Capítulo 10: Ciúmes e Loucura

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Bárbara estava inquieta ultimamente.
Os nervos estavam a flor da pele.
Todos estavam tensos e com medo.
O colégio ficava mais vazio, alguns morreram. Outros pediram demissão. Alguns pais tiraram seus filhos do colégio a força, todos os pais deveriam ter seguido o exemplo e tirado seus filhos daquele matadouro.
Alguns pais trabalhavam muito, pagavam a mensalidade da escola para deixarem seus filhos seguros, com estudos e fora das ruas.
Outros não sabiam do que se tratava direito.
Os bolsistas não iriam sair de jeito de nenhum.
Alguns pais nem ligavam mesmo, então, sempre teria alunos na escola.

Danilo estava na base policial, analisando as imagens das câmeras do colégio, viu o histórico de seu suspeito, analisou as imagens de um hospital psiquiátrico e comparou.
— Você tem conhecimento cibernético, né. Inteligente até demais. Não é uma pessoa forte, apenas habilidosa e ágil. Por que fez isso? Eu te peguei.
Danilo deu um pulo da cadeira. Conseguiu um mandado judicial para vasculhar o colégio INTEIRO.
— Vamos até o colégio. — gritou Danilo com o mandado na mão.

A polícia chegou imediatamente no local.
— Temos um mandado de busca. — disse Pamela (a detetive) para Jonas.
— Aonde fica o quarto de Bárbara?
Vasculharam o quarto, abriram o guarda-roupa de Bárbara.
Pamela pegou um enorme urso de pelúcia... Havia um zíper, abriu: havia a roupa preta e a máscara de palhaço, luvas tudo coberto por sangue.
No guarda-roupa havia um fundo falso, feito por Bárbara, com um machado e uma bota preta, também com sangue. O kit completo do assassino.
Natália chegou no quarto, levou um susto.
— O que está havendo?
— cadê Bárbara? — Perguntou Danilo.
— não a vejo desde hoje cedo, ela estava estranha.
Natália viu todo o "arsenal" do assassino.
— Foi ela? Não é possível.
— estava com ela o tempo todo? — perguntou Pamela.
— Não.

A roupa e o restante das coisas foram levadas ao laboratório e confirmaram o DNA de Bárbara. A polícia estava a considerando como fugitiva.
— Somos amigas desde a 3° série. Bárbara foi diagnosticada com esquizofrenia com 12 anos. Passou alguns meses no hospital psiquiátrico. — dizia Natália. — Ela escapava algumas vezes.
" — É né, ela desmascara as câmeras. Por isso sempre foi fácil para ela matar, limpar a cena sem ser vista. — pensou Danilo."
— Nunca desconfiou de nada? Sobre Bárbara ser uma assassina?
— Não. Só porque ela é doente mental não quer dizer que ela seja a maníaca. Eu passei a maior parte do tempo chapada, não vi nada diferente. Bárbara também chapou, não sei como ela fez tudo isso.
Natália começou a chorar.
— Tem algum motivo para que Bárbara matasse tantas pessoas? Ciúmes? Algo desencadeou esse ataque de fúria?
— Eu não sei. Ela nunca perdeu o controle.

A polícia foi até a casa dos pais de Bárbara.
— Cadê a filha de vocês?
— O que? Não sei. — respondeu Eva.
— Acreditamos que ela tenha matado 19 pessoas no corredor do colégio, precisamos investigar.
— O que? Não, impossível.

Os policiais entraram na casa. Eva começou a chorar.
— Amor, ela tem esquizofrenia.
— e daí, Michel? Pessoas com esquizofrenia não saem matando pessoas por aí. — Gritou Eva.

Durante o interrogatório, os pais de Bárbara revelaram que o psiquiatra de Bárbara deu alta para a garota havia 2 anos, desde então Bárbara não se tratou mais. A jovem começou a mostrar um comportamento mais irritável e agressivo. Procuraram o psiquiatra, Dr. Hernani Morales, garantiu que Bárbara estava bem e não precisaria de atendimento, negando atendimento a paciente.
  — Sei que não justifica o que Bárbara fez. — Mas ela sofreu negligência, ela pensa fora da realidade. Bárbara tem culpa, Hernani também. Minha filha precisava de remédios, terapia, talvez uma nova internação.
— Por que não procuraram outro psiquiatra?
— Hernani atendia pela rede pública, não temos tanto dinheiro, já gastamos uma nota com o colégio.

No dia seguinte, a noite.
Na delegacia, apareceu uma sujeita suja, desorientada, tremendo. Bárbara se entregou.

O CORREDOR DO MEDOWhere stories live. Discover now