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- E ai a professora disse que era para desenharmos nossa pessoa favorita no mundo... - Alicia continuou me contando sobre seu dia mas minha atenção estava em outra coisa. Ou melhor, pessoa.

Edward.

Eu simplesmente não conseguia acreditar no que tínhamos feito e na situação que fizemos.

Depois de eu ter gritado, ele finalmente gozou, forte. Algo me dizia que ele pretendia gritar meu nome também, então tapei sua boca, empurrando - o para longe.

- Sai pela janela! - falei para ele, que ainda puxava a calça em seu corpo.

Droga.
Pra foder ele é rápido mas pra isso...

- Anda logo! - apressei, jogando sua camisa - Não quero que ela te veja aqui.

E com um sorriso idiota no rosto, ele vestiu a última peça, certificando - se de me dar um selinho antes de sair... Ou melhor, pular pela janela.

- E quem você desenhou? - perguntei a Alicia, enquanto tentava afastar meus pensamentos de tudo que não fosse ela.

- O tio Andrew, é claro.

Oquê?

Meu queixo cai.

- Eu sou sua mãe! Pequena monstra.
E como uma criança mimada, faço bico, sem estar realmente ofendida.

Eu sabia que ela tinha seus próprios motivos para isso e também não iria brigar com ela por causa disso. Afinal, eu estive ausente o suficiente nas últimas semanas por causa do "trabalho" e Andrew era quem cuidava dela para mim.

- Não fique triste, mamãe. Eu só não desenhei você ou o papai porque não queria deixar qualquer um de vocês tristes. - ela explica - E o tio Andrew sempre me da sorvete depois do almoço.

Com um sorriso no rosto, a ataco, enchendo seu corpo de cócegas.

- Olha só pra você, está se tornando uma pequena interesseira.
Minha pequena ri, me aquecendo com a felicidade que só ela conseguia e eu afasto minhas mãos apenas para que possa respirar. - Essa parte você puxou de seu pai.

- O papai...

Ela susurra, o corpo finalmente se acalmando.

- Você acha que ele me ama tanto quanto você?

- Oquê? Claro que sim! Porque está perguntando isso agora?

- Não sei... Ele parece meio tonto e as vezes eu esqueço que ele é meu pai e não um amiguinho da escola.

Meu coração acelera e eu fico em dúvida se rio ou se choro.

É verdade que Edward nunca foi o tipo de pessoa que sabe lidar com crianças, na verdade, eu nunca o vi com uma. Mas não posso culpa - lo, já que sei que parte disso é culpa minha.

- Sei que seu pai não é o melhor do mundo e eu não sou a melhor mãe mas... Nós te amamos e mesmo que não pareça, nunca deixe de acreditar nisso. Okay? - Alicia balança a cabeça freneticamente e eu inclino meu corpo para ela - Agora vem aqui, me dar um beijinho nessa bochecha.

Com o dedo, toco minha bochecha direita e alargo um sorriso quando sinto seus lábios nela. Fofa.

- Agora que dei seu beijo, pode me responder uma coisa?

Balanço a cabeça.

- O grito que você deu antes... Tem certeza que não se machucou? Eu tenho alguns  band-aid da barbie e sei que ficaria lindo em você.

Sorri.

- Não precisa, eu to bem. Só pensei que ter visto um... - Dou uma pausa, tentando pensar em uma desculpa adequada mas quando nada me vem a cabeça, falo a primera coisa que vem a mente - Rato. Eu pensei ter visto um rato.

Depois de nós dois Onde as histórias ganham vida. Descobre agora