Uma chance para o amor

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***

Jimin dormiu, o corpo estava cansado mais do que o comum, foi acordado pelo marido.

- Coração...- beijou os lábios do menor com carinho - cheguei.

- Oi - Sorriu para o alfa.

Como prometido o casal almoçou junto e apesar de relutante Jimin aceitou passear com o marido e foi uma tarde agradável.

Os dois estavam caminhando tranquilos pelo shopping, quando um dos alunos do omega se aproximou para cumprimentar.

- Boa tarde. Professor Jimin. - O loiro era só sorriso, para o professor.

- Oi Jung - Jimin simpatizava com o rapaz e fez questão de apresentar o marido - Esse é meu marido Jeon Jungkook.

- Prazer - o jovem fez uma leve reverência.

- Oi. - Nada no jovem a sua frente agradou o Jeon que não fez questão nenhuma em disfarçar -Temos que ir Jimin.

- A claro. Até mais Hoseok. - acenou para o aluno e deu um pequeno sorriso se desculpando pela atitude do marido.

O alfa quase o arrastou, apertando a mão sobre a pequena mão do ômega com mais força do que necessário.

- Chama todos seus alunos pelo nome? - A voz fria soou acusadora ao entrarem no carro.

- Acho que sim - Jimin tentou ser evasivo e não iniciar uma discussão.

- Entendo -Jungkook ficou calado o caminho todo para casa.

Dessa vez não correu como um doido, nem fez ultrapassagens perigosas, apenas seguiu silenciosamente, manobrou e entrou na garagem de casa, saiu primeiro deixando o omega para trás.

O celular tocou ele apenas ignorou, quando entraram no quarto.

- Não vai atender? - Jimin perguntou, afinal a pessoa que estava ligando com certeza parecia muito desesperada para falar com o Jeon, pois a ligação tinha sido desligada inúmeras vezes.

- Não. - Deixou o aparelho sobre o criado mudo.

- Pode ser importante. - Jimin insistiu.

- Não! Não é importante, quer esquecer isso! - Quase gritou, enquanto tirava o casaco e jogou a pa de roupa sobre a cama com certa raiva.

-Certo. Esquece - Jimin saiu batendo a porta atrás de si.

Não queria iniciar outra discussão, o que estava fazendo muito nos últimos dias. Seguiu para a cozinha estava com fome, apesar do passeio acabaram não comendo nada fora, clara pela saída deles apressados.

...

- Ah Lee - o ruivo riu ao ver o bilhete da senhora informando que tinha deixado um bolo para ele. - Eu te amo.

Sentou-se na mesa diante do bolo de chocolate antes de comer a primeira garfada outro enjoo, esse foi passageiro apenas náuseas que desaparecem antes mesmo dele seguir para o banheiro, tomou um pouco de água que ajudou a afastar o mal estar. Serviu uma fatia do bolo comeu tranquilo.

- Bolo? Achei que estava de dieta - Jungkook comentou assim que  entrou na cozinha.

- Dieta? Estou precisando? - Soltou o garfo e levou a mão a barriga.

Jimin tinha uma mania de sempre achar que estava acima do peso e o menor comentário causa uma neurose seguida de dietas e horas de exercícios.

- Não está, você está ótimo. -O riso morreu nos lábios finos do alfa quando o omega apenas deixou de comer, guardando o bolo na geladeira e jogando o que estava quase intocado no seu prato.

- Minie espera, foi brincadeira.

-Eu já tinha terminado Kook.- subiu correndo para o quarto, parando somente diante  espelho olhos atentos a cada curva do próprio corpo.

- Acho que uma dieta - analisou novamente - com certeza uma dieta.

***

Os dias de folga do ômega terminaram e ele retornou a suas aulas e Jungkook teve uma viagem de negócios que o deixaria fora por uma semana.

Jimin se despediu do marido quando o alfa seguiu para o aeroporto, foi para universidade estacionou na sua vaga, pegou a pasta e alguns livros que usaria na aula. Com equilíbrio desenvolvido pelo tempo de profissão seguiu para entro do campus.

- Bom dia Professor.

- Oi Hoseok.

Jung caminhou ao lado do professor, com uma manobra decidida tinha tirado das mãos pequenas a pilha de livros, os dois seguiran pelo corredor. Hoseok olhava para o ruivo, decidindo se perguntava ou não, gostava do professor e não queria perder a amizade do omega. Por fim decidio falou.

- Desculpe, mas tenho que perguntar. Você está bem?

Os olhos pequenos estreitaram em um olhar de dúvida.

- Estou bem sim, porque a pergunta?

O sorriso que recebeu foi consolador e quando se deu conta tinha lágrimas banhando sua face, levou as mãos ao rosto limpando.

-Desculpe. - Jimin saiu rápido indo para o banheiro estava envergonhado, como perdeu o controle? e pior não tinha motivos para chorar! sua razão não encontrou motivos mais o coração tinha.

Lavou o rosto que já estava vermelho, as lágrimas ainda teimavam em rolar por sua face. Ligou a torneira novamente curvou o corpo sobre a pia encheu as mãos de agua e molhou o rosto novamente.

- Jimin! Você está bem? - O Jung chamou - Jimin!

O Park ouviu um som mudo de algo bater no chão, sua visão escureceu sentiu o peso do próprio corpo cair no piso frio dolorosamente mais não pode se segurar tudo acontecia em câmera lenta.

****

- Ele vai ficar bem.

A voz de alguém soou longe aos ouvidos do ruivo, abriu os olhos e demorou para se acostumar com a luz branca, o cheiro do álcool o despertou por completo, estava deitado em uma maca no hospital, isso era certo.

- Oi. - O loiro sorriu para si.

- Hoseok. Onde estou?

- No hospital, você desmaiou no banheiro eu te trouxe para cá.

O loiro sorria largo, os olhos brilhantes de emoção, fez o coração do Park acelerar.

- Eu não sabia - continuou animado - parabéns, Jimin.

Jimin ficou quieto, tentou mexer a mão e sentiu um desconforto onde o soro estava.

-Hei, o que foi? - Uma preocupação substituiu o sorriso - Jimin o que foi? O médico disse que você e o bebê estão bem.

- O bebê?- deslizou a mão livre sobre a barriga magra. -Um bebê...

-Sim um bebê - Jung pegou o lenço no bolso e enxugou as lágrimas do ruivo sem coragem de perguntar o porquê da tristeza. Apenas ficou ali em silêncio aguardando até o outro se acalmar.

- Desculpe Hoseok, eu não sei o que aconteceu comigo. - O timbre fraco denunciava o quão cansado emocionalmente o mais velho estava.

- Está tudo bem - acariciou os fios tingidos - é normal durante a gestação. Sabe ficar mais sensível.

Um sorriso tímido surgiu no rosto do ômega.

- Obrigado.

- Sabe que o bebê sente tudo o que você sente, né? - Fez uma pausa analisando a reação de Jimin - Quer conversar?

Os olhinhos de meia lua tinham uma sombra de dúvida.

- Estamos bem, acho que estou um pouco cansado só isso.

- Bom saber. Estou aqui se precisar - piscou para o ômega e sentou na cadeira ao lado da maca. - Pode dormir se quiser o médico vai ver seus exames antes de te dar alta.

- Obrigado ....- foi só um sussurro que o loiro ouviu e apenas assentiu.

***

Armadilha do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora