ABANDONADA APÓS O ALTAR

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Os raios de sol que atravessaram o vidro da janela batendo diretamente em meu rosto foram suficientes para me despertar.
Não era comum eu despertar com facilidade, pelo menos não sem desligar meu despertador umas 4 vezes até finalmente estar atrasada, mas minha mente estava tão agitada durante o sono que acordar era uma necessidade pela qual meu corpo implorava.

Enquanto alongo meus músculo na cama, os quais pareciam ter ficados contraídos a noite inteira, levo minhas mãos aos meus olhos esfregando eles para tentar lidar com a claridade que se espalhava pelo quarto.
Em seguida veio aqueles famosos 10 segundos quando nós humanos recém acordados e lembramos quem somos, onde estamos e o oque precisamos fazer. Hoje não foram necessários nem 10 segundos para eu imediatamente me lembrar que na noite passada beijei Bucky Barnes. Imediatamente olho para meu lado esquerdo na cama, que estava vazio. Nenhum sinal daquele par de olhos azuis me encarando.
Não pude deixar de ignorar o frio na barriga que senti ao considerar que ele poderia ter simplesmente ter ido embora. E se ele tivesse ido, por mais perdida e em risco que eu ficaria, não poderia culpa-lo, em também faria de tudo para não ter que olhar para ele depois do que aconteceu na noite passada, seria um momento explicitamente embaraçoso.

Me levanto devagar da cama, agora em pé passo meu olhos em todos os cantos do quarto á procura das coisas de Bucky que ontem estavam ali, mas chego a conclusão de que não tinha sequer um fio de cabelo dele pelo quarto, ele já teria levado todas suas coisas consigo ao ir embora.

Mas que porra, James. O que eu faço agora? Você simplesmente me deixa aqui sem nem um bilhete dizendo "Fui, você que lute agora".

Merda... O que eu vou dizer para Marta e Ronald? Que meu amado marido simplesmente me abandonou na casa de dois estranhos? Ah James! Porra, eu juro por deus que se um dia eu te ver de novo eu vou quebrar essa porra de nariz empinado que você tem seu merdinha.

Calma Victoria, calma... Isso é culpa sua! Você nunca deveria ter confiado nele.

Vou até o banheiro e molho meu rosto com a água gelada da torneira, na tentativa de criar coragem para sair daquela situação. Enquanto encaro meu reflexo no espelho penso no que dizer aos receptivos fazendeiros.

Nós brigamos durante a madrugada e ele foi embora, e é isso. Sem mais. Só preciso de ajuda para voltar para casa. Se eles insistirem em saber detalhes eu finjo um choro e digo que não quero falar sobre isso.

Ao terminar de arrumar minhas coisas para descer á procura de Marta volto em frente ao espelho para fazer um rabo de cavalo resistente, pelo menos alguma coisa naquele dia teria que se manter em pé.

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Desço as escadas devagar ainda receosa da cena dramática que teria que fazer em seguida.

Passo pelos cômodos logo após o fim das escadas e não vejo ninguém, mas logo em seguida consigo ouvir a voz de Marta vindo da cozinha. Respiro fundo e então vou em direção de onde ela vinha.

- Ah! Ai está ela... Já íamos te chamar.... - Marta diz essas palavras como se falasse com alguém mas eu não via ninguém ali na cozinha com ela. Será que a pobre velha estava delirando? - Vem... Senta aqui na mesa, o café vai esfriar.

Eu não conseguia contentar um olhar estranho para Marta enquanto devagar me sentava em uma das cadeiras da mesa, quando de repente Bucky surge de trás do balcão da cozinha me fazendo soltar um pequeno grito, dando um pulo na cadeira pelo susto. Ele imediatamente me lançar um olhar confuso.

- O QUE  VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? - Eu grito por impulso, sem pensar antes. Como assim o que ele estava fazendo ali Victoria? Onde mais ele estaria?

BUCKY BARNES | Após o Soldado Invernal Onde histórias criam vida. Descubra agora