02

87.6K 5K 2.2K
                                    

Gaspar 🕊

Dia de liberdade e eu tava como? Tranquilo e calmo. Essa era a segunda vez que eu caia e na primeira eu não tinha passado nem uma semana direito e já foi mó castelo, agora então tava foda. Mas não podia deixar isso afetar minha mente não, era só seguir em frente e se ligar mais.

Dessa vez eu só tinha caído porque fui meter o 157 no lugar e hora errada, mas é isso, bagulho vai e vem na hora certa, ainda cria.

Quando o policial veio me tirar, fui andando tranquilamente, recuperei meus bagulhos e ainda mandei um sorriso de cria pra mulher que me devolveu minhas coisa, era gatinha ela. Sai colocando meu cordão de prata e as dedeiras, quando saí dei de cara com o advogado, tinha um cria meu com uma moto ali na frente e o carrão do advogado.

Luiz: Hora de ficar mais quieto, se cair mais uma vez esse ano posso demorar muito mais tempo pra te tirar.- Encarei ele bolado.

Gaspar: Eu te pago bem pra tu me tirar no menor tempo possível, então vem falar merda não! - Apontei, fui passar por ele de cara fechada e olhei pro carro dele.

Fui andando pra moto, e quando eu ia falar com meu parceiro, a porta do carro abriu e uma loira ocupou minha visão, encarei ela serinho mas ela nem me olhou, virou a cara e começou a andar na direção do pai com o celular na mão entregando pra ele.

Coronel: Caralho, que mulher gostosa.- Falou encarando e eu encostei do lado dele.

O cabelo dela voava a qualquer vento que batia, ela tava arrumada pra caralho, cada detalhe dava gosto de observar, papo reto. Tinha uma postura de patricinha e a cara enjoada do jeito que eu me amarrava, mas a garota nem olhava de nada, pura enjoada.

Gaspar: Passei maior cota na gaiola e tu fica olhando pra mulher no lugar de dar valor pro teu irmão? - Bati na cabeça dele.

Coronel: Isso não é mulher cria, é obra de arte que deu fuga da exposição.- Eu ri e ele me abraçou de lado.- Pronto pra comer umas gatinhas e voltar pra vida de patrão?

Gaspar: De volta o mundo.- Pisquei e ele subiu na moto.

Fiz a mesma coisa e olhei pela última vez, ela continuava sem olhar e assim ficou. Resolvi virar a cara e ele meteu o pé, indo pro morro, pra minha casa. Quando cheguei lá, ele me deixou e meteu o pé, avisando que tinha rolê mais tarde.

Quando entrei na minha casa, Andressa tava jogada no sofá e eu nem encarei ela, um ano preso e a fiel num foi ver, mas tinha nenhuma não porque as amantes foram.

Andressa: Não sabia que você voltava hoje.- Se sentou no sofá, me olhando.

Gaspar: E tu procurou saber de algum bagulho? - Falei de cara fechada, voz de puto e sem ideia nenhuma pra trocar com ela.

Andressa: Meu pai não deixou eu ir.- Eu sorri debochando.

Gaspar: Pra ficar aqui nessa porra coçando buceta tu fica, pra dar uma moral não quer né? Se manca, porra.- Falei alto.- Tu nunca obedeceu ele.

Andressa: Tu não soube colocar tuas amantes lá dentro? Melhor ainda que eu não precisei pisar naquela merda.- Falou no mesmo tom.

Encarei ela por dois minutos e foi o suficiente pra ela ficar calada, entrei no quarto batendo a porta e fui tomar banho, ia bater cabeça com isso não porque tinha tempo pra essa porra não.

Lance criminosoWo Geschichten leben. Entdecke jetzt