CHAPTER 23

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LILI REINHART

Minha relação com Cole vai estranhemte bem, acho que superamos o ocorrido sobre ele ter descoberto o bebê.

Ele foi comigo na consulta e se
comportou como um legítimo pai de primeira viagem. A nova médica ficou radiante e impressionada quando viu Cole Sprouse entrando comigo e eu
disse que ele era pai do bebê. A partir desse momento, a safada praticamente me deixou de lado. Apenas via o homem super gostoso na frente dela.

Ei, doutora! Eu que sou a grávida aqui, que coisa!

Cole fez um milhão de perguntas. Coisas que eu nem desconfiava e ele estava ávido por saber. Disse a ela que tinha pesquisado muito na internet. Perguntou desde anomalias genéticas a tudo sobre o parto, que será normal. A obstetra marcou para o fim de junho. Mais ou menos na segunda semana do mês.

Pela vontade de Cole, eu deveria ficar
deitada, sem dirigir, cozinhar, digitar, andar, comendo apenas frutas e verduras, até a criança completar três anos. A doutora riu e disse que, ao contrário, eu precisava fazer exercícios durante a gravidez. Coisas leves, como caminhar pela manhã e a yoga que a ginecologista já tinha me recomendado.
Também teria que cuidar da alimentação, mas sem tirar nada e sim diminuir o excesso.

Nesse meio tempo ele me convenceu a ir definitivamente para sua cobertura. Queria ter certeza de que eu estaria 100% segura e bem. Tentei convence-lo ao contrário mas Cole é irredutível, não desiste quando põe algo na cabeça.

É estranho dizer que estamos mais conectados do que nunca, entretanto, desde que voltamos da viagem só dormimos na mesma cama, sem beijos ou sexo. Aos poucos vamos quebrar esse clima que ainda paera entre nós e tudo vai se resolver.

Hoje no café da manhã ele me propôs um jantar. Agora estou totalmente vestida para irmos ao lugar em que ele me levaria.

Meu vestido é muito perfeito. Camila e Madelaine me ajudaram a escolher. Na verdade nem precisei ir a lugar algum, eu recebi uma arara com alguns vestidos de um estilista super hiperfamoso, na sala de casa.

Duas belas jovens estavam sorridentes me olhando. E uma delas disse, com um sotaque britânico acentuado, que Cole tinha mandado os vestidos para eu escolher o que iria usar. Ela não deixou de ressaltar que qualquer um dos cinco vestidos que eu escolhesse era único. Exclusivo.

Liguei imediatamente para Camila que não estava no trabalho naquela hora, e Mads. Elas chegaram enquanto eu ainda estava com o telefone na mão. Foi quase assim. As meninas gritaram, aplaudiram e até se aventuraram
provando também alguns vestidos.

O vestido é curvilíneo. Dei graças a Deus por minha barriga não estar aparecendo ainda. Escolhi um vermelho, que tem um maravilhoso corpete trabalhado em renda e pedras
semipreciosas. A saia descia em várias
camadas como nuvens flutuantes aos meus pés.

Não fiz um penteado superluxuoso, gostava do comprimento do meu cabelo, eles cresceram no verão passado e agora batem em minha cintura, as madeixas louras deixaram um contraste perfeito com a cor do vestido, tentador!

Obesrvo Cole do outro lado do closet, ele termina de colocar as abotoaduras
e eu me aproximo ajudando-o com a gravata borboleta. Depois pego o terno do smoking dele e o ajudo a vestir. Ele se vira para mim e eu quase tenho um
ataque. É como se fosse a primeira vez que eu o tivesse visto, porém, de smoking.

Ele está tão perfeito, tão lindo que tenho vontade de abraçá-lo e beijar esse lábios de que jamais esquecerei o sabor.

- Nossa, Cole...você está incrível. - mal percebi quando o elogio saiu da minha boca.

- A única pessoa incrível aqui é você. Deveria ter alugado um restaurante inteiro para nós, assim não ficaria preocupado com olhares em cima de você.

- Não seja tolo. Aposto que vão ter olhos para você.

Ele sorri, estende a mão e acaricia meu queixo. Depois os dedos descem e fazem a mesma carícia, leve e sensual no meu pescoço. Me recordo da língua dele lambendo meu pescoço antes de subir aos lábios. Nossos corpos suados e agarrados. Será que um dia tudo voltará a ser como antes?

- Tenho uma coisa para você. - Ele se afasta e eu fico no mesmo lugar ainda sentindo os espasmos que sei toque me causa.

- Eu nunca te dei nada, homens ricos
vivem enchendo as namoradas de presente. A gente ficou um tempo junto e a única coisa que te dei foi um bebê e muito desgosto.

- Nunca mais fale assim, entendeu? Você não precisa me encher de presentes, estou feliz e satisfeita com tudo que me deu até agora.

Ele não diz nada, não contesta, abre a caixa e vejo um colar. Não é  extravagante, é uma joia singela, porém, posso ver que é cara. O colar é de ouro branco e possui apenas um pingente com uma pedra oceânica no meio de chuviscos de diamante.

- É oceânica, me lembra seus olhos. Quando brigamos na viagem eu fui para o restaurante no aquário, a água azul me lembrava da imensidão azul dentro de você. - Ele retira a jóia de dentro da caixa e vem para minhas costas.

- É lindo. - Passo a mão sobre a pedra que repousa sutilmente no início dos meus seios.

- Sei que nada está sendo como antes mas quero que veja isso como um presente para a mãe do meu bebê, ou até mesmo por ter me suportado pelo tempo que ficamos juntos. Você pode não me querer mais, porém não pode negar que vivemos momentos de glória.

Sinto meus olhos marejarem.

- Cole, o que vivemos é inesquecível e o melhor presente que me deu até agora foi o bebê, era eu quem deveria estar agradecendo aqui. - suspiro e o encaro - Então...amigos?

- Sim, amigos.

Ele me toma em um abraço. Eu afundo
meu rosto no peito dele e sinto o cheiro da colônia masculina, o cheiro inconfundível dele. Eu quero tanto poder ser dele novamente. Queria que ele me fizesse a mesma pergunta que me fez no meio da minha sala no meio da noite.

Que me pedisse em casamento, só que dessa vez, verdadeiramente. Por que Cole não insiste mais um pouco? Por que não me pede em casamento novamente? Onde está aquele homem que insistiu até conseguir me conquistar? 

Ele se afasta do abraço e isso dói muito. Acho que, a seus olhos, sou mesmo apenas uma amiga. A amiga que vai dar à luz seu filho. Eu me pergunto se ele já arrumou alguém. Será que foi tão rápido? Isso justificaria a falta de beijo e de sexo entre nós.

- Vamos?

Ele dá um sorriso tão devastador que eu sinto minhas pernas fraquejarem. Seguro no braço que ele me oferece e saímos do quarto. Lá embaixo, na porta do prédio, uma limusine nos espera. A primeira vez que viajo de limusine e acho que a última. Brindar com ele no
banco de trás é um sonho realizado, fiquei fascinada por ele ter lembrando de mim e pedido para colocar espumante sem álcool. É uma pena
que não tenha o beijo para selar esse sonho.

Seria tudo diferente se eu soubesse do que viria em breve...

𝗱𝗮𝗻𝗴𝗲𝗿𝗼𝘂𝘀 𝗹𝗶𝗲𝘀 • 𝘴𝘱𝘳𝘰𝘶𝘴𝘦𝘩𝘢𝘳𝘵  Where stories live. Discover now