19 - Mas afinal eu quero-o ou não?!

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19 – Mas afinal eu quero-o ou não?!

Tal como no sonho, estávamos todos a planear as táticas. O meu coração batia a mil, eu queria mesmo estar concentrada no que todos eles diziam mas eu só conseguia pensar nas imagens da noite passada e toda esta situação era brutalmente assustadora. A cada dia que passo aqui fico mais perto de pegar no telefone e ligar para a Dona Helena que dá durante a semana na sic, estou perante um grande dilema! Devo ter as minhas cartas todas viradas do avesso.

Eu estive quase pra desmaiar quando ouvi o Harry dizer. “O Bruno e o Guilherme deviam de ir para o ataque, são melhores nisso.”

Okay. Respira. Mantem-te firme. Não te passes. Tenta não fugir. Força coxa grossa não te passes.

Esta foi a fala dele no sonho, como?! Oh céus eu entrei num filme cliché? Suplico ao diretor do mesmo que me tire daqui, o meu nível de representação é inferior ao do Ronaldo na publicidade da Linic. A sério!

E lá estavam eles a discutir o lugar onde ficaria o Jorge, a quem eu denominei como o perna de pau. Dei por mim a focar-me nas táticas e a não parecer um peixe fora de água prestes a morrer. A cabana do Hugo, lentamente, foi ficando vazia … como na merda do meu sonho. Tenho que sair daqui antes que o Harry me apanhe aqui sozinha e me torne a sua submissa.

Separei-me da mesa e a passos largos fui até à porta, já via o sol o que indicava que estava a salvo do sonho, não tivesse eu sido puxada de volta para dentro por uma mão tão grande que cabiam dois leitões lá. Harry.

“Harry, queres alguma coisa?” Tentei parecer o mais normal possível, mas estava a tremer que nem varas verdes.

Ele semicerrou os olhos. “Tu andas muito estranha. Não abriste a boca a reunião toda, nem sequer insultas-te ninguém hoje. O que é que se passa?”

“Como se te preocupasses verdadeiramente comigo.” Respostei revirando os olhos e soltando-me da sua mão.

O olhar semicerrado tornou-se agora bem aberto. “Falas como se a tua existência me fosse indiferente.”

“E não é? ”

Harry riu-se. “Eu posso andar a evitar-te, mas isso não quer dizer que não me importo contigo. Eu apenas o ando a fazer porque tu dás comigo em doido. As partidas, as provocações… tu quase que me fazes querer ir passar uns dias ao Magalhães Lemos.”

“Mal não te faria.”

“Vês!” Exclamou. “É por comentários como esses que estamos assim.”

“Jura? Pensei que fosse por causa de todos aqueles momentos constrangedores, sabes? Aqueles em que o teu nível de testosterona aumenta e me beijas.”

Ele tossiu. “Desculpa? Eu fiz o quê? Grande lata, tu participas-te tanto ou mais que eu em todos esses momentos.”

Suspirei. “Como queiras, Harry.”

“Podemos voltar ao assunto?! Porque é que estás assim tão não tu?”

Então porque eu esta noite tive um sonho muito estranho em que tu me encurralavas e me tocavas e beijavas e eu realmente estava a disfrutar o momento e estou toda nervosa porque parece que o sonho se está a repetir e como deves imaginar não é do meu agrado que aconteça.

Permaneci feita estupida a olhar para ele, porra, estava ainda mais comestível do que no sonho. O que é que lhe haveria de contar? A verdade não! Fora de questão. Acho que devia neste momento de evitar estes olhares intensos porque estou mesmo a ver que ainda vai dar em alguma cena e eu não quero mesmo isso… ou quero?

O grande problema em tudo isto está em mim. Eu não sei o que quero. Se o quero bem longe de mim, ou se o quero bem perto. Tenho de me lembrar que ele me roubou uma camisola do family guy e que tem a mania e que tem aquele corpo incrivelmente bom que me faz ficar como um São Bernardo…babo-me toda. Eu nunca senti isto credo, haverá algum medicamento contra a atração?

Aquele olhinho verde a olhar pra mim, todo um cabelo perfeitamente alinhado e aquele estilo desmazelado mas natural dá comigo em doida essa é que é essa.

“Okay Harry, aqui vai. Eu ando com alguns problemas em decidir se quero ou não algo e tenho que me decidir.”

Encostou-se ao beliche. “Em quê mesmo?”

“Informação confidencial.”

“Está certo…” pausou. “E posso-te ajudar nisso? Ajudar-te no que deves decidir?”

“Podes.”

Ele gesticulou com as mãos. “Então diz-me.”

O Hugo aparece: “Harry, Margarida o treinador chamou-nos quer ver as táticas connosco venham.”

“Estamos a ir.” Respondi.

Ouvi Harry a rosnar, como se esta interrupção o tivesse perturbado. “Esta conversa não acabou, Margarida.”

Lição desta conversa: Aprende a fechar a boquinha e a mentir melhor ou nunca vais ser ninguém nesta vida.

A minha resposta para ele antes da interrupção do Hugo era curta. “Beija-me” Seria a resposta. Assim saberia o que realmente se passa, que não deve ser nada como é obvio.

«Ainda bem que me interromperam e ainda bem que o meu sonho não se concretizou. » menti a mim própria.

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Matem-me, já faz mais de um mês que não posto.

FÉRIAS GENTE, FÉRIAS! O SECUNDÁRIO ESTÁ ME A COMER A CABEÇA, MEU DEUUUUUUUS!

Desculpem mesmo mas eu em tempo de aulas, enfim -.- Gostaram? Foi assim sequinho mas enfim foi o que me saiu esta fanfic não é de todo elaborada logo coise.

E a vida como vai pra esses lados? Tudo bem? Os vossos vizinhos, vão bonzinhos? Isso é que interessa… ;)

Sou grande chata eu sei, mas sou uma chata animada!

Love you all, avariadas.

Footballer ||h.s||Kde žijí příběhy. Začni objevovat