Capítulo 5

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Medellín, Colômbia - 28/04/2021 - 9 da manhã - Residência dos Rojas (porta)

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Medellín, Colômbia - 28/04/2021 - 9 da manhã - Residência dos Rojas (porta)

Veronica parou o carro em frente ao portão dos pais mas não quis descer, apesar de pensar que deveria, não teve coragem. A casa estava silenciosa e parecia vazia, nesse horário normalmente se podia ouvir a música alta e a voz estridente de Carmen cantando enquanto realizava atividades domésticas corriqueiras, a risada de Soledad com suas danças espalhafatosas. A ausência disso tudo apertou seu coração dentro do peito, suas mãos trêmulas seguraram o volante e o nó na garganta voltou a incomodar bem como seu estômago vazio deu sinais de vida em um misto de dor e náuseas.

Tentou controlar as lágrimas mas não obteve sucesso, praguejando em silêncio pela ideia brilhante de aparecer ali, provocar sofrimento desnecessário e sequer ter coragem de ver os pais para dar um abraço, não os via desde o enterro e  imaginou o quão magoados eles ficariam com isso, mas não foi capaz. A mera ideia de entrar naquele lugar vazio sem a irmã lhe roubava o ar, imaginar olhar para os dois e encontrar uma tristeza profunda lhe causava angústia, Carmen era o tesouro dos pais, a filha cheia de empatia e bom coração, a que se parecia mais com eles. Em contrapartida Veronica foi o que lhes restou, sua presença só lhes traria o sofrimento de saber que lhes restou apenas a filha arrogante e fútil, no final olhar para eles era saber que a única que a aceitava e tinha orgulho de suas conquistas se foi.

Talvez tenha ficado tempo demais, o suficiente para atrair a atenção de quem passou por ali e Alberto Peña foi um deles que  lhe provocou um susto ao se aproximar da janela a fazendo pressionar a buzina em um espasmo involuntário.

— Está tudo bem? —  Alberto repetiu a pergunta que havia feito segundos antes.

— Sim, tudo bem.
Apertou as mãos no volante e fixou os olhos no portão com medo de que seus pais pudessem aparecer.

— Tem certeza? Parece nervosa.

— Estou bem, só

— Quer ir em casa tomar uma água? Não tem ninguém lá.

— Não precisa, eu vou embora.
Bateu as chaves na ignição mais de uma vez, suas mãos trêmulas não permitiram o controle necessário para ligar o motor, ele abriu a porta e a encarou firme.

— Não posso deixar você sair desse jeito, tente ao menos se acalmar antes de dirigir.

A mulher suspirou se mudando para o banco do passageiro sem deixar o veículo, o rapaz assumiu a direção e guiou o carro até o fim da rua onde estacionou  e aguardou que ela pudesse se recompor e fizesse menção de descer para  abrir o cadeado que prendia uma corrente ao portão de grades enferrujadas. Deu espaço para que a moça entrasse e encostou o carro em seguida, atravessaram o jardim até a pequena varanda com portas de madeira.

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