menor sentado em seus ombros e nos olhando, depois olhei para Lucas que estava com um semblante estranho. Talvez estivesse confuso.

— Ele é um amigo meu. — esperava no fundo do coração que ele também pensasse assim, porque seria horrível dar um fora desse nele na frente de todo mundo, além do mais, ele já tinha deixado claro que queria apenas diversão.

Querido ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora