Quem vai dar o braço a torcer?

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Hoseok estava em uma disputa com o kim. A porta atrás do mais alto era onde o ômega estava e o Jung queria vê-lo saber se estava tudo bem com ele e o bebê, mais o rapaz sério a sua frente agia como um guarda costas impedindo o loiro de entrar.

- Quem você acha que é para me mandar embora? - Hoseok não queria sair sem ver o Park, porém o alfa a sua frente, estava feito um cão guarda o impedindo de entrar.

- Ele está com o marido, melhor você ir embora. - Nam tentou ser educado mais o rapaz não estava disposto a conversar.

- Saia da minha frente! - Tentou passar mais foi impedido pelo corpo do outro.

- Vou chamar a segurança se não for embora.

As cartas foram jogadas e o Jung entendeu, que seria posto para fora se a segurança fosse chamada, então tentou apelar para o bom senso do kim.

- Preciso falar com ele. Saber se está tudo bem.

- Não precisa - Jeon veio caminhando pelo corredor com um sorriso satisfeito no rosto, e os papeis da alta do esposo nas mãos - meu ômega está bem e tudo que necessita é de repouso.

Parou na frente da porta onde o kim impedia a passagem do Jung, deu uma última olhada antes de entrar e logo o médico saiu.

- Não vou embora - Disse áspero para o kim - Não sem falar com Jimin.

- Faça como quiser. Mais não vai entrar.

Estavam num empasse nenhum disposto a ceder.

...

Jimin respirou fundo olhando a própria imagem no espelho, estava pálido o cabelo bagunçado e tinha duas sobras escuras embaixo dos olhos denunciando seu cansaço.

- Estou horrível - concluiu.

Vestiu a roupa com dificuldade, estava sentido um certo desconforto e uma dor leve o que lhe rendeu mais tempo para se vestir. Ficou parado diante da porta, segurando a maçaneta e ponderou antes de sair em como iria encarar o moreno.

- Jimin - A voz do marido soou preocupada - Precisa de ajuda?

- Não, já estou saindo - Abriu a porta saindo de cabeça baixa.

-Como se sente? - Jungkook queria abraçar o ruivo e ao mesmo tempo questionar sobre por que tinha fugido, só que diante do estado frágil do ruivo esperou que ele dissesse algo.

- Um pouco melhor - Estava apoiado na parede - Ainda com dor.

- Eu te ajudo - Passou o braço na cintura do esposo com cuidado e seguiu para a porta.

O kim ainda impedia a passagem de Hoseok, ambos estavam atentos ao menor movimento da porta, e quando essa abriu dando passagem para o ômega apoiado pelo marido. 

- Jimin! - Jung correu a encontro do ruivo- Você está bem?

- Estou - A voz franca denunciava a situação física e emocional do ômega.

- Eu te levo para casa - Se apressou em dizer, já indo apoiar o ruivo mais foi parado pelo Kim.

- Ele vai para nossa casa - Jungkook continuou levando Jimin consigo.

- Estou bem Hoseok. - Tentou acalmar o amigo, mais ele mesmo não estava certo de suas palavras.

- Me ligue se precisar, que eu vou te buscar!

- Não vai ser necessário - O kim o mantinha afastado, até o casal entrar no elevador.

- Sai da frente! - Estava furioso com tudo e apenas tentou alcançar o menor mais não teve sucesso o Park foi levado pelo marido e o guarda costas o atrapalhou tempo suficiente para que se quer conseguisse falar com o ruivo.  Acabou por retornar para o hotel.

***

- Não vai poder viajar até o final da semana - Jungkook comentou ao parar o carro no estacionamento do hotel onde estava hospedado.

- Essa não é minha casa - Jimin se recusou a sair do carro - Me leva agora.

O alfa desceu do carro e abriu a porta para o ruivo.

- Desça. - Esperou com impaciência o outro - Vai ficar aqui, até irmos para casa.

Não foi um pedido e o Park desceu lentamente apoiando na porta e no próprio acento para não aceitar a mão que lhe foi oferecida.

- Faça como quiser - Jungkook bateu a porta com força.

- Vou fazer - Estava decidido pegou o celular na bolsa, ligando o aparelho caminhou lento apoiado na parede rumando para a saída. - Boa noite, preciso de taxi. Sim. Quanto tempo? Obrigado.

Jimin seguiu até a rua, sem olhar para trás para ver se o alfa tinha vindo ou não atrás de si.

Esse esforço causou mais dor, o fazendo curvar o corpo, e o medo de perder seu bebê o fez gritar por ajuda.

- Jungkook! Me...ajude...

Não terminou a frase, foi levantado do chão pelo alfa, o rosto apoiado no ombro do marido inalando o perfume que lhe trazia tanta saudade.

- Seu teimoso. - Rumou com o omega nos braços para dentro do hotel e só o soltou na cama. - Fique quieto! Consegue fazer isso?

O sim silencioso do ômega fez o Jungkook  sorrir vitorioso.

Pegou água e o remédio entregando para o ruivo.

- O médico foi claro repouso absoluto.

O gosto do remédio não foi tão amargo como as palavras que o ômega disse a seguir.

- Não precisa se preocupar. Esse bebe não é seu! - Nem a dor fez o ruivo voltar em suas palavras.

Jungkook estava tentando manter a calma, só que esposo fazia questão de provocar, e nesse momento a raiva no seu rosto ficou nítida assim como na voz.

- Jimin...de é? Quem é o pai? - Fechou a mão em punho ao lado do corpo se segurando o máximo.

- Não é seu! Você não é o pai...isso é tudo que precisa saber. - A magoa ainda estava viva em seu coração o que não o deixou raciocinar - Obrigado por ter me ajudado, mais amanhã vou para minha casa.

-Você...

Alguém bateu na porta o que fez o alfa parar o que ia dizer e seguiu a passos pesados para abrir.

- O que é agora?!

O kim o observou erguendo uma sobrancelha em dúvida se falava ou não.

- O taxi que o Jimin chamou está na recepção.

- Ele não vai sair daqui!

O ômega sentou na cama.

- Eu vou! Estou indo para ser mais exato.

Jimin era teimoso e o marido ia além, aquela disputa parecia não terminar o que obrigou Namjoon a interferir.

- Jimin o Jungkook tem razão, não deve ir. O médico foi claro o menor esforço e seu bebê morre. - Cada palavra foi dita pausadamente e teve a atenção do casal - Qualquer estresse pode causar um aborto e colocar a vida do Jimin em risco também.

O ruivo deitou novamente virando o rosto para o outro lado as lágrimas já lhe molhavam a face.

- Ele fica. Pague o taxi Namjoon.

- Certo. - o detetive saiu fechando a porta atrás de si.

O alfa não queria ser pai, mais saber que seu ômega espera um filho de outro o enlouquecia passou a mão nos cabelos, aproximou-se o suficiente para ouvir o choro desesperado do esposo.

- Fique calmo...chorar não vai ser bom...para o bebê - Tocou o ombro pequeno sentindo os soluços ficarem mais calmos.

Jimin dormiu em algum momento entre o tamborilar dos dedos do alfa em seu braço, o cheiro do marido lhe acalmava fazia seu bebê relaxar esse era o efeito do alfa em seu ômega grávido. E Jimin era o ômega do Jungkook isso ele não conseguia negar.

***

Armadilha do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora