Capítulo XVI. Final.

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Olá anjos! De início, feliz ano novo e desculpem pela demora. Bem, só quero avisar que esse é o último capítulo de Dominated, mas como me apaguei muito a história lançarei extras de vez em quando. Também quero agradecer por acompanharem até aqui, sou muitíssimo grato, Dominated não existiria se não fosse pela motivação que vocês me davam e valorização que davam para a história, então... Espero que gostem! Boa leitura.

P.S: ...

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"Se o Tempo não fosse inventado pelos seres humanos ele passaria mais devagar?" Wuxian se questionava enquanto a cabeça imóvel repousava sobre o travesseiro e os olhos encaravam o teto. As nuvens pairavam no céu azul do lado de fora, sua cabeça doía levemente indicando que havia dormido mais do que o necessário, alguns pássaros cantavam próximo a sua janela e provavelmente fora isso que o acordou. Seus olhos se esgueiraram quando um raio reluzente atravessou o vidro pela brecha da cortina, ele suspirou ao sentir uma ansiedade queimar no estômago após lembrar que dia era: seu aniversário.

Datas festivas nunca foram seu forte e isso incluia seu aniversário. Contudo, seu décimo nono ano tinha tudo para ser maravilhoso: férias e um namorado, um 'puta' namorado, além da família reunida e claro, o fato de que ano que vem seria seu último na escola, por mais que ainda não tivesse decidido qual curso iria se profissionalizar, uma dúvida persistente entre artes visuais e letras o aporrinhava sempre que pensava em faculdade, mas hoje não era dia para focar nisso.

Revirou-se pela cama sorridente, enrolando a coberta no próprio corpo até a cabeça, ligou o celular sentindo os olhos arderem com a luz forte do visor, era uma hora da tarde. Checou sua caixa de mensagens alvoroçado, mas seu sorriso murchou quando percebeu que não havia nenhuma o parabenizando, nem mesmo de Wangji.

— É, parabéns para mim— desligou o dispositivo, voltando a encarar o teto com alguns adesivos que brilhavam no escuro.— Não é possível que tenham esquecido.

Bufou derrotado e ergueu o corpo, encostando a sola dos pés na cerâmica gélida e caminhando até a porta. O corredor do primeiro andar estava quieto, nenhum sinal de alguma alma viva ou ruídos que anunciassem que alguém havia acordado, estranhamente silencioso. Seus passos eram sutis, checou todos os quartos: o de Yanli arrumado e impecável com a mesa de estudos e os objetos alinhados como de costume, o de Jiang Cheng, vazio, apenas o caos e desordem o compondo e por último, já quando seu coração apertava, verificou o de seus pais, ninguém estava em casa.

Ainda sem acreditar, Wei desceu as escadas. Como todos podiam ter saído de casa sem o chamar e ainda por cima no seu aniversário? Ele estava apreensivo, quando criança seus aniversários eram como um dia qualquer, o orfanto no qual morava não tinha condições para arcar com uma festa, recebia diversos "parabéns" de algumas crianças e cuidadores, mas a solidão sempre o cercava, Ying odiou completar ano até o dia em que foi adotado pelos Jaing, quando finalmente sentiu o conforto de ser amado e amar ter nascido.

Talvez estivesse tão absorto em seus pensamentos obscuros que mal percebeu quando uma lágrima solitária escorreu pela bochecha e a saliva quente se acumulou na sua boca. Antes que pudesse começar a fungar um estouro forte foi ouvido e confetes voaram sobre sua cabeça, todos estavam lá, com sorrisos no rosto que desapareceram tão rápido quanto surgiram quando perceberam que Wuxian chorava com a face espantada graças a recente surpresa.

— Para... Bêns?— Huaisang retrucou confuso.

Um grupo pequeno das pessoas mais próximas de si estavam de pé com chapéus em forma de cone com suas cores favoritas— vermelho e preto— e embrulhos em mãos. Wangji ao lado da senhora Jiang, que já tinha o reconhecido como seu genro e parte da família alguns dias após terem começado a namorar, apesar da diferença de idade e todo o receio. Então, mesmo com o rosto úmido pelo recente choro ele sorriu aliviado.

Dominated Where stories live. Discover now