Bernardo Barone vê sua vida se desmoronar bem diante dos seus olhos. Após um momento torturante, ele volta a atuar como agente federal, mas ele tem uma grande surpresa ao se deparar com uma parceira.
Uma policial geniosa, que sabe o que quer, e que...
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Abro meus olhos lentamente e vejo tudo embasado, mas em questão de segundos minha visão vai ficando nítida e logo vejo que estou em um quarto de hospital, engulo saliva e sinto minha garganta seca, sento na cama com um pouco de dificuldade e noto que estou cheio de fios grudados em meu corpo.
Olho em volta e vejo alguns aparelhos de monitoramento, olho para meu braço esquerdo e vejo que estou no soro. Arranco tudo e jogo longe, tento me levantar.
— Ah, porra — gemo ao sentir uma dor muito forte na lateral da minha cabeça e na minha perna direita.
Levo uma mão na região que sinto a dor na cabeça e vejo que tem um curativo, um pouco acima da orelha direita.
— Oi amigão, graças a Deus você acordou — diz Alex ao entrar no quarto e fecha a porta em seguida.
Alex me olha com uma expressão de alívio, ele está usando uma calça jeans azul-escuro e um sobretudo preto por cima de uma camisa, que não dá para ver direito, mas dá para ver na lateral da gola que é branca.
— Está tudo bem? Está sentindo muita dor? — pergunta agora vindo em minha direção e sentando-se ao meu lado em seguida.
Ele me olha agora preocupado.
Não digo nada, apenas fico com o olhar perdido e infelizmente minha mente de desvia da realidade tendo a pior das lembranças, a imagem do amor da minha vida sendo tirada de mim friamente.
— Ela se foi — finalmente digo com a voz embargada — ela se foi Alex — deixo agora as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Ele me olha com um olhar de dor, como estivesse sentindo a minha dor, toca em meu ombro e me abraçar com cuidado.
— Sinto muito cara, sinto muito pela Diana, vai ficar tudo bem, estou aqui com você — diz me amparando.
— Ela não vai mais voltar, nunca mais — choro em seus braços, nos braços do homem que tenho como irmão.
Alex é o irmão que não tive.
— Bernardo, você não está sozinho, estou com você para o que der e vier — diz e se afasta.
Ele levanta e caminha até o bebedouro, pega um copo plástico em cima do mesmo e enche de água.
— Então você vai me ajudar — digo vendo ele se aproximar.
— Te ajudar como? Do que está falando? — diz e bebe a água de uma vez só.
— Você vai me ajudar a achar quem fez isso, e fazê-lo pagar — digo entre dentes.
— Bernardo...— diz em tom advertência.
Isso já era de se esperar, Alex não gosta de quebrar nenhum protocolo da polícia ou legislação.
