Capítulo 8: Segredos

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O dia amanheceu nublado, triste e sem vida. Era uma manhã de sábado, as meninas estavam de castigo por farrear.
Apenas um dia.
— Que vida, não! —  comentou Bárbara.
— Precisamos investigar mais esse misterioso caso no corredor. Não está certo, Jonas deve saber de algo, não é possível. Nada passa despercebido por ele, aí surge um assassino psicopata e mata várias pessoas. — disse Natália.
— Embora eu ainda pense que Rodrigo ressurgiu dos mortos, vou te ajudar nessa missão super emocionante.
— Bárbara, você tem sérios problemas de comportamento.
— você também.
— Por isso somos amigas.
Riram.
— Ok, de noite vamos invadir a sala de Jonas. Ele toma calmantes, então seu sono é pesado. Entramos com cautela, para não acordar nenhum aluno  x9 e tem professores que dormem aqui. — dizia Bárbara. — Vamos procurar o que exatamente?
— Provas de que Jonas sabe de algo, até a loira do banheiro deve saber de algo, afinal ela é filha do diretor.
— Ok.
Deu 18:00. Bárbara passou pela sala dos professores e viu Mariana Veloso, professora de biologia.
— Bárbara? Eu te vi. — gritou Mariana.
Bárbara deu alguns passos para trás.
— Oi, professora, boa noite. O que faz por aqui uma hora dessas?
— Corrigindo algumas provas do 1° colegial. Entre.
Bárbara entrou, fechou a porta.
— Me ajuda? — perguntou Mariana com um belo sorriso estampado. 
— Como eu posso te ajudar?
— Me fazendo companhia.
— Uffa.
— Por que "Uffa"?
— Pensei que você fosse algum tipo de professora tarada.
— Quem disse que eu não sou?
Se entre olharam maliciosamente.
Bárbara se aproximou, lhe acariciou os cabelos, sua professora de biologia era graciosa. Media em torno de 1,65, branca e cabelo enrolado que chegava na cintura, magra, olhos verdes e boca rosa, parecia uma boneca de porcelana. Se beijaram.
  — Desculpa. — disse Bárbara.
  — Não precisa se desculpar. Estava bom, continue.
Lá estava Bárbara, ao invés de ajudar Natália na missão de investigar Jonas, estava amassando a professora na sala dos professores.
19:15, Bárbara subiu para o seu quarto.
— Aonde você se meteu, garota? Se esqueceu da nossa missão? Eu tentei TE LIGAR, sua cabeçuda. — disse Natália com os olhos arregalados, tentando não gritar.
— Foi mal. É que minha vida sexual é mais importante do que investigar o velho careta do nosso diretor.
— Vida sexual? Com quem foi? Deve ter sido uma maravilha, para você demorar desse jeito.
— Mariana Veloso.
— A professora te pegou no flagrante? Bem feito, isso é para você aprender a fazer suas coisas na hora que é para serem feitas.
— Não tapada. Eu e a professora deu uns amassos na sala dos professores.
Natália encarou Bárbara, não poderia criticar, havia feito a mesma coisa com Rodrigo antes dele morrer.
— Transaram?
— Com certeza. — respondeu Bárbara. — Me deu vontade de casar com ela. Eu faria isso para sempre.
— Sua piriguete, safada. Pega homens e mulheres, pervertida.
— Ok, agora temos uma missão. Vamos esperar Jonas dormir e fuçar em suas coisas.
— Ok. Vamos fazer isso de madrugada, Bárbara.
03:00 da madrugada, elas descem até a sala de Jonas, abrem a porta igual 2 criminosas profissionais. Vasculham  tudo.
— Natália... O diretor pode não ser o assassino, mas olha esses rastros no computador dele. Jonas está desviando dinheiro. Ele recebe verba para manutenção da escola e não está fazendo o que deveria estar sendo feito.
Natália deu uma olhada.
— E se Rodrigo descobriu esse desvio de verba e confrontou Jonas?
— Acha que Jonas o mataria por isso, Natália?
— Não sei, nem quero saber. Vamos dar o fora, vai que ele seja o assassino e nos mate por descobrir seu segredinho podre.

Saíram da sala correndo, nem olharam para trás.
— Vamos interrogar sua amável filha. — disse Natália.
— A loira do banheiro? Sério?
— Sério, ela é vice-diretora, deve saber dos podres do pai dela.

O CORREDOR DO MEDOWhere stories live. Discover now