11- Principezinho Rebelde.

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    10 DE DEZEMBRO DE 2021

    —HANS FUGIU? MAS QUE...

    Elijah estava fervendo de raiva. Seu enteado irresponsável resolveu que seria uma boa fugir no tempo que estava fora, provando ser uma péssima opção para o trono. Infelizmente, Elijah não tinha muitas opções, seu reinado ia de mal a pior, esperava que de certa forma Hans conseguisse corrigir algumas coisas e não entregasse Liechtenstein á completa ruína.

    —Ao que parece, a princesa Emmeline acobertou a fuga dele. —Adam, um dos oficiais da guarda do castelo, contou.

    —Era de se esperar, aquela menina é um poço de problemas. —Elijah negou com a cabeça. —Mas Hans tolerar isso? Obedecer uma menininha inconsequente? Isso não tem cabimento!

    —Ele precisa ser punido...

    —Ah precisa... o que sabe sobre o paradeiro dele?— Elijah ergueu o olhar para o guarda.

    —Acontece que... Hans está disfarçado como Harry Lancaster, morando na casa dos fundos da minha esposa. —Adam contou.

    —Ah! Não só trai seu reino como destrói lares? Esse moleque é um imprestável, como Aaron foi. Então Adam, reúna os melhores homens e vão atrás dele.  Ele vai ter o que merece.

    [...]

    Harry estava apaixonado. Passava todos os seus dias praticamente com Donatella e com todo o ambiente perfeito da família Vacchiano e a expectativa para o Natal.

    E ah, Harry estava cada vez mais encantado por Donatella. A mulher era encantadora, simplesmente perfeita, e Harry conseguia a ver em seu futuro, não somente na vida disfarçada mas... talvez Donatella pudesse ser parte da vida de Hans também.

    —Meninas, peguem suas bolsas e... —Donatella saiu apressada de casa, mas seu rosto se iluminou quando viu Harry ali. —Harry, querido. Pode fazer um favorzinho pra mim? Eu prometo que te compenso por isso depois.

    —Não se preocupe. Do que precisa?—Harry se apoiou na grade da varanda e sorriu para ela.

    —Bem... acontece que preciso pegar algumas encomendas para o festival de Natal, e tô super atrasada pra isso, e não vou conseguir levar as meninas pra escola. Pode levar elas pra mim? —Donatella forçou um sorrisinho para o convencer. Se soubesse que nem precisava de tanto...

    —Claro, é a do centro, né? Levo sim, sem problemas.

    —Muito, muito, muito obrigada! —Donatella agradeceu e se virou para as filhas, que já estavam ali fora. —Olha, vocês vão com o Harry hoje, quero que se comportem bem com ele e deem a mão pra atravessar a rua, tá bom? —Se abaixou e beijou a bochecha das duas. —Amo vocês.

    —Até a Lua?—Verona perguntou.

    —Até a Lua. —Donatella sorriu. —E Harry, mais uma vez, muito obrigada mesmo. 

    —Imagine, e se precisar de ajuda com a festa é só falar!

    As meninas não eram desobedientes, na verdade, eram quietas demais pra crianças, mas, Hans gostava daquilo, poderia se acostumar a esse ritmo.

    E foi quando chegaram na calçada da escola que Verona congelou no lugar, e agarrou a mãozinha da irmã.

    —Tudo bem, Vero?—Harry perguntou.

    —Tudo sim, é que já temos que entrar. Beijo. Vamos Rory. —Verona apressou a irmã e entrou na escola.

    —Tenham um bom dia!—Harry acenou, confuso com a reação de ímpeto da menina.

    —Ora ora ora, achei o principezinho rebelde. —Adam comentou e riu com a distração do príncipe.

    —Desculpe mas, não sei do que está falando. —Hans se virou e forçou um sorriso.

    —Ah não sabe? Além de irresponsável é sonso, olha isso!— Adam riu ainda mais em deboche.

    —Escuta aqui cara, eu não quero problemas, tá legal? —Hans se aproximou dele, já enfurecido com todo o deboche na voz do homem. —E não vai querer se meter em uma briga com o futuro rei de Liechtenstein, vai?— O homem negou com a cabeça. —Ah tá, foi o que eu pensei. Tenha um bom dia!

    [...]

    Já era de tarde, e Hans estava sem seu disfarce em casa. Era bom ser ele mesmo de vez em quando, sem se preocupar com quem veria.

    Mas... o conforto dura bem, bem pouco.

    Hans estranhou ouvir batidas apressadas na porta, e mesmo sem disfarces foi atender. Quase caiu pra trás quando viu ali Donatella e mais alguns guardas, e ela estava sendo segurada pelos pulsos. Seu olhar que transbordava alegria até mesmo involuntariamente, exibia pânico e decepção. Outros dois guardas seguravam Verona e Aurora, como se fossem criminosas.

    —Sabia que quase nos meteu em sérios problemas, majestade?—Donatella murmurou com a voz falha, parecia tentar conter suas lágrimas.

The Christmas Pendant Where stories live. Discover now