Amizade

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Arthur

Antes dos primeiros raios de sol mostrarem sua luminescência Arthur já estava de pé, havia se arrumado e estava em sua cozinha, pegava novamente um comprimido de sua caixa, e enquanto o bebia olhava para longe, para sua sala... Não, para além de sua sala, ele olhava pela janela existente na sala para o horizonte.

— Como diabos realizarei seu pedido Moriarty? – Balbuciou Arthur após beber toda a água no copo.

Ele colocou o copo na pia e se espreguiçou. Em seguida começou a pegar suas coisas deixadas no sofá ao lado da porta e ao passar pela porta o primeiro raio de sol deu suas caras, no rosto de Arthur havia surgido uma expressão confiante, ele já sabia qual seria seu primeiro passo para cumprir com o pedido de seu imprevisível aluno.

Sendo um dos primeiros a chegar na escola Arthur possuía tempo para ir andando calmamente para a sala dos professores, e assim o fez. Ao chegar nela depositou seu material sobre a mesa e começou a preparar o café já que o único que havia lá era do dia anterior. A calmaria da sala dos professores era algo que ele só podia experimentar nesse momento afinal, em questão de minutos aquela sala começaria a se encher com os outros professores faladores.

— Bom dia. – Uma voz masculina, de um dos muitos professores que Arthur apenas conhecia de longe e nem ao menos sabia o nome, falou.

— Bom dia. – Respondeu Arthur sem desviar seu foco do café que estava quase pronto.

Após o primeiro todos os outros professores começaram a chegar, e Arthur se limitou a apenas terminar o café e se sentar em sua mesa com uma xicara com café até a metade. Enquanto observava os outros professores chegando, ele ia dando pequenos goles no café, e continuou nisso, até sua xícara estar vazia, e enquanto caminhava para colocar mais o sinal com seu clássico "Blem, blem!" tocou e desta forma ao invés de beber novamente, ele apenas deixou a xícara na pia e foi para sua sala.

Moriarty

Moriarty despertou e bocejou, olhou aos arredores e pegou seu celular que estava do lado do travesseiro, ele tocava incessantemente, Moriarty ficou olhando o celular tocar, o nome que aparecia o fez abrir um sorriso. Enquanto sorria ele esperava, e esperava, parecia sentir no ar quando a paciência daquela pessoa que o ligava se acabaria, e dessa forma, instantes antes da chamada ser desligada ele a atendeu e disse:

— Quem é? – Sua voz continha ironia.

— A pu...

— Olha essa boca suja, onde já se viu um vovô falando assim. – Após interromper seu chamador Moriarty desatou a rir, a voz do outro lado da chamada também riu, mas de forma mais contida.

— Como foi seu passeio ontem? – Disse a voz, que trazia consigo o peso da idade que retinha certa jovialidade.

— Eu diria que foi esplêndido, confirmei minha teoria previa do verdadeiro e do falso, e como teorizei o verdadeiro está sendo deixado livre pela própria polícia, mesmo que me arrisco a dizer que nem se quisessem o pegariam.

— Sendo assim o falso trabalha nos outros dias, ideia do padrão?

— O Padrão do verdadeiro? A dica que recebi veio diretamente dos céus. – Logo após falar Moriarty riu.

— Céu? Entendi. Suas suspeitas sobre o falso se mantem?

— Mais firmes do que nunca, por enquanto...

— Moris Artyn Locker, o senhor está atrasando de novo para a aula? – A voz de sua mãe ressoou por toda a casa.

— Eu perdi o horário mãe, já tô indo pra faculdade, chego lá em dois pulos. – Respondeu Moriarty gritando.

A Minha PazWhere stories live. Discover now