Futil

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Moriarty

Após beber o copo que havia sido deixado intacto por Arthur, Moriarty se levantou, um sorriso animado residia em sua face, desta maneira ele cumprimentou mais uma vez o garçom que o havia servido e falando:

— Vou ir lá dar um oi pra eles. – Nesse momento ele fez uma cara de desanimo exagerada, voltando a sorrir logo em seguida – Talvez volte mais tarde, vai ficar até de noite hoje Jester?

— Hoje não Moris, a patroa me proibiu de fazer hora extra essa semana, disse que eu fico tanto tempo aqui que parece que eu sou casado com o bar e não com ela. – Jester sorriu ao terminar de falar.

— Sou forçado a concordar com ela. – Moriarty virou a cara para a porta a sua frente, que levaria para a pequena, porem eficiente cozinha do bar, já dali era possível escutar a discursão entre duas pessoas. – Me deseje sorte, que eu passe despercebido. – Falou Moriarty dando uma ultima olhada para o Jester, ambos sorriram.

Desta maneira ele empurrou cuidadosamente a porta, prendeu a respiração, e com rápidos passos atravessou a cozinha, alcançando assim a outra porta que ficava logo a frente da primeira, no momento em que ele ia abrir escutou uma voz feminina quase gritar:

— Aonde pensa que vai mocinho? – Na mesma hora uma mão o puxou pela gola da camisa.

— Cuida dessas batatas direito sua incompetente. – Falou uma voz masculina no outro canto da cozinha.

— Cala essa boca vagabundo. – Disse a mulher, que nesse momento tinha o Moriarty parado logo a frente, a olhando por entre os fios de cabelo – E você... anda logo e prende esse cabelo, coloca a maldita rede nesse cabelo, o avental, e vem logo pra cozinha, pestinha incompetente. Achou que não íamos te ver?

— Torci pra que não me visse... posso ir mãe? – Perguntou Moriarty.

— Vai e volta logo. – Disse a mãe de Moriarty enquanto se virava e cuidava das batatas-fritas que estavam quase prontas.

Moriarty cabisbaixo atravessou a porta atrás de si, saindo em uma pequena sala, com uma bancada a esquerda e uma porta a direita, pegou o elástico de cabelo marrom que estava sobre a mesa e juntando todo o seu cabelo o prendeu com o elástico, fazendo assim um coque. Em seguida pegou a rede e a colocou a na cabeça, por fim vestiu o avental e retornou para a cozinha.

— O que devo fazer seus preguiçosos? – Moriarty disse com uma feição repleta de energia.

— Dois batidas de maracujá, ande logo filho inútil. – Gritou a voz do homem.

— Cale a boca pai, o inútil aqui é você – Moriarty devolveu o grito enquanto já preparava as batidas.

Desse modo, entre gritos e em uma aparente interminável discursão, os três trabalharam com uma eficiência indomável, qualquer um que entrasse ali pensaria estar numa zona de guerra entre aquelas três pessoas, entretanto entre eles, aquele lugar era um palco onde dançavam suavemente sobre os gritos de seus companheiros.

Ao fim de algumas horas, quando os relógios já batiam 19:00 horas, Moriarty parou de cozinhar com seus pais, se virou para sua mãe, e a abraçou falando:

— Obrigado por mais um bom dia de trabalho, até mais. – E fez o mesmo com seu pai.

Em seguida se retirou para a salinha dos fundos, onde deixou sua roupa de trabalho. Seguiu então para a porta que ficava à direita, a atravessando adentrou na sala de sua casa, um ambiente espaçoso com um sofá em "L" logo a frente de uma grande televisão de ultima geração, separada por apenas um pequeno balcão, onde todas as manhãs Moriarty comia seu café da manhã, estava a cozinha, com uma ilha, fogão por indução, e uma grande geladeira normalmente cheia.

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