Capitulo 14

1.4K 91 33
                                    

Leonard Brown Davis.

Um tempo depois.

    Fez um mês em que Sarah chegou na cidade, um mês mais ou menos que nos conhecemos mas apenas pouco mais de uma semana que nós estamos, como eu posso dizer....nos conhecendo melhor? É, acho que é essa a palavra.

    Depois daquela chuva no primeiro beijo, ficamos gripados por uma semana inteira, óbvio, que bem melhores do que os dois primeiros dias mas mesmo assim preferi não ir para o trabalho.

    Enfim, depois do primeiro beijo parece que as coisas mudaram, não para ruim, mas é como se a cada dia nossa intimidade aumentasse. Não conseguimos ficar tão juntos como eu gostaria, depois que eu voltei ao trabalho tive que colocar tudo que estava acumulado, em dia, ou seja, quando eu saía de casa a Sarah não tinha chegado, e quando eu voltava ela já tinha ido. O Instagram é o que está nos ajudando a conversar mais, sempre pela noite trocamos nem que seja duas palavras.

    Mas estamos indo com calma, não quero pressioná-la a nada, mesmo agora nós dois tendo certeza do que sente um pelo outro, não acho legal ficar colocando pressão nesse tipo de coisa.

    Esse final de semana foi mais um dos finais de semana que não conseguimos nos encontrar, tive que vir para a cidade grande resolver algumas pendências dos mercados e de outras empresas que eram do meu pai, fiquei hospedado na casa de um dos meus amigos, Gabriel.

    Costumo falar que temos um quinteto que consiste em mim e mais quatro amigos do colégio, Gabriel que é o mais velho do grupo por cinco semanas, ele sempre faz questão de deixar bem claro que é o mais velho, mesmo sendo exatamente cinco semanas mais velho que eu, o outro é o Victor, o famoso Victor Clifford, confesso que foi uma surpresa enorme para o nosso grupo quando as músicas dele começaram a fazer sucesso.

    Victor sempre gostou de música, vivia pelos corredores do colégio com um violão ou qualquer outro instrumento, até fez parte de uma banda por cinco anos, mas realmente não imaginávamos o sucesso que é. Ele é um ano mais novo que eu. Tem também Pierre que foi o último a entrar no grupo, ele era vizinho do Gabriel na época, ele só foi entrar no colégio no último ano mas nós já éramos amigos a um tempo, ele também é um ano mais novo que eu. E por último mas não menos o importante tem o Giovanni, ele sim foi uma surpresa no grupo.

    Sabe aquele popular da escola? O que andava com carros caros, fazia festas grandiosas e tinha qualquer menina aos seus pés? Esse é o Giovanni. Fomos ter o primeiro contato quando ele ficou na detenção com a gente, eu e os meninos nos metemos em uma briga e quando chegamos na detenção, Giovanni já estava lá com a boca cortada e um sorriso debochado. Conclusão: Ele havia provocado um veterano e deu no que deu. Hoje em dia ele é o mais sossegado e o único que é pai, ele tem uma menina de cinco anos mas não mora com ele, mora com a mãe em Seattle mas Giovanni e a mãe da menina tem uma relação de amigos, ele só não mora na mesma cidade que elas por conta do trabalho, mas a pequena sempre passa um final de semana do mês com ele, ele é o mais novo, dois anos de diferença.

    Nosso grupo foi uma junção estranha mas que nunca se separou depois da vida adulta. De casados só tem o Pierre, casou a cinco anos e por enquanto eles dizem que não querem ter filhos, talvez daqui a dois anos. Giovanni está solteiro, Victor de rolo com algumas meninas como sempre e Gabriel namora. E cada um é de um lugar também, Victor é canadense, Pierre é francês,  Giovanni é italiano e Gabriel é brasileiro.

   Mas voltando ao que interessa, eu estava a vinte minutos encarando a tela do celular, ontem a Sarah não me respondeu, não sei se eu mandei mensagem tarde demais ou se ela chegou em casa cansada e dormiu, ou quem sabe a ansiedade dela atacou? Eu não sei, isso me deixa ainda mais preocupado.

Na noite em que eu te encontreiWhere stories live. Discover now