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Gaspar 🕊

Eu acordei nove da manhã, sai da cama indo no banheiro e voltei pro quarto pra pegar minhas coisas de cima da bancada, quando eu tava colocando o relógio a Luana levantou a cabeça, passando a mão no rosto e me encarou.

Luana: Pra onde você vai? - Falou baixo com voz de sono.

Gaspar: Pra minha casa pô, passei a noite como tu queria, só não rola ficar de babá.- Falei pegando a blusa e colocando no ombro.

Luana: E o que eu faço? - Eu encarei ela feio.

Gaspar: Quer manual? Levanta, faz algum bagulho pra comer, toma um banho, sei lá garota.- Ela amarrou o cabelo.

Luana: Eu sei que você já fez demais por mim, mas se depender de mim mesma pra me alimentar, eu vou morrer de fome ou queimar a casa...- Falou baixo.

Gaspar: É o seguinte, Luana. Te dei um abrigo aqui, uma casa até maneira pra ser de alguém que eu nem conheço. Entendo que é foda e tu sempre teve acostumada com isso, mas acabou esse luxo na tua vida, ou tu começa a se virar pra aprender as coisas ou vai se fuder sozinha, porque eu não vou tá servindo de babá pra ninguém.- Falei sem paciência.

Luana: Eu entendo, não é sua obrigação e de qualquer forma eu sou grata por isso.- Falou com voz de choro e eu fiquei mais bolado aonde.- Só que eu não tenho nem o meu celular pra poder pesquisar e tentar, eu só preciso de uma mínima ajuda pra poder tentar.

Gaspar: Engole a porra do choro, quer chorar pra que? Aprende a lidar com teus problemas.- Falei um pouco mais alto e ela desviou o olhar me fazendo respirar fundo.- Tu só me arruma problema ein garota, eu vou mandar um menor trazer comida, mas na hora do almoço tu vai se virar e fazer pelo menos um arroz.

Luana: Pode não parecer mas eu sou grata a você.- Falou baixo, se levantando.

Gaspar: Tem que ser mermo, nove horas da manhã e tu colocando estresse na minha mente. Tem que ser grata não, tem que ser minha fã mermo, fazer tudo que eu mandar.- Sai falando do quarto e escutei a risada dela.- Tô metendo o pé.

Luana: Tenha um bom dia.- Falou indo pro banheiro e alguém bateu na porta.

Ela colocou a cabeça pra fora do banheiro me olhando e eu fui até a porta, quando eu abri a Andressa passou por cima de mim que nem furacão, fiquei sem entender mas vi ela indo pra cima da Luana que andou pra trás.

Andressa: Você é uma vagabunda mesmo, só tem a cara de sonsa.- Deu um tapão na cara da Luana e foi pra cima dela, eu poderia muito bem meter o pé e ir dormir em casa, mas tive que ir segurar a Andressa.- Eu querendo te ajudar igual uma tonta e você dormindo com o meu namorado.

Luana: Namorado? - Me olhou e eu virei o rosto, puxando a Andressa que tentava se soltar.

Andressa: Para de ser fazer de sonsa.- Falou alto e eu puxei a Andressa de vez, empurrando ela.

Gaspar: Ta na hora não garota, passa pra casa.- Falei alto olhando pra ela.

Não deixei ela falar de novo e sai arrastando o braço dela, sabia que vinha dor de cabeça por aí e parei de frente a minha moto, segurando o rosto da Andressa que respirava fundo.

Gaspar: Se tu entrar nessa porra pra ir encher a mente daquela garota, o bagulho não vai ficar maneiro entre a gente.- Apontei pra cara dela vendo ela me olhar.- Então deixa esse caralho em paz e segue teus bagulhos.

Andressa: Você é outro sujo, imundo.- Tentou virar o rosto e eu continuei segurando, apertando mais.

Gaspar: Tu sabe de muita menina que eu já comi por aí, até amiga tua debaixo do teu nariz! Tu nunca cresceu pra nenhuma delas, tu só quer crescer pra Luana porque ela é uma besta otaria, então tom teu rumo.- Falei alto.- Entendeu?

Ela me empurrou com força e eu soltei ela, montei na moto e encarei ela saindo dali e rindo pra casa. Tomei um banho sentindo a dor de cabeça marolar e me joguei na cama pra ficar na paz.

Lance criminosoWhere stories live. Discover now