Capítulo Três

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Fui um completo idiota

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Fui um completo idiota.
Fui muito estupido e babaca.
Burro o suficiente ao ponto de perder uma garota incrível que eu tinha do meu lado.
Chuto a pedrinha que encontro pelo caminho, a angústia tomando conta de mim.
Andando distraidamente de volta para a árvore onde deixei Bella, avisto uma caixinha bem pequena no chão, pego em minhas mãos e sem pensar duas vezes a abro, encontrando uma pulseira de couro, que certamente era o presente da minha pequena para mim, coloco-a em meu bolso.
Eu tinha sim cometido um erro, mas havia uma explicação para tudo. E eu iria conversar com Camille, mas não agora, eu sabia perfeitamente que ela estava brava o suficiente, e não iria querer me ver agora.
Decidi que conversaríamos depois...
E esse foi meu primeiro erro, pois esse depois nunca chegou.

Vou dirigindo distraidamente para o tal encontro que Henrique conseguiu para mim, me convencendo de que faria muito bem, afinal fez bem para a namorada dele, quando passou pelos "momentos difíceis" dela, isso foi o que ele disse, mas ninguém sabia...

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Vou dirigindo distraidamente para o tal encontro que Henrique conseguiu para mim, me convencendo de que faria muito bem, afinal fez bem para a namorada dele, quando passou pelos "momentos difíceis" dela, isso foi o que ele disse, mas ninguém sabia quais as merdas que aconteceram comigo, apenas eu.
Tinha chegado a apenas dois dias no Rio, estava morando com o Henrique, no apartamento dele, ao menos até conseguir me estabilizar. O que eu pretendia fazer o quanto antes, inclusive Henrique me afirmou que falaria com seu patrão para conseguir um trabalho provisório para mim em sua empresa.
Estaciono o carro em uma das muitas vagas em frente ao prédio que Henrique havia me explicado o caminho, não pode vir pois de acordo com ele tinha trabalho aquela noite.
Mas, me disse que eu encontraria sua namorada, não era difícil reconhece-la de acordo com ele, a morena mais linda. Claro! Ele não diria nada diferente disso. Solto um longo suspiro e desço do carro, me encaminhando para o prédio a minha frente.
-Opa amigo, você é o rapaz novo certo? -pergunta o homem assim que ponho meus pés na calçada.
-Ah sim, Noah, e você é?... -pergunto ao apertar a mão do homem a minha frente.
-Carter, o responsável pelas reuniões e encontros. -responde ao me encaminhar para dentro, juntamente com outras pessoas. -Sejam muito bem vindo Noah.
Sorrio em sua direção, apenas acenando com a cabeça, é quando sinto olhos sobre mim, viro meu rosto e quem encontro a alguma distancia com olhos penetrantes a me encarar é a linda mulher que um dia eu tive o prazer de ter como minha namorada.
A mulher que eu destruí o coração.
A mulher que me abandonou.
A Mulher que um dia amei.

Meu coração acelera imediatamente, havia 9 anos que eu não via essa mulher

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Meu coração acelera imediatamente, havia 9 anos que eu não via essa mulher. E meu Deus, ela tinha sumido da minha vida como se nunca houvesse existido, deixando um buraco em meu peito. Eu ainda guardava magoa pelo que ela fez, mas certamente a raiva dela era bem maior que a minha, e com certeza com razão, pois ela nunca me deu a chance de explicar o que aconteceu de fato aquele dia, por que aquele beijo, simplesmente correu e nunca mais voltou, me deixando para trás com a única coisa que eu carregava no meu pulso até hoje, apesar de já ter deixado de usar essas pulseiras a muito tempo, nunca consegui me livra da última e única coisa que Camille havia me dado.
Me aproximo lentamente, mas a vejo se afastar como se tivesse tomado um choque. Desisto de me aproximar e tentar falar com ela aquele momento, e esse é meu segundo erro.
Todos tomam seus acentos, e a reunião inicia.
Não consigo tirar meus olhos dela, com seus cabelos negros transados para trás, seus lindos olhos castanhos claros perdido em algum lugar bem distante, provavelmente no passado, seus lábios pintados de um tom de vermelho mais claro, linda, ainda mais linda que a 5 anos atrás.
Não percebo quando falam meu nome, até alguém cutucar meu braço e perguntar:
-Você não é o Noah? -diz olhando para mim, assim como todas as outras pessoas na sala, inclusive ela. -É sua vez.
-Ah, certo...Bom, me chamo Noah, tenho 25 anos de idade, e sou alcoólatra, comecei a beber aos 17 anos de idade, e desde então venho me afundando mais na bebida... -Sinto seus olhos castanhos sobre mim enquanto me ouve falar, algo que ela nunca soube. - E é isso.
-Conte mais um pouco pra gente de como foi sua vida, Noah. - pede Carter, de pernas cruzadas sentado em sua cadeira. Todos me olham novamente, aguardando.
Me levanto e continuo a falar:
-Tudo piorou ainda mais depois que meu pai morreu, e minha mãe casou novamente, meu padrasto é um filho da puta, me xingava e batia sem dó. Ele também bebia pra caramba, e me forçava a beber junto com ele, me tornando esse lixo que sou hoje. -Algumas pessoas ficam chocadas, outras me olham com pena, mas Camille fica neutra, e eu não sei o que se passa em sua cabeça agora, mas internamente espero que seja ódio, pois com ele eu sei lidar, muito mais que com a dó dela.
-E chegou um tempo que eu não era mais obrigado a beber, porque eu gostava de beber. E parece que o prazer dele era me obrigar, então ele simplesmente não queria mais me dá bebidas, e me batia quando eu pedia, eu apanhava e apanhava e minha mãe nunca esteve ao meu lado... E hoje estou tentando me livrar desse vicio maldito, acho que agora é só. - finalizo, sabendo perfeitamente que havia muito mais por trás do que o que eu contei... E o silêncio permeia o lugar, volto a me sentar, com todos os olhos a me fitar, alguns marejados, outros em choque mesmo.
-Certo. Estamos todos juntos, e estamos com você Noah, não é pessoal? -fala Carter quebrando o silencio da sala.
-Estamos com você Noah. -respondem todos em coro, menos ela, claro. Apesar de manter seus olhos em mim, e quando tento encarar, ela apenas desvia novamente.
Assim que a reunião termina, vejo Camille se encaminhar para a porta, como se quisesse sair dali o quanto antes.
Tento caminhar rapidamente para a saída, mas algumas pessoas interditam meu caminho, me desejando boas vindas e dizendo que estão comigo, agradeço e quando finalmente estou do lado de fora, não a encontro mais em lugar algum.
Camille havia ido embora, de novo. Algo que ela vinha praticando a muito, e era especialista nisso; fugir.
Passo as mãos pela cabeça, frustrado, me pego tendo um déjà vu, quando novamente eu chuto uma pedrinha em meu caminho, espera um dia conseguir me livrar daquela pedra que parecia sempre estar ali, me impedindo de prosseguir.

Outra Vez Você - Duologia (Livro Dois)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt