trinta e dois

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RYAN 

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RYAN 

— Mais uma dose, por favor. 

O barman não se opõe em me servir mais um shot de tequila. Sou duro na queda quando se trata de bebida, mas não quero abusar da sorte. Esse é apenas o terceiro copo e pretendo parar por aqui. Talvez eu peça uma cerveja mais tarde para matar o tempo. 

Olho para o relógio ao redor do meu pulso. Ainda faltam duas longas horas para o expediente da Jade na lanchonete acabar. Ela pediu para me encontrar em um bar perto da faculdade porque queria conversar uma coisa comigo, e isso está me deixando nervoso. Não nos vimos desde a menção dessa mensagem, há dois dias atrás, e isso está me deixando maluco. Em outras circunstâncias eu estaria bem tranquilo, mas com a maluca da mãe dela por perto, tenho medo do que está por vir… tenho medo de que aquela mulher medonha tenha feito a cabeça da Jade contra mim. 

Não sou um exemplo a seguir e todo mundo sabe disso. Sou um babaca, cometi muitos erros não faz tanto tempo assim, e estou em um processo lento de reconstrução. Não pretendia me envolver com ninguém, muito menos me apaixonar, mas simplesmente aconteceu. Não pedi para ter Jade na minha vida, mas agora que ela está aqui, não quero e nem posso deixá-la ir embora. Não sou merecedor dos sentimentos dela, mas não me falta força de vontade para tentar ser o cara com quem ela pode contar nos momentos bons e ruins. 

Engulo o shot de tequila em dois pequenos goles. Deixo o copo de lado depois disso e decido me sentar um pouco na banqueta sob o balcão do bar. Nesses curtos trinta minutos que estou aqui, três mulheres já se aproximaram para tentar ganhar minha atenção e interesse. Se fosse em outras circunstâncias, em um universo paralelo onde eu não conhecia Jade ou até mesmo há alguns meses atrás, eu teria aceitado os flertes, pagado bebidas para algumas delas e, se a noite fosse boa o suficiente, levaria a escolhida para o meu apartamento ou para a casa dela, caso fosse mais perto. Teríamos transado. 

Pensando assim, parece que foram tempos antigos. Tenho a sensação de que se passaram décadas desde aquele Ryan para o atual. É meio assustador como gostar de uma pessoa pode mudar todos os nosso conceitos e virar nossa vida de cabeça para baixo. 

Verifico o horário mais uma vez. Não se passaram cinco minutos desde a última vez que olhei. Bufo, frustrado. Isso vai ser uma tortura sem fim. 

— Chegou um pouco cedo que o combinado, não é mesmo? 

Olho por cima do ombro e me arrependo amargamente por isso. Mas que diabos essa mulher está fazendo aqui? 

Ela percebe a minha confusão e se aproxima com a sombra de um sorriso no canto da boca. Acomoda-se na banqueta ao meu lado e coloca a bolsa sobre o balcão. 

Faço menção de levantar, mas ela coloca a mão sobre o meu braço. O toque me causa um calafrio horrível, então me afasto das suas garras. 

— Espere — diz ela. — Quero falar com você. 

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