Hug me

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A febre da Alice abaixou. Então, continuamos viajando. Pegamos a primeira estrada que vimos na frente. Não fazia ideia pra onde estávamos indo.

- Não podemos esquecer que amanhã vamos ter que voltar. - Disse e ela respirou fundo.

- Não queria voltar.

- Você fala como se você fosse a única. - Ela deu de ombros. Hoje não tínhamos falado do beijo de ontem. Nem sequer nos beijamos! Bom... Tirei uma mão do volante e coloquei em cima do freio de mão como quem não quer nada e fui aproximando junto com a dela. Puta merda! Parece que eu nunca namorei na vida! Pelo amor de Deus! Enfim, coloquei minha mão em cima da dela e a Alice não tirou. Olha só! Mais um "avanço".

- To com vontade de comer fast food.

- A gente passa no Mc. - Ela assentiu. - Vê pra mim no celular onde a gente tá?

- Perto de Sainte-Adèle. - Ela fez uma careta. - Nunca ouvi falar.

- Vê quanto tempo é daqui até Blenheim.

- Mais ou menos oito horas.

- Bom... Se paramos por aqui, vamos ter que sair antes do meio-dia amanhã.

- Por mim, tudo bem. Aqui é tão pequeno. - Realmente era. O "centro" da cidade era só a rua principal. - Pequeno no estilo cidadezinhas de Supernatural.

- Tá com medo? - Perguntei rindo.

- Medo? Eu? Você tem merda na cabeça, Justin.

- Acredito. - Disse irônico e ela me olhou.

- Quando você fica com esse risinho de deboche dá vontade de socar tua cara. - Ri. Parei o carro no semáforo e olhei em volta.

- A gente tem que achar um hotel ainda.

- Sinto saudades da minha cama.

- Você que quis vim. - Ela sorriu dando de ombros. - Óbvio que seria mais agradável um hotel com pelo menos dois travesseiros em cada cama e que elas fossem de casal, porém...

- O capital não permitiu.

- Exatamente.

- Olha, tem aquele ali da esquina. - Alice olhou em volta.

- Acho que é o melhorzinho daqui. - Estacionei o carro quase em frente e entramos. Não era um hotel. Era...

- Olá, queridos. Bem vindos ao Chalé das Matas*! - Uma senhora disse assim que entramos. A parede de fundo era totalmente de vidro e, por ali, dava pra ver os chalés. Olhei pra Alice.

- Boa tarde. Quanto é que por uma noite? - Ela perguntou.

- Desculpe, mas... Vocês fugiram de casa?

- Não. - Respondi sorrindo e quase rindo na cara da senhora.

- Bom, temos dois chalés simples, um tamanho médio e um grande disponíveis.

- O mais simples. - Respondi de novo. Depois de vermos o preço e decidirmos ficar, pegamos a chave e fomos até o chalé. Entramos e realmente era simples, mas parecia ser confortável. De longe, o melhor quarto que pegamos durante a viagem.

- Não tem outra cama. - Alice disse olhando ao redor do pequeno quarto. Além do quarto, só tinha uma cozinha, banheiro (obviamente) e uma varanda.

- Sinta-se honrada. Vai ter o privilégio de dormir abraçada comigo. - Ela gargalhou. Me joguei na cama.

- Você é pequeno demais pro tamanho do seu ego.

- Tá falando isso, mas deve tá toda felizinha. - Ela riu e as bochechas dela ficaram vermelhas.

She Will Be LovedWhere stories live. Discover now