Capítulo 15 - Decisão

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Enquanto Harry observava a expressão indecisa de Draco, ele teve um mal pressentimento, mas resolveu começar a conversa, pois a espera o deixaria mais angustiado.

- Bem Draco, serei direto e perguntarei logo de cara. Você gosta de mim? - Harry Perguntou na lata.

- Sim, eu gosto. Desde a primeira vez que meus olhos encontraram os seus, acho que já tinha criado uma queda por você, e depois do nosso primeiro beijo, isso ficou mais forte. - Respondeu Draco com uma voz firme.

- Mas? - Harry perguntou num tom neutro.

- Mas apesar de gostar de você, eu não posso namorar você, graças a minha família complicada que está envolvida quer eu queira ou não com o seu arqui-inimigo. - Draco falou num tom abatido, mas ainda com um tom de firmeza na decisão, mesmo observando aqueles olhos verdes tão vivos quando olhava para ele se apagarem e esfriarem.

- Então, isso quer dizer que você está me rejeitando não porque não tá afim de mim, mas por causa daquela cobra desgraçada do Voldemort? - Harry perguntou num tom calmo, que escondia a tempestade de emoções que o atormentava por dentro.

- Isso mesmo Harry. Posso estar sendo um covarde no momento, mas depois de pensar muito, eu resolvi tomar essa decisão. Não só por mim, mas por você. Eu não sei porque, mas eu sinto que um dia, se eu continuar esse lance com você, eu serei usado de alguma forma para machucá-lo, e isso eu não suportaria. - Draco falou do instinto que um de seus sonhos o vinha alertando por um tempo.

- Bem, quero que saiba que eu não gosto disso, mas vou aceitar sua decisão. Mas que fique claro que eu não desisti de você ainda, mas vou aceitar que nossas vidas privadas não se cruzarão mais do que o necessário como colegas de casa, e alunos da escola. - Harry falou num tom apático, perdendo toda a vontade de continuar tentando fazer isso durar mais tempo.

- E-eu entendo. - Draco mordeu o lábio inferior, e teve que conter as lágrimas que ameaçavam derramar de seus lindos olhos azuis, mas ainda não teve efeito quando sentiu uma mão grande e quente familiar enxugando seus olhos, e ele levantou o rosto para encontrar o rosto lindo, o corpo esculpido e o profundo amor nos olhos verdes de Harry Potter.

- Não chore Draco. Não importa o que acontecer em nossas vidas, eu vou me livrar de todos os obstáculos, e vou levar você de volta pra mim quando toda essa porcaria acabar. Já que essa é nossa última vez como amigos com beneficios, eu quero provar você Draco. Se você quiser. - Harry perguntou baixinho tentando esconder a dor da voz, e falhando quando sentiu seu rosto ser segurado por aquelas belas mãos pálidas e brancas, e deitou o rosto naquela palma fria que ele sentiria falta.

- Tudo Bem. Minha pureza, será sempre sua Harry James Potter. - Draco disse antes de acenar a varinha conjurando um feitiço anti-gravidez, e pegou Harry nos braços, arrancou sua toalha vendo sua glória nua excitada, e o jogou na cama, sentando em seu abdome, e encarando aqueles olhos verdes apaixonados, lhe deu o último beijo por tempo indeterminado, e aproveitou sua última felicidade antes que tudo se partisse.

No dia seguinte quando acordou, Harry percebeu que seu loiro não estava mais deitado nos seus braços, e olhou as roupas que não estavam mais jogadas no chão, e mesmo que não quisesse, sentiu lágrimas quentes escorrerem em seu rosto. Mesmo que a noite fosse o maior prazer que teve nessa nova vida, quando os dois eram um só, perceber que não teria mais isso gravou uma mancha dolorosa em seu coração, e isso adicionou mais uma coisa para odiar seu inimigo.

Harry suspirou, e deu um sorriso zombeteiro. Ele, um antigo rei assassino, sofrendo tragicamente por um amor adolescente. Se seus inimigos antigos soubessem que o próprio diabo, como eles o chamavam, tinha um coração frágil que derramava lágrimas, poderiam sair de seus túmulos para rir na cara dele.

Harry Potter: A Verdadeira SerpenteKde žijí příběhy. Začni objevovat