Luana 🧚🏼♀️
Ao amanhecer senti meu corpo sendo soltado e segundos depois sendo coberto, sabia quem era mas não fiz questão de abrir os olhos pra não poder meu sono. Então só me encolhi e me ajeitei, voltando a dormir como se nada tivesse acontecido.
Quando acordei era quase meio dia, tomei um banho e passei uma vassoura no quarto, fui esquentar o almoço e fiquei olhando televisão, até alguém bater na porta. Caminhei abrindo e vi um meninos que sempre estava por aqui e sempre que ele vinha, era algo pra me entregar.
E assim fez, ele me deu uma sacolinha e eu peguei agradecendo, quando abri vi pílula do dia seguinte e fui logo tomar. Achava um absurdo eu ainda não ter um celular porque eu ficava perdida no tempo, mas anotei o horário perto do relógio e fui comer.
Depois disso, passei uma vassoura na casa toda e queria tirar os lençóis pra lavar, mas era o único lençol de cama e da última vez que eu tirei pra lavar, dormi a noite sem lençol.
Quase três horas da tarde e eu tava lavando a louça do almoço, alguém bateu na porta e por um momento achei ser o Gaspar, mas era o Coronel.
Coronel: E aí, loirinha. Fiquei sabendo que teu coroa tentou falar contigo.- Falou entrando na casa.
Luana: Sim... Deve saber também o que eu acho sobre isso, certo?! - Ele negou, se sentando.- O Gaspar não falou?
Coronel: Não vejo o Gaspar desde ontem que ele saiu contigo.- Fiz careta.- Só fiquei sabendo pela Andressa que ele falou contigo.
Luana: Eu só não quero voltar.- Falei enxugando minhas mãos.- E por mim eu iria pra longe daqui também, mas como você insiste em ter minha presença... Eu quero uma máquina de lavar e um celular, eu preciso de um celular, fora lençol de cama, roupa de dormir, eu preciso de tanta coisa.
Coronel: Calma aí, dona de casa.- Falou em tom debochado e eu ri.- O celular agora não.
Luana: Achei que você já confiasse em mim.- Falei baixo e ele respirou fundo.
Coronel: Confio mas ainda desconfio.- Olhei pra ele triste.
Fiquei calada indo beber água e alguém abriu a porta da casa, olhei novamente e agora sim era o Gaspar, sorri de lado e ele bateu na mão do Coronel.
Gaspar: Bora treinar.- Falou contigo.- Te dou cinco minutos.
Luana: Você sabe que nunca são cinco minutos.- Falei baixo e debochando, ele pareceu ouvir pois negou e sorriu de lado.
Gaspar: Não vem com essas porra de roupa de patricinha não, põem um bagulho que dê pra treinar.- Falou apontando e eu fui pro quarto.
Peguei uma calça legging e uma blusa regata, quando ia saindo escutei os dois conversando.
Gaspar: Dá pra sustentar os bagulhos, daqui um ano ela vai querer meter o pé e vai esquecer de tudo aqui, então tá tranquilo.- Falou.
Coronel: Tá me dizendo que confia nela? - Ele ficou calado por uns segundos.
Gaspar: Acho que o celular num é bagulho de outro mundo. Já tomei duas provas que ela não vai explanar.- Comemorei mentalmente animada.
Coronel: Tu tá ficando com a garota, Gaspar? - Falou em tom sério.
Gaspar: Eu? - Escutei a risada dele.
Apareci toda lindinha pra eles e ambos me olharam dos pés a cabeça, Coronel soltou uma risada e Gaspar se levantou. Fui caminhando pra fora e Coronel me abraçou de lado e eu olhei pra ele, ele beijou minha cabeça.
Coronel: Qualquer dia desses tu vai ter minha confiança até pra sair desse morro sozinha, só precisa ter paciência! - Falou me olhando.
Luana: Tudo bem...- Falei baixo.
Coronel: Qualquer bagulho tá na conta do fantasminha aí.- Me soltou subindo na moto dele.
Gaspar: Como sempre, o mais bonito que se fode.- Falou subindo na moto dele.
Luana: Isso é pra você aprender a parar de ser chato.- Brinquei e ele me olhou de lado.
Coronel saiu buzinando e antes de eu subir o celular dele tocou, ele tirou da cintura e olhou, digitou alguma coisa e me olhou novamente, já que eu estava parada esperando ele.
Gaspar: Sobe.- Apontou com a cabeça e eu segurei nele, fazendo isso.- Tomou o bagulho?
Luana: Sim.- Falei segurando nele.
Gaspar balançou a cabeça e saiu comigo, demoramos mais que o normal mesmo ele estando em alta velocidade. Chegamos no topo numa casa, tinha alguns sacos de pancadas e sacos no chão.
Respirei fundo amarrando o cabelo e ele parou por trás de mim, senti sua respiração perto de mim e olhei pro lado, vendo ele me encarar.
Gaspar: Ta ligada essa unha aí que tu fez com o meu dinheiro? - Revirei os olhos em deboche.- Vai quebrar toda agora.
Luana: Aí você me dá dinheiro pra mais.- Ele soltou uma risada.
Como ele estava perto demais, dei um selinho nele vendo ele virar o rosto e puxar meu cabelo fazendo soltar, resmunguei com raiva e amarrei novamente, logo começamos a tentar treinar mas eu sentia tanta má vontade que só queria me deitar ali e observar ele.
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Lance criminoso
Teen FictionO clichê mais bonito de ver, visões e mundos diferentes. Qual a chance disso dar certo, do encontro acontecer, ou melhor, do amor transparecer? É isso que faz tudo ser intenso, divertido e o que faz causar o frio na barriga. O amor nunca é tão fáci...