𝑷𝒂𝒕𝒊𝒆𝒏𝒄𝒆 𝒐𝒏 𝒂 𝑴𝒐𝒏𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕 [Tradução]

[Capítulo 5]

~ * ~ 8 anos atrás ~ * ~

O treinamento de Harry havia começado para valer e ele estava exausto. Severus era um mestre em tarefas difíceis, o que dificilmente era novidade para ele, mas, para sua surpresa, o homem estava sendo estranhamente justo com isso. Ele não estava permitindo que Harry se matasse e ele estava gastando tempo para educá-lo apropriadamente sobre os feitiços que eles estavam usando, ao invés de simplesmente jogá-lo no fundo do poço e esperar que ele não se afogasse.

Eles estavam se concentrando primeiro em feitiços de escudo, o tipo que Harry nunca tinha visto antes, e ele estava trabalhando para se familiarizar com os lados teórico e prático da magia. Severus deu a ele acesso à vasta gama de livros que ele trouxe com ele e Harry estava fazendo o seu melhor para envolver sua cabeça em torno do material difícil.

"Parece haver muito debate sobre quais escudos são mais eficazes", disse ele, olhando por cima da borda de seu livro para Severus, que estava sentado na poltrona em frente.

"De fato," Severus respondeu, seus olhos em seu próprio livro.

"Bem, de que lado do debate você cai?" Harry perguntou.

Severus virou uma página e disse: "Muito do que está escrito nesses livros foi postulado por pessoas que nunca viram uma batalha. Aqueles que argumentam que você precisa de um feitiço de escudo para cada eventualidade claramente nunca tiveram uma maldição vindo em sua direção com apenas metade de um segundo, decidir sobre o curso de ação apropriado. Acredito que os cinco em que estivemos nos concentrando serão mais do que suficientes. "

"Você ... você teve motivos para usá-los frequentemente?"

Severus olhou para ele e deu a Harry um olhar que dizia claramente: O que você acha? . "Acho que estou em boas mãos para treinar então", disse ele, e imediatamente se escondeu atrás do livro para que o homem não visse o rubor em suas bochechas.

Eu deveria apenas colar a coisa ensanguentada na minha cara , Harry pensou, frustrado consigo mesmo. Ele estava corando quase de hora em hora, muitas vezes desencadeado pelas coisas mais inócuas. Naquela manhã, foram os pés de Severus que fizeram isso e Harry ainda estava cambaleando sobre como ele reagiu, ou melhor, como seu corpo reagiu ao ver o homem entrar na cozinha descalço.

Ele estava de pé na pia da cozinha lavando a louça quando por acaso olhou para baixo e viu os longos e nus apêndices saindo de baixo da calça preta do homem. Não havia nada particularmente notável sobre eles, por si só, mas de alguma forma fez o homem parecer mais humano, confirmando que mais do homem existia sob as camadas de tecido preto sem fim em que ele se envolveu.

"Posso ir fazer um café. Você quer um?" Ele ofereceu.

"Sim, por favor", Severus respondeu. "Leite, sem açúcar."

"Huh, sempre achei que você preferiria preto", disse Harry, levantando-se da cadeira.

"Por que?" veio a resposta divertida.

Harry deu de ombros e disse, "Não sei, apenas fez sentido para mim. Você parece o tipo de pessoa que gosta de café e cigarros, ouvindo bandas obscuras em vinil e lendo Vonnegut."

Severus deu a ele um olhar fulminante e disse, "Eu não sou um estético adolescente, Potter."

Harry bufou e pediu licença para ir à cozinha antes de cair na gargalhada. O homem podia ser tão engraçado às vezes, mesmo quando não estava tentando ser. Ele separou o café para os dois e eles continuaram a ler em silêncio, Harry tentando não olhar para cima e roubar olhares para Severus a cada cinco minutos.

Ele finalmente havia mergulhado suficientemente em seu livro quando o homem rompeu sua concentração, dizendo: "Certo, lá fora em cinco minutos."