Capítulo 38 - Ritual

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Uma semana tinha se passado desde que Harry trouxe Draco e Narcisa para o seu esconderijo secreto.

Esses dias foram um pouco ocupados para ele, sempre aparecendo nos lugares públicos coberto com a capa, ou poção polisuco. Harry viajou até a casa de Hermione, colocando uma barreira poderosa depois de ensiná-la a criar seu próprio feitiço fidelius modificado por Harry que não impediria os trouxas de verem a casa, mas não seriam inclinados a ter vontade de entrar, como se esquecesse sua existência segundos depois de olhar.

Na toca, quando apareceu com Hermione em sua aparência original, Harry já tinha completado 17 anos, se tornando um adulto, perdendo o rastreador, fazendo com que ele não precisasse mais ficar trocando de varinhas para não ser rastreado. Harry ficou de última hora, aproveitando o casamento de Gui e Fleur nesses tempos turbulentos.

Enquanto a família ruiva montava as tendas da festa, a toca recebeu a visita inesperada do próprio ministro da magia, Scrimgeour, que veio entregar o testamento de Dumbledore. Os mesmos itens, exceto o pomo de ouro que não estava incluído, pois o velho lhe deu a pedra da ressurreição quando ainda estava vivo.

Rony ganhou o desiluminador, Hermione o livro dos contos de Bedle o bardo original com as anotações de Dumbledore, e ele ainda ganhou a posse da espada de Griffyndor, pois por sangue ele teria direito, mesmo que fosse da Sonserina.

Depois de ver o homem ir embora, Harry sabia que aquela seria a última vez que o veria. Na hora da cerimônia, enquanto todos estavam na festa, Harry discretamente pegou sua varinha das varinhas, e com um toque de magia complexa, ele reforçou completamente a barreira que protegia todo o terreno, deixando mil vezes mais poderosa e difícil de quebrar com simples ataques.

Mesmo que fosse temporário, Harry esqueceu todos os problemas por um instante, ao parabenizar os noivos, antes que um patrono de Kingsley surgisse anunciando que o ministro tinha sido assassinado, fazendo todos fugirem da festa na mesma hora em pânico.

Harry pegou Hermione, jogou um artefato de defesa e disfarce para Rony, que Harry já tinha conversado mais cedo sobre o que fazer em caso de uma fuga inesperada. Como Rony ainda tinha Gina indo para Hogwarts, mesmo que ele fosse um dos aliados de Harry, dessa vez ele o deixaria em casa para quando o ministério fosse vasculhar.

Hermione foi direto para casa que estava protegida pelo Fidelius, com ela como a guardiã do segredo. Poderia proteger seus pais, e sua própria segurança. Era a única forma que Harry podia pensar em deixá-los seguros nessa guerra sombria que estava vindo para ele, e por causa de ser sua amiga, ela corria perigo também.

Ao voltar a mansão Potter depois de ter resolvido a segurança dos amigos, Harry foi recebido por Draco com um abraço forte e um beijo de preocupação que Harry retribuiu com carinho, enquanto alisava seus cabelos loiros, e beijava suas pálpebras para aliviar aquela expressão tensa e preocupada de seu loiro.

- Harry! Onde você estava com a cabeça para aparecer em público numa hora dessas? - Draco reclamou emburrado jogando as mãos para o ar, ao ver a expressão culpada do namorado que deu de ombros.

- Eu tinha tudo sob controle, Drac. Eu sabia os riscos e tinha criado planos para me manter seguro. Além que eu tinha que deixar meus amigos seguros, pois afinal, ele se meteram em perigo por minha causa. Mas não se preocupe amor. Eu garanti minha segurança, não foi? Não se preocupe. - Harry disse com um olhar e sorriso gentil, acariciando com seus dedos aquele rosto macio, com pontas de barba loiras surgindo quando seus dedos desceram o queixo de Draco num toque amoroso.

- Só tome cuidado, Harry. Não quero perder você. - Draco suspirou resignado sabendo que não conseguiria impedir seu homem de agir como fez, pois foi uma das qualidades, ou burrices que fez com que ele caísse apaixonado por aquele tolo.

- Você não vai Draco. Viveremos juntos até o fim, criando nossa própria família extensa e feliz. - Harry disse com um sorriso enquanto entrava arrastando Draco pelo braço segurando sua mão fria com a sua quente.

Ao entrar, Harry observou e cumprimentou sua sogra que estava lendo um grande livro na biblioteca, mas acenou para eles quando ela os viu passar, fazendo Harry retribuir, e descer ao porão.

Antes de ir a Hogwarts para matar o velho bastardo, Harry tinha que resolver duas coisas, com uma que será resolvida em instantes. Enquanto aprendia a quebrar maldições com os duendes, Harry fez questão de prestar muita atenção num ritual específico criado por duendes egípicios quebradores de maldiçoes, para um alvo detestado por todos os duendes. Hórcrux.

Eram totalmente odiado, mesmo que Harry não soubesse o motivo principal, mas não o impediu de pedir ao seu mestre duende na época que o ensinasse a realizar o ritual que transferiria a parte da Hórcrux para outro objeto que pudesse fugir dos feitiços de defesa da Hórcrux, se tornando um alvo mais fácil para destruir.

Harry começou o ritual entrando nu no círculo azul esverdeado. Quando a luz do por do sol, com uma parte dividida da escuridão da noite iluminou o porão e o circulo mágico, Harry teve a maior dor que já sentiu em sua existência.

Sua cabeça e cérebro doeria menos se ele estivesse abrindo com uma tesoura de unha. A área da cicatriz era ainda pior na dor. Mas depois de algumas torturantes, Harry finalmente tirou aquela coisa asquerosa de seu corpo, fundiu com um outro objeto mágico qualquer, e sem hesitação cortou ao meio tirando sua espada com sangue de Basilisco, quebrando a penúltima Hórcrux que era ele. Só restou a cobra.

Talvez fosse hora de uma visitinha ao vilarejo onde nasceu, e seus pais foram assassinados por conveniência daquele bastardo albino. Finalmente livre de um peso que não sabia que sempre teve, sentiu seu corpo mais leve do que nunca.

Ele iria torcer para que quando ele surgisse em Godrics Hollow, a cobra aparecesse, para que ele pudesse matá-la e enfim deixar aquele maldito finalmente mortal de vez. Nada de fugir para outros hospedeiros ou parasitas incubados em qualquer um. Ele iria matá-lo, ou seu nome não era Potter.

Harry Potter: A Verdadeira SerpenteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora