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Josh POV

Eu não acreditava em tudo o que estava acontecendo. Esse mundo estava mesmo de cabeça virada. Onde é que o doido do meu irmão foi se meter? Que mulher maluca era essa? E pior... que bando de bundões nós somos? Ela mandava e desmandava e nós simplesmente obedecíamos. Ah... meu pai... Noah ia comer meu fígado. Podia dar adeus à minha vida.

O engraçado era que a diaba levava mesmo jeito pra coisa. Era brava, topetuda... e forte. Mas meu cérebro ainda não conseguia processar aquela cena. O vagabundo do Victor amarrado à cama naquele quarto mal iluminado, cercado por três seguranças. E ao seu lado... a toda poderosa S/n. Com uma toalha molhada nas mãos e batendo sem dó no próprio irmão.

Nem tinha como fingir. Ela estava vingando meu irmão. Vingando o seu homem. Fiquei um bom tempo olhando aquela criatura minúscula que logo após aquela tragédia se mostrou gigante. Noah ficaria furioso... mas ao mesmo tempo orgulhoso. Ele gostava de mulheres fortes, ousadas. Não era a toa que estava apaixonado por S/n. E nem adiantava negar.

- Achou que iria escapar, não é, seu vagabundo? Iria atentar contra a vida do meu marido e eu iria deixar barato?

- S/n... sou seu irmão.

- Cala a boca.

Desceu a toalha em suas pernas com uma força inacreditável, fazendo Victor berrar.

- Vou fazer você rezar, Victor. E implorar pela volta do Noah.

Eu segurei um riso. Se os seguranças, que nem apanhavam, já sonhavam com a volta dele... nem queria imaginar o Victor.

Mas resolvi intervir, afinal ela estava grávida.

- S/n... por favor, os bebês. Já chega

Graças ao céus, ultimamente ela vinha se cuidando mais. E me ouviu mais uma vez.

-Chega porra nenhuma.

- Epa...

Entregou a toalha a um dos seguranças.

- Você... termine o serviço.

E quase cai pra trás quando ela parou já prestes a sair.

-Ah... e não se esqueça. Ele é um estuprador. Já sabem o que devem fazer.

- NÃO...S/N... POR FAVOR.

Não havia um único traço de emoção em seu rosto quando olhou para o irmão. Senti pena dele. Noah precisava voltar logo, ou não iria sobrar Victor nem para os urubus.

-Vamos,S/n. Ou iremos perder o horário de visitas.

Ultimamente eu ia com S/n sempre que ia visitar Noah. Ela voltava sempre tão arrasada que achei melhor acompanhá-la sempre.

-De jeito nenhum. Chegaremos a tempo. Dei um jeitinho de conseguir estender um pouco nossas visitas.

Revirei meus olhos. Claro... por que não imaginei isso?

Assim que entramos no quarto de Noah  eu me sentei em um canto, deixando S/n um pouco mais à vontade. Mas era impossível não ouvir seu choro. A poderosa cedeu lugar à mulher apaixonada.

O PODEROSO URREAOnde histórias criam vida. Descubra agora