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 Noah POV

Nunca imaginei essa situação... juro que não. Meu casamento era tão perfeito que eu jurava que jamais chegaria a ter qualquer desentendimento com S/n. Mas esse dia chegou. Não sei como... e sequer sei por que. O fato é que chegamos a discutir feio.

Eu não queria de forma alguma continuar nesse submundo do crime. S/n por sua vez achava que eu deveria continuar até encontrar alguém à minha altura para tomar as rédeas do negócio. O pior disso tudo é que somos dois topetudos, nenhum abaixa a crista. Quer dizer... até que sempre ponderamos nossas atitudes, nossas opiniões. Mas dessa vez talvez o estresse e a correria do dia a dia tenham influenciado para que chegássemos a esse ponto.

O resultado? Um de cara virada pro outro... e uma semana sem sequer sentir o calor do corpo de S/n junto ao meu. Estava a ponto de subir pelas paredes ou simplesmente pega-la a força e jogar em nossa cama. Juro que não fiz isso apenas em respeito aos nossos filhos. E nem sei por que... eles não iriam saber mesmo.

E pra piorar tudo... inventaram uma porra de uma despedida de solteiro para o Bailey. Esse foi o único momento em que S/n me dirigiu o olhar. E claro... ela estava pensando alguma besteira. Acabei concordando desde que a festa fosse em minha casa. Seria na ala separada do restante, onde havia o salão de festas.

Alguma coisa esses rapazes estavam aprontando ou então Sabina também não iria me olhar com aquela expressão assassina. Depois disso S/n sequer olhou pra mim novamente. Estava agora sentada na cama, uma toalha em volta do corpo enquanto espalhava a loção pelos braços.

– S/n... estamos agindo como duas crianças. Pelo amor de Deus... nosso casamento sempre foi ... tudo às claras. Conversamos sobre tudo. É claro que algum dia iríamos ter opiniões contrarias.

Ela me olhou com raiva.

– Você me prometeu que não abandonaria a máfia.

– Espere ai... afinal.. você se casou comigo so porque sou um mafioso?

– Não seja estúpido. Sabe que não é isso. Mas eu também me sinto mais segura com você a frente dos negócios.

– S/n...

–Seus amigos já chegaram. Estou ouvindo daqui.

Fiquei ainda mais irritado com aquilo. S/n realmente conseguia me tirar do sério.

–Ótimo. Quer agir como uma garotinha mimada... vá em frente. Depois não venha me acusar de nada.

–O que quer dizer com isso?

–O que é? Quer que eu desenhe pra você? Não costumava ser tão obtusa senhora Urrea.

–E você continua o mesmo cavalo de sempre.

–Pois é... e sabe que tem gente que adora isso?

– Noah...

–Quer saber? Vá pegar suas Barbies e vá brincar com a Sabina. Tem agulha e linha para costurarem seus vestidinhos.

No mesmo instante o tubo de loção foi atirado em minha direção. Segurei-o no ar e me aproximei dela que empinou o nariz. Dessa vez eu não daria o braço a torcer. Estava virando um molengão. Minha vontade era segura-la e beijá-la até deixá-la sem fôlego.

O PODEROSO URREADonde viven las historias. Descúbrelo ahora