Cap 7

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Acorde, fique comigo
Através da inundação e do medo
Agora preciso de você aqui
Eu preciso que você fique forte
Para me lembrar de onde eu vim
E de onde eu pertenço
Então, acorde e fique comigo — Are you with me -

Daisy

As palavras dele martelavam em meus ouvidos,
uma e outra vez. Apertei o pedaço de madeira mais forte nas minhas mãos, enquanto me perguntava se tinha a força para fazer o que ele havia me dito.

Eu não queria machucar Jonah, mas eu também não queria ser machucada.
Droga, eu não queria nada daquilo, toda a situação era completamente errada e injusta.
Olhei para baixo, de onde me encontrava.
Eu havia obedecido Jonah e subido as escadas até a porteira e estava sentada no chão, de novo, mas daquela vez eu não estava preocupada em sujar minhas roupas. Minha preocupação era bem maior.

Os minutos se passaram, lentamente.
Depois que ele disse que eu deveria acertar-lo para me defender caso ele fosse atrás de mim, nada realmente aconteceu.
Tudo ficou silencioso. Até a respiração dele se acalmou, e eu não o ouvia mais.
Ele estava do mesmo jeito, sentado na cama,
totalmente imóvel.
Sério, era como se ele nem se mexesse.
Senti o desespero subir a superfície enquanto olhava para ele, como se ele tivesse... não sei, desaparecido. Ele estava olhando para o nada, mas aquilo era quase normal comparando a outras vezes que ele tinha feito o mesmo. A diferença é que não havia nenhuma mudança no rosto dele, nenhuma expressão, nenhum sinal de que ele estava ali.

Eu me sentia sozinha.
Pela primeira vez que estive ali, eu estava realmente sozinha.

Lambi os lábios secos

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Lambi os lábios secos. Eu não sabia quanto tempo ficaria ali. Será que eu não poderia descer? Era a primeira vez que eu estava naquela parte do porão. Eu não havia subido as escadas assim que "cheguei", porquê eu sabia que seria inútil e a porta estaria fechada.
A lembrança de como a porta estava aberta a poucos minutos atrás, me machucou por dentro. Eu estava de costas para a porta agora, ajoelhada a centímetros de distância.
A vontade de olhar para trás surgiu mas a descartei com pesar. Ela estaria fechada.

Como se uma luz se acendesse em minha mente, eu lembrei da caixa.

A caixa que o homem havia deixado, que ele dizia que continha comida.

Eu havia subido as escadas e me ajoelhado virada de frente para poder observar Jonah e de costas para o resto, que nem sequer havia mudado a direção da visão.
E lá estava ela, atrás de mim. Não sabia como nem sequer tinha batido nela na minha pressa quando me ajoelhei.
Olhei para ela como se ela contivesse a resposta de minhas orações e o fruto de meus pesadelos.

Uma pequena parte dentro de mim tinha medo, aquela parte que tinha medo de tudo.
E se a caixa não fosse o que ele disse?
E se não tivesse nada nela?

O filho de Jeff the killerWhere stories live. Discover now