Capítulo 3: Suspeitos?

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Na manhã de domingo a polícia interditou o colégio. Jonas foi interrogado, o diretor fazia uso exagerado de calmantes, então, estava num sono profundo no momento em que degolaram o professor.
- Quantos alunos estavam de castigo nesse final de semana? - perguntou Danilo, detetive responsável pelo caso.
- 14, são 14 alunos de castigo. 3 estão aqui por fugirem no meio da noite, pegar o carro do falecido e bater com o carro, atropelando um ciclista. - respondeu Jonas.
- Você acha que isso é um motivo para ter matado o professor? O castigo?
- Acredito que não, as pestes não fazem o perfil de assassinas.

Os alunos foram interrogados.
Os professores foram interrogados.
A vice-diretora foi interrogada.
As tias da limpeza, da cantina.
- Eu não vi nada. - dizia Bárbara. - Por que eu mataria ele? Qualquer aluna desse colégio adoraria fazer sexo com ele, suspeito que até os garotos desejavam Rodrigo.
- Fumaram maconha? Ouvi boatos que você, Natália e Samantha estavam sob efeitos da drogas.
- Já viu maconheiro matar alguém? A erva deixa a pessoa lesada e com sono, não um psicopata assassino de professor gostoso.
- Aonde você estava entre 23:00 e 01:00 da manhã?
- Dormindo.

- Não era nem para a minha linda pessoa estar aqui. - dizia Samantha. - Bárbara e Natália são 2 selvagens. Mas gosto delas.
- Ficou no quarto a noite toda?
- Sim, nós jantamos e subimos lá pelas 21:00. Mas a Natália desceu.

- Então, Natália. O que andou fazendo na noite de ontem?
- Fiquei no quarto. Desci para pedir desculpas para Rodrigo, por bater o carro dele. A luz acabou e eu subi correndo.

Os dias se passaram. Tenso. Pavoroso. Asustador.
Em questão de pouco tempo, todos os habitantes do pequeno bairro de halsville já sabiam do caso do professor que morreu no corredor do colégio.
Todos que estavam no local eram fortes suspeitos. Inclusive Natália.
- Não Acredito que isso aconteceu com Rodrigo. - disse Samantha.
- Sou principal suspeita. Isso é horrível. - comentou Natália.
- Vamos investigar nós mesmas. A polícia nem tem pistas. - comentou Samantha.
- Tô de boa.
- Excelente ideia. - disse Bárbara.
Os estudantes estavam no refeitório, comiam macarrão com almôndegas.
- Guerra de macarrão. - berrou Bárbara.
Pronto. A bagunça estava feita.
Bárbara lançou um prato e acertou em cheio uma cabeleireira loira. Uma mulher alta, branca e loira, tinha quarenta e tantos anos... Se tratava de Elisângela, a vice-diretora.
- Bárbara, vai até minha sala. AGORA.
Assim, Bárbara levou uma sútil advertência.
Anoiteceu. O corredor. Escuro. Assustador. Dominique, a professora de matemática, perambulava pelo corredor, sem medo.
O ser surge. Com a calça de moletom preta, jaqueta preta com touca, a máscara de palhaço e um machado.
- Socorro. - a voz de Dominique não saiu.

O CORREDOR DO MEDOWhere stories live. Discover now