CHAPTER 21

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COLE SPROUSE

Fitei o rosto confuso de Lili.

Sei que ela ainda está brava mas isso não importa para mim. Lili tem o que toda mulher sonha em ter; eu.

Achei que ela se derreteria no primeiro momento quando eu comecei a dar explicações, havia mentira na história que contei para ela. Lógico que eu não posso ainda contar toda a verdade. Mesmo assim, ela já ganhou o que eu não dei a nenhuma outra.

Sempre me preservei, sempre escapuli das armadilhas femininas. E então, me vi, do nada correndo atrás da minha secretaria enxerida.

- Em trinta minutos vamos em um restaurante local. - falo quebrando o silêncio.

Ela apenas assente e desvia a atenção.

Enquanto procuro algumas coisas na mala percebo algo vibrar ao meu lado e vejo o notebook de Lili aberto, sua caixa de e-mails está cheia mas um me chama a atenção. É do hospital.

De: Hospital Central de Nova York.
Para: Lili Reinhart
Assunto: Exames.
Data: 01 de dezembro.
Senhorita Reinhart, informamos que nos exames recentes os resultados mostraram a presença de hCG. hormônio da gonadotrofina coriônica.

Fecho a tela sem querer ler o resto. Como ela pode me esconder isso?

Quando ela iria me contar que está grávida?

Grávida. Lili está grávida.

Abro o email novamente olhando a data, 01 de dezembro. Ela sabia. Hoje É dia seis de dezembro. Ela sabia disso há cinco dias e estava me escondendo o tempo inteiro.

Preciso de um tempo, se confrontar Lili agora vou acabar sendo grosso e descontando o peso da notícia nela.

Estou parado no píer olhando para o mar. Quero voltar para o aconchego do meu apartamento em Nova York. Respiro fundo, sentindo o cheiro da brisa do mar. Caminho devagar sem destino até que percebo que estou sendo um grande maricas com esses sentimentos tolos no peito.

A esse ponto, Lili deve estar ciente de que sei a verdade sobre o nosso bebê. Meu celular toca mais uma vez e recuso a ligação sabendo que é Lili. Não quero falar com ela agora.

Resolvo cumprir o que havia planejado sozinho. Vou então para o tal  restaurante que ela queria conhecer. Percebo que fica numa espécie de aquário. Ótimo, acho que ver peixe vai me acalmar. Eles são tão pacíficos e chatos que vão me deixar também pacífico, assim eu penso.

Peço uma bebida qualquer do menu, estou sem apetite. Beberico enquanto os peixes nadam tranquilamente. Os óculos escuros impedem as pessoas
verem meus olhos frustrados. Olho para o lado e uma ruiva muito bonita está de olho em mim. Sorri quando olho para ela e passa a língua nos lábios.

Fosse em outra época, eu já estava metendo pau nela em algum banheiro ou quarto de hotel. Merda, pare com isso Cole. Desvio a atenção e penso no quanto aquela loira me mudou, quando foi que me tornei esse homem sem graça e fiel?

Segundo meu terapeuta eu estou em fase de negação. Não seu digerir a ideia de que em nove meses minha vida mudará por completo e que serei pai.

- Oi. - Me assusto com a voz esganiçada ao meu lado.

Percebo que a ruiva que tentava flertar descaradamente comigo está parada no meu lado.

- É...oi. - respondo.

𝗱𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝗼𝘂𝘀 𝗹𝗶𝗲𝘀 • 𝘴𝘱𝘳𝘰𝘶𝘴𝘦𝘩𝘢𝘳𝘵  Where stories live. Discover now