Capítulo Sete

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Os sons do aparelho de hospital preenchem meus ouvidos, o bip bip constante chega a me irritar em alguns momentos

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Os sons do aparelho de hospital preenchem meus ouvidos, o bip bip constante chega a me irritar em alguns momentos. Minha mãe está nessa cama a um mês e meio, desde então nunca mais vi Camille. Sequer tenho ido as aulas, mas tenho amigos que me passaram a informação de que a mesma também não tem frequentado a escola.

Estou sentado no sofá da sala do hospital local onde mamãe está internada, os médicos afirmam que a qualquer momento ela pode despertar, e eu venho ansiando cada vez mais para que esse dia não demore, me preocupa o ocorrido com minha mãe, de acordo com o médico não foi um acidente fatal, apesar de grave, ela se recuperaria.

Era preocupante o fato dela estar nessa situação, mas eu também não conseguia para de pensar em Camille, onde ela estaria, como estaria... Me sinto culpado em alguns momentos pelo ocorrido com minha mãe.

O bip bip constante muda de frequência nesse momento e eu imediatamente levanto-me do sofá, caminhando em direção da cama dela. Vejo quando o marcador do monitor altera em um constante acelerar de coração, não sabia o que estava acontecendo e aperto a campainha que chama a enfermeira, preocupado, e se fosse um ataque cardíaco?

A enfermeira abre a porta do quarto alguns segundos depois, me encontrando pálido ao lado da cama, perguntando o que houve, explico e ela me olha como se fosse obvio.

—Se acalme, está tudo bem. Sua mãe apenas está despertando aos poucos e acaba alterando os batimentos cardíacos, nada demais. Em todo caso irei verificar ela. Pode ficar tranquilo, tudo bem? —explica a bondosa mulher a minha frente, como se estivesse explicando algo para uma criança.

Apenas confirmo com a cabeça, voltando a me sentar, perco-me em pensamentos que me angustiam profundamente.

Onde você está Camille?

É a única dúvida que transpassa em minha mente nesse momento, me culpo por estar pensando na mulher que virou minha vida de cabeça para baixo, quando está claro que minha mãe precisa bem mais de mim nesse momento.
Sinto raiva por tudo.
Raiva de Camille, por ter fugido.
Raiva de mim mesmo, que fui tão covarde.
Raiva de minha mãe por está nessa cama de hospital agora.
Raiva do mundo que me tirou a pessoa que amo.

  

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Outra Vez Você - Duologia (Livro Dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora