Capítulo 1: Unidas

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O dia estava quente na pequena cidade de halsville. Uma cidade pequena da cidade de São Paulo. Um bairro confortável e de classe média, os habitantes não são ricos, mas viviam bem.
Aquele seria o primeiro dia de aula no colégio interno de halsville. Os estudantes do ensino médio costumavam ser terríveis.
Enquanto isso, no colégio...
— Esse colégio é um saco. — dizia Bárbara, uma aluna que costumava dar trabalho para o diretor.
— Eu gosto. — respondeu Natália, melhor amiga de Bárbara. — Vamos dividir o quarto com a Samantha.
—  Samantha? A nerd que estudou com a gente no jardim de infância?
— A própria.
— Eu detesto aquela garota, Natália. Vou dar uma bifa nela.

A primeira aula de matemática.
"Sério mesmo? Matemática? — pensou Bárbara"

"Natália: sabe quem será nosso professor de inglês? Rodrigo."
"Bárbara: Rodrigo? O gostoso do olho verde?"
"Natália: o próprio."
— Natália e Bárbara, larguem os celulares, senão vou chamar o diretor, não estou brincando. — disse Dominique, a professora de matemática.
— Desculpa, Prófe. — disse Natália.
— É, desculpa. Estávamos falando o quão delicioso é o professor de inglês. — respondeu Bárbara.
Risadas ecoou pela classe.
Os professores, alguns deles eram novos, outros não, alguns chatos, legais ou insuportáveis:

Jonas Alencar Jr, diretor da escola. Chato, autoritário, insuportável. Seu vô havia fundado o colégio, passou para o pai de Jonas e por fim, para o próprio Jonas.
Dominique Daniel, professora de matemática. Chata em algumas aulas, legal em outras. Uma espécie de professora bipolar.
Ana Paula Mello, professora de português. Chata, chata, chata.
Luís Carlos de Souza, professor de geografia, palhaço, descolado e bonito.
Roseli Silva, professora de história. Uma velha caduca, quase cega e surda. Estava aposentada, mas queria morrer dando aula.
Henrique Vasconcelos, professor de educação física, um professor gente fina, vaidoso, e costumava ser o centro das atenções, chamava atenção de outras professoras, alunas e mães.
Elisangela Alencar, vice-diretora e filha de Jonas. Tão chata quanto seu pai, insuportável, autoritária e mandona.
Mariana Veloso, professora de biologia, uma gracinha de mulher, fofa e linda.
Luana Marques, professora de artes. Nam chata nem legal... Neutra, apagada, sem graça.
Rodrigo Gonçalves, professor de inglês. Lindo, charmoso e simpático.

No corredor havia divisórias que separava o quarto dos meninos e o quarto das meninas. Enquanto isso, em um dos quartos femininos.
— Eu detesto a professora de português. — disse Natália.
— O mundo inteiro detesta. Vamos mudar de assunto, né. O que você acha de fazer algo especial, estamos no terceiro ano do ensino médio, vamos para farrear, encher a cara, fazer coisas ilegais.
— Eu topo.
— licença. — disse Samantha, entrando no quarto. — Sou colega de quarto de vocês.
— Oi, Samantha. — disse Natália e Bárbara juntas.
— Então, Natália. O que você acha de fazer coisas diferentes?
— coisas diferentes? — perguntou Samantha. — Eu não posso deixar vocês fazerem coisas erradas. Eu vou contar para o Jonas.
— Olha Samantha, querida. Vai viver sua vida, pare de ser uma planta. Fique quieta ou se junte conosco. Se você contar alguma coisa para alguém, eu conto para todo mundo que você fuma umas ervas suspeitas escondido. — respondeu Natália.
— Não conta.
— Como sabe disso? - Sussurrou Bárbara.
— Eu não sabia, joguei verde e ela caiu.
Riram.
Anoiteceu. Já passava das 22:00.
— Vamos?
— Vamos. Samantha, você vem. — disse Bárbara.
Passaram pelo corredor, desceram às escadas e chegaram ao pátio, abriram o portão com uma facilidade, parece que já tinham feito aquilo. Chegaram ao estacionamento dos professores e tiveram uma ideia insana... Rodrigo, pegaram o carro do professor de inglês, abriram o portão do estacionamento e foram.
— Não confio em você no volante, Bárbara. Você nem tem a chave. — disse Samantha.
— Já ouviu falar em gambiarra?
Saíram. Velocidade, batida, luzes, vidros e um ciclista lançado para longe.
— Matamos ele. — gritou Samantha.
Saíram do carro cambaleando, sem ferimentos.
— Está tudo bem com o senhor?
— Tudo, só ralei o joelho.
E o ciclista saiu mais rápido que um raio.
— Como explicamos para o professor que pegamos o seu carro, batemos e atropelamos um ciclista? — perguntou Samantha.
— Vamos para o colégio como se nada tivesse acontecido, como 3 meninas lindas e inocentes. — explicou Natália.
E assim fizeram. Entraram de fininho e estavam prestes a subir para o quarto.
— Que noite adorável, não?
Olharam para trás.
— Oi Jonas, seu lindo. — disse Bárbara.
— As 3 na minha sala, agora.
Quando chegaram na sala do diretor, se depararam com Rodrigo. Ambas ouviram um sermão tanto do diretor quanto de Rodrigo, os pais teriam de arcar com as despesas do estrago do carro e...
— Vão passar o final de semana aqui, vão ajudar as "tias" da limpeza com a limpeza do colégio.
— Nãaaao. Os meu pais vão me matar. — disse Samantha.
— Tenho compromisso nesse final de semana.
— Tô acostumada. - terminou Bárbara.

O CORREDOR DO MEDOWhere stories live. Discover now