Capítulo VII

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Olá docinhos! Não me matem pela atualização atrasada, sim? Pelo menos vim com um capítulo grande para recompensar a demora.

Atenção: O conteúdo escrito pode conter gatilhos mesmo não sendo detalhado; Algumas partes envolverão BDSM.

P.S: Preparem os corações para esse e para o >próximo<! Desculpem qualquer erro, o capítulo foi bem grande então... Boa leitura.

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— "E Julieta disse a Romeu: De que vale um nome, se o que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume?"— Ditou Wei em tom suave e baixo com o livro antigo nas mãos.

O moreno encontrava-se recostado sob uma árvore de cerejeira junto ao irmão e Huaisang, que interagiam sem ao menos incomodar-se com a presença do mais novo. Permanecia lendo o livro desde que Lan o colocara em suas palmas, as folhas eram amareladas e desgastadas, mas em comparação com a capa estavam bem mais conservadas e as letras eram legíveis o suficiente para que pudesse sentir o toque de romance emanar das palavras.

Surpreendia-se com cada trecho do livro, pois na maioria deles, se identificava estranhamente.

— De que vale um nome...— Sussurrou tomando um gole da água ao seu lado, olhando em volta, observando todos os estudantes em interação naquele aglomerado do intervalo.

Questionou-se mais um pouco sobre a fala recitada por Romeu, talvez para o personagem, Julieta emanava uma essência floral de rosas, tanto que o fez duvidar do nome dado para a flor, pois para ele "Julieta" seria mais apropriado do que a própria designação. Era como quando sentia o perfume do Lan espalhar-se pelo ar próximo a si, permitindo que desfrutasse do cheiro contagiante.

A essência poderia ser extraída de qualquer flor, mas mesmo que descobrisse qual era um dia, ao sentir seu perfume ainda se lembraria de Lan Wangji. Qual seria a flor que impregnava-se na pele alva do professor? Era tão viciante ao ponto de sentir seu eflúvio mesmo distante do dono que a carrega, ao ponto de leva-la consigo em suas lembranças e a fragrância surgir de repente no ar longínquo e fugir de seu faro antes mesmo que pudesse saciar a saudade.

— Wei-Xiong?— Chamou Nie confuso com a figura avoada do moreno.

— Terra para Wei Wuxian!— Então Jiang gritou o fazendo voltar para onde estava e encarar o shidi que estendia a mão para ajudá-lo a levantar.

— O sino já tocou?— Como se seus ouvidos retornassem o sentidos, percebeu que o campus e o pátio ficavam cada vez mais silenciosos e vazios.

— Já sim, onde você estava? No mundo da Lua?— Revirou os olhos puxando o braço que suspendia o peso do moreno.

— Sim, talvez você queira ir lá um dia para aliviar um pouco dessa sua arrogância— disse rindo nasal— aliás, podem ir na frente, irei ao banheiro antes.

— Acho que ele ficou com raiva dessa vez A-Cheng...— Ouviu o de cabelos longos falar ao virar as costas indo na direção dos corredores.

Wei não estava realmente com raiva, apenas chateado por compartilhar tudo com seu irmão, mas nunca saber de nada sobre ele. É claro, se perguntasse receberia uma patada como todas as outras vezes, porém sabia que ele não se sentia confortável para confessar algo agora, principalmente quando o assunto é relacionado à sua sexualidade intocável.

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