Capítulo 24

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Otávio estava prestes a começar o seu primeiro dia de trabalho:

- Você entendeu o que tudo o que eu te expliquei?

Perguntou Estefânia, a patroa de do rapaz.

- Sim, entendi tudo que a senhora me disse e vou seguir tudo à risca. A senhora não vai se arrepender de me dar essa chance.

O filho de Mário e Rita garantiu.

- Senhora não, pode me chamar de você.

- Tudo bem então, vou tentar, mas acho que essa parte vai ser meio difícil.

Concordou Otávio e e sorriu.

-  Não se preocupe, você se acostuma daqui a um tempo.

A mulher disse. O rapaz assentiu e logo começou a trabalhar.

As primeiras horas de trabalho foram puxdas, pois tudo tinha que ser feito com bastante atenção, apesar disso o rapaz estava descidido a dar o melhor de si e honrar aquela chance que o destino havia lhe dado para prosseguir com seu sonho de um dia se tornar um engenheiro de sucesso.

Enquanto isso, Luísa estava em sua casa sem nada o que fazer:

- Apesar de qualquer coisa que tenham feito, eu sinto tanta falta dos meus pais. Está a cada dia mais dificil de sustentar essa situação com eles.

Viver nessa casa sozinha não está me ajudando em nada.

Ela queria voltar para casa de Pedro e Cecília, mas, não teria a mesma confiança que construíra com eles durante toda a sua vida.

Não seria igual. Nunca mais seria igual, sempre haveria aquela desconfiança entre ela e eles, aquele medo de toda a situação se repetir. Enfim... Não daria certo e o melhor que ela poderia fazer, pelo menos por enquanto, era permanecer em sua casa e tentar seguir sua vida logo após o baque que sofrera depois de descobrir a morte de Henrique...

Ela era a única herdeira de Pedro e Cecília, mas, mal lhe importava aquele dinheiro, aquelas ações, aquela empresa, pois, para ela, até quando seus pais dessem seus últimos suspiros, ela não teria o direito de tirar um só centavo daquelas finanças sem o consentimento deles...

O dinheiro, o que gerou todo o mal de sua vida.... Claro que ele lhe proporcionava conforto, isso ela não poderia negar jamais...

Desde criança sempre desfrutou dos melhores métodos de educação, seu lazer com seu irmão sempre era o melhor, sempre assistiam os melhores lançamentos de filmes, series, iam ao shopping quase todo fim de semana, suas notas no colégio eram excelentes e sempre era considerada o destaque da turma, mas, do que adiantava tudo isso?

Ela vivia uma mentira, passara a viver um luto que devia ter superado a muitos anos atrás...

Mas ela era forte, e tinha certeza superaria a morte de seu irmão. Olhou nos armários de sua casa e percebeu que precisava fazer compras, aquela era a oportunidade para se distrair um pouco...

Como o supermercado ficava perto de sua casa, descidiu ir a pé mesmo.

Enquanto isso, Mathias chegou no hotel, pagou o valor referente a primeira noite no lugar e logo que lhe foram entregues as chaves de seu quarto, entrou no compartimento, ele tinha dinheiro, porém, não se sustentaria por muito tempo sem uma fonte de renda, mas, a preguiça não deixava que ele fizesse nada, sempre foi sustentado por seus pais, depois pela família de Luísa, e por útimo por Nicole, que agora, no momento em que mais precisava dele fora abandonada. Mesmo que esse filho fosse dele, Mathias não tinha a minima vontade de participar da vida de seu filho ou filha se com isso ele não tirasse algum tipo de proveito.

- Dani-se Nicole com essa criança. A escolha foi dela e únicamente dela, agora ela que cuide dessa criança sozinha, e literalmente sozinha, por que ela é tão insuportável que nem os próprios pais vão querer saber dela, tenho certeza absoluta disso, acabou para aquela coitada, quero ver no ombro de quem ela vai chorar agora, vão ser de paz as minhas noites, sem aquelas "conversinhas moles" :

Eu te amo, te amo tanto... você é uma das unicas pessoas que importam na minha vida... Se não fosse por você e os meus tios, eu nem sei o que seria de mim... Blá, blá, blá...

Meu estomago até embrulha só de lembrar....

Mathias pegou seu celular e discou para a casa dr sus pais:

- Oi, meu filho tudo bem com você?

Cumprimentou sua mãe feliz. Mathias por sua vez, fez uma voz enfraquecida, como se estivesse chorando a pouco tempo:

- Eu.. Eu gostaria de dizer que estou bem mãe, mas, você sabe não gosto de mentir para você, né?

- O que está havendo com você, Mathias? Está doente? foi o seu sogro? ele está te forçando a trabalhar na empresa dele? Por que se for isso, você vai voltar para casa hoje mesmo....

Disse a mãe de Mathias com receio.

- Na verdade mãe, eu estou mais com Luísa, já faz um tempo que terminamos... Não deu certo nosso relacionamento, ela não gostava de verdade de mim sabe? E ai eu comecei a me sentir usado por ela e por sua família, como se eu pudesse impedir que a depressão dela retornasse.

- Eu entendo meu filho, mas, não se preucupe, você vai encontrar alguém que te ame de verdade e queira construir uma família ao seu lado.

Confortou sua mãe sem saber de tudo que Mathias fizera.

- Quando você vem para cá?

- Em breve mãe, eu não quero ficar aqui nessa cidade, me fez muito mal ter vindo para cá, sabe?

Geiza, a mãe de Mathias, sentiu uma enorme dor no peito ao ouvir aquelas palavras vindas de seu filho:

- Meu amor, eu sinto muito que tudo isso tenha te afetado dessa forma, mas, eu prometo que vou cuidar de você.

- Mãe, você sabe que eu e Carlos não nos damos nada bem, você prefere ele, eu tenho certeza, se não preferisse ele jã tinha se separado, foi esse um dos motivos de eu ter saido de casa tão cedo...

Mathias ouviu o choro de sua mãe e pensou consigo mesmo:

- Agora tiro esse babaca da vida de minha mãe e vou poder manipula-la a vontade, sem nenhum idiota para vir me atrapalhar, dizer para ela que eu sou um homem feito e não dependo mais das ajudas dela.

- Mathias, esse Carlos de quem você fala tão distante, você goste ou não, é o seu pai, quem ver de longe acha que é um padrasto que você odeia com todas as suas forças.... Isso me deixa muito triste sabia?

Perguntou Geiza.

- Dani- se ele ser o meu pai, eu não o considero e pronto.

- Meu filho, eu tenho uma coisa muito importante para te contar, você precisa vir para cá, é um assunto que não pode ser tratado por telefone.

- O que é mãe? Fala logo, eu odeio quando coneça a falar alguma coisa e não termina.

- Só vem para cá Mathias, vem logo!

- Tudo bem mãe, eu vou.

A ligação foi interompida.

- Vai começar o blá, blá, blá, que eu devo voltar para casa, devo fazer as pazes com o meu pai, e nada disso vai acontecer.

Mathias então começou a se preparar para ir a casa de seus pais sem saber o motivo pelo qual sua mãe estava tão aflita.

Por que será que a mãe de Mathias estava tão agoniada? No próximo capítulo vocês saberão! Um beijo ❤

Instagram @autorasamirarocha

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