HOLLYWOOD'S BLEEDING

CAPÍTULO CINCO - LOVERS TO RIVALS

⚠️ ATENÇÃO ⚠️

PALAVREADO DE BAIXO CALÃO / SEXO EXPLÍCITO / MENÇÃO A USO DE DROGAS ILÍCITAS / EPIDÓDIOS DE TRAUMA EXCESSIVO / ASSÉDIO SEXUAL

LOVERS TO RIVALS

X X X

— Quando vai resolver me contar sobre esse cara que você 'tá saindo? — Wooyoung e San terminavam de juntar seus pertences após a aula prática de dança contemporânea.

— Ah... Ainda não tenho muito o que dizer... Ele parece ser legal... Além de ser a melhor foda da minha vida... — Respondeu, sorrindo e revirando os olhos ao lembrar dos detalhes daquela noite.

— Você é maluco, isso sim... Sem querer estragar sua animação mas, eu não fui com a cara dele.

— Não é você que tem que ir, sou eu, meu doce de coco — San debochou.

— Você é muito deslumbrado mesmo... Já deve estar todo encantado.

— Me respeita, Woo... Eu não 'tô nada encantado, só realmente quero dar uma chance de conhecer alguém diferente do nosso meio — Estaria afirmando ao amigo, ou para si mesmo? Pensou.

Wooyoung bufou para a declaração nada convincente. San podia ser mais velho do que ele, mas às vezes parecia o contrário. Já havia presenciado as incontáveis experiências falidas do garoto com homens como este.

San tinha um dedo podre, como costumava dizer, e agora não só acreditava que seria a mesma coisa, como pressentia que o tal Santiago não era tão boa pessoa como se fazia parecer.

— Quer sair mais tarde? — Perguntou.

— Não sei se consigo, preciso passar mais tempo em casa porque meu pai tem enchido o saco esses dias... E hoje especificamente.

— Seu pai é muito chato, se me permite dizer.

— Chato sou eu... Ele é intragável, ridículo — O garoto cuspia as palavras.

Pode-se dizer que até uns dois anos atrás, San e Siwon tinham uma relação amistosa, mesmo que muitas das vezes isto só fosse possível devido a submissão do mais novo.

— Mas o que ele quer que você faça em casa, sendo que nem ele mesmo fica muito lá?

— Ah, parece que ele vai fazer um jantar de comemoração dos negócios com aqueles homens insuportáveis igual a ele... Aí quer que eu esteja.

— Coitado, ainda tem esperança que você se interesse pelo que ele faz e siga o mesmo caminho.

— Coitado mesmo! Nunca que eu vou me enfiar nessa sujeira toda... Ele pode me bater, gritar comigo, arrancar os próprios cabelos... Mas nada vai me fazer mudar de ideia, nem que eu tenha que fugir.

— E sua mãe? — Mesmo sendo um assunto delicado, os amigos tinham intimidade o suficiente para falar daquilo de maneira confortável.

— Ah, ela disse algumas vezes que tem vontade que eu vá morar com ela, mas eu sei que é da boca 'pra fora porque demonstra o contrário... Mesmo que ela me ame, não acredito que esteja realmente disposta a ter minha presença casa dela, então não posso me apegar a essa ideia, sabe? Além do que, acho que também não tenho coragem de largar minha vida aqui e recomeçar na Califórnia.

— Ela não pode vir 'pra cá mesmo 'né?

— Diz ela que as coisas com meu pai ficariam ainda mais difíceis, sem contar o trabalho dela, que é muito puxado.