Vila dos Perdidos

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O clima estava agradável, os grilos e sapos quebravam o silêncio que se fazia fora de casa.

Draco: Demoraremos muito? — perguntou o loiro abotoando suas luvas de couro. Meu irmão fica bonito de couro, nem consigo notar quase que é tão feio.

Você: Acredito que não, se eu conseguir as respostas que preciso, imagino que demore menos de duas horas — respondo, amarrando meu cabelo no topo da cabeça formando um rabo de cavalo e ainda sim os fios rebeldes se soltam com facilidade. 

Pi: Salem também irá? — Pi está apoiando seu pé esquerdo em cima de uma cadeira enquanto amarra seus cadarços. 

Você: Ele precisa ficar, ainda não descobri como recuperar sua magia e francamente para onde iremos não será fácil, não posso arriscar levar ele… bom eu estou pronta. 

Draco: Não será fácil? s/n para onde está nos levando? — ele veste sua jaqueta de couro deixando seus cabelos bagunçados, eu respiro fundo ainda tensa.

Você: Existe… um lugar… onde fica quase na fronteira do país, bruxos amaldiçoados, expulsos do país e almas condenadas a morrerem sem participar do mundo bruxo, são fugitivas de pessoas como o ministro a um bruxo muito poderoso lá, e que por um boa quantia ele irá me ajudar. 

Pi: Isso é muito perigoso, s/n. 

Você: Existem coisas mais perigosas por vir e que nem imaginamos e o quão impactante será isso em nossas vidas, eu preciso saber as respostas de certas coisas, sinto que eu… — Draco e Pi param para me ouvir com atenção — eu não sou mais a mesma, e que tem coisas que eu não sei o por que estão acontecendo e eu preciso saber as respostas. 

Draco: Seja lá que respostas procura, saiba que eu sou seu irmão, sempre estarei aqui pra te ajudar, e se isso envolver luta… — ele pega sua varinha que estava jogada sobre minha cama girando-a entre seus dedos como bateristas fazem com suas baquetas — eu estou pronto. 

Pi: Eu já fui ao um cemitério abandonado e libertei um ser demoníaco… eu acho que dou conta — ele pegou uma mochila pequena e pendurou em suas costas ainda sim com um sorriso encorajador no rosto — estou pronto, afinal… agora sou seu irmão.

Draco olhou de relance para Pi, seus olhos desceram cansados ao chão e se voltou para frente.

Você: Eu fico muito feliz por ter vocês — olho para eles com carinho. Vamos conseguir, garotos.

Draco: Onze horas em ponto — olhou em seu relógio revestido em prata — eles devem estar conversando na mesa a essa hora, mamãe adora um bom papo depois de um jantar. 

Você: Certo, hora de irmos. 

[...]

Eu estava vestida com uma calça de couro preta, era larga, não algo desconfortável, sem saltos dessa vez, vestia um all star preto de cano alto, uma regata preta básica e uma capa preta talvez que ia mais ou menos na altura dos meus joelhos. Fomos para a sacada, estava ventando um pouco, estava agradável, meus cabelos eram jogados para trás com a brisa.

Draco: Caso alguém se perca, não soltem sinalizador no céu, fiz isso para caso isso aconteça — ele tirou como se fosse fones de ouvidos do bolso — cada um usará um, lá em cima venta muito será ruim de nos comunicarmos, coloquem ele em um das orelhas — Pi e eu pegamos e encaixamos em nossas orelhas. 

Pi: isso não vai cair não? — perguntou, abismado.

Draco: Acalme-se — o loiro tirou sua varinha do bolso e selou os fones em nossas orelhas, deixando-os firmes — feitiço de cola… temporário, saem em cinco a seis horas, sem problemas para cair. 

𝐼𝑛 𝐴𝑛𝑜𝑡ℎ𝑒𝑟 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑡𝑦 - 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin