Bernardo Barone vê sua vida se desmoronar bem diante dos seus olhos. Após um momento torturante, ele volta a atuar como agente federal, mas ele tem uma grande surpresa ao se deparar com uma parceira.
Uma policial geniosa, que sabe o que quer, e que...
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Ainda estou perplexa com o pedido de Bernardo, sinto meus olhos piscarem mais de uma vez, e meu coração bater muito forte, ele bate tão forte, que eu sinto as batidas na minha garganta. E sinceramente, não vou mentir que eu tô quase me beliscando para ver se o que ele disse foi coisa da minha mente pois não estou acreditando.
Por que desde o dia que capturamos o senador corrupto, Luís Pereira, eu e o Bernardo andamos brigados. Eu tava extremamente chateada com ele, pois o mesmo deu um ataque de ciúmes e eu não admitir as coisas que ele disse.
E com esse fato, eu decidi que não era certo eu ficar bem com ele, sem que o mesmo ao menos se redimi-se comigo, entretanto ele assim fez, após alguns dias, quando ele viu que eu tava bem brava ainda. Bernardo havia pedido desculpas, me levou flores até minha casa, fez de tudo, mas eu confesso que estava adorando vê-lo correr atrás de mim. Contra partida, Renato sempre se fez presente, aquele médico que eu havia conhecido. Ele sempre me liga manda flores, poemas, diz que quer sair um dia comigo, entretanto, eu me mantenho distante, pois não consigo seguir em frente com ele sendo que eu gosto do meu parceiro de trabalho.
A sensação que eu tenho cada vez que eu correspondo as expectativas dele, é que estou o enganando e enganando a mim mesma em conjunto com meus próprios princípios. Eu e Renato não tivemos nada por incrível que pareça, justamente pelo fato de eu está ainda apaixonada por Bernardo, sinto raiva de mim mesma por conta disso, nem um beijo eu conseguir da nele, só dei naquele tal Yuri para enganar Luís, pois como eu havia dito, fez parte do plano beijar esse tal garoto e mesmo me explicando Bernardo deu seu ataque.
E agora estou aqui com ele, dentro da cafeteira do STF, estamos sentados em uma mesa, Bernardo está em minha frente, saboreando seu café, enquanto me olha atentamente. Confesso que eu notei algo diferente em seu olhar, eu acho que ele tá diferente, está de um jeito que não sei explicar, apenas consigo notar que esse olhar transmiti algo bom.
— Não vai responder minha pergunta, Dora? — Bernardo diz me encarando com esse olhar intenso.
Engulo em seco, sentido um turbilhão de emoções, além disso, seu olhar me desconcerta por inteira, então, para disfarçar, dou mais um gole no meu cappuccino, o colocando sob a mesa de novo. Esse homem adora me tirar do sério, mas me deixar sem jeito acho que é um dos seus melhores dons.
— Nossa, confesso que você me pegou de surpresa, com esse pedido! — digo um pouco nervosa, sentindo minhas mãos suarem. Então começo a tamborilar os meus dedos sob a mesa e em seguida mexer na caneca de porcelana que contém um restinho do meu cappuccino.
Droga, odeio esse efeito que Bernardo tem sob mim, parece que ele consegue ter total controle do meu corpo, mesmo não me tocando, e isso é surreal. Como estou muda, Bernardo abaixa a cabeça um pouco decepcionado.
— Se não quiser aceitar, tudo bem, eu vou te entender — ele diz triste, e eu sinto meu peito doer.
Eu deveria cair fora, eu poderia ter a deixa de esquecê-lo ao da um chute na bunda dele nesse momento. Mas, não consigo, eu não consigo simplesmente fingir que não sinto nada por ele, pois obviamente que eu o amo. Eu amo esse homem como nunca amei alguém em toda a minha vida, e Bernardo não tem noção disso, ou pelo menos finge não ter noção.
