Necessidades e medos

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***

Jeon apesar de ter mandando o Kim procurar o ômega ele mesmo vasculhava as ruas de Seoul a procura de seu omega, e naquela manhã não foi diferente rodou com o carro pela cidade, olhando para os lugares onde ronha ido com Jimin quando se conheceram. Por fim sem nenhuma outra opção dirigiu direto  parar na Universidade, manobrou o carro e estacionou na vaga de visistante tinha estado ali tantas vezes. Resignado tinha decido que iria falar com o reitor, e revelar o sumisso de Jimin.

Olhou para o prédio, não que estivesse com dúvida sobre sua decisão, era apenas o gosto amargo em sua garganta a sessão incomoda de que: no momento que descesse do carro e entrasse no prédio, estaria dando o braço a torcer e revelaria que Jimin estava sumido, prefiria imaginar que o ruivo estava sumido a aceitar que 'seu omega' o tinha traído e estava nos braços do amante. Apertou as mãos no volante com raiva, imaginar que alguém podia estar ao lado de seu esposo era um pesadelo que o atormentava.

Saiu do carro e seguiu a passos firmes para a reitoria, não sem antes passar pela sala onde o esposo constumava dar aulas. O lugar estava vazio naquela hora, deu uma ultima olhada antes de seguir.

- Bom dia. - o reitor sorriu ao ver o alfa - como está Jungkook?

- Bem, obrigado.

Após o aperto de mão Jungkook sentou na cadeira qie lhe foi indicada.

O homem mais velho tinha sobre a mesa algumas folhas e o Jeon não pode deixar de ler o nome do esposo, porém o restante do documento estava embaixo de outro papel.

- Como Jimin está? - O reitor perguntou ao servir uma xícara de chá para o convidado.

- Bem, ele está muito bem - mentir pareceu o correto a fazer, enquanto ordenava seus pensamos.

O reitor sentasse e provou um gole do chá, satisfeito com o sabor voltou sua atençao ao jovem doante de si.

- Achei estranho, - iniciou ele com sincera estranheza na expressão - sabe, mudar para Busan, quando toda a vida de vocês está aqui.

Ele tomou outro gole, e voltou a falar.

- Jimin não deu detalhes, mais imagino que vocês quisessem um lugar calmo por um tempo.

O homem concluiu que um casal jovem deveria estar buscando um pequena fuga romântica ou algo assim, que logo daria lugar a realidade novamente, ciente de que Jungkook é um homem de negócios e ocupado com a empresa, eles não conseguiriam ficar longe da capital.

"Busan" a palavra soou como um gongo e. Jungkook sorriu animado.

- Eu concordo, nossa vida está aqui - sua voz transmitiu sua satisfação - logo vamos voltar.

O reitor concordou com um aceno positivo da cabeça e sorriu satisfeito, pois o Jeon ao seu ver era um bom 'alfa' para Jimin, um marido dedicado.

- Diga para ele, que espero nosso professor de história de volta em breve.

- Vou dizer. - O sorriso iluminava a face de Jungkook - Eu tenho que ir agora. Mais uma vez obrigado por me receber reitor 

- Você é sempre bem vindo Jungkook.

Um aperto de mão formal seguido de um tapinha no ombro do mais novo.

....

- Namjoon. - Apressou o passo quando o amigo atendeu a ligação, não podia perder tempo - Sou eu, estou indo para Busan.

- Busan? - O detetive não escondeu a surpresa com o destino inusitado do amigo.

- É para lá que Jimin foi. - declarou enquanto abria a porta do carro e assumia seu lugar ao volante.

- Eu vou também. - Kim não deu tempo para recusa. - Estou a caminho da sua casa.

A ligação foi encerrada.

***

A sala de espera do hospital estava cheia, ômegas com seus alfas aguardando para fazer a ultrassonografia, e ali sentado sozinho o Park folhava uma revista qualquer, sobre bebés e quartos luxuosos.

- Senhor Park - A enfermeira chamou. - Me acompanhe por favor.

Jimin devolveu a resvista a pilha de onde tinha tirada a mesma quarenta minutos antes, levantou e seguiu a moça, o tempo sentado tinha deixado seus pés quase amortecidos, além do desconforto da bexiga cheia para o exame, um desconforto grande para alguem que estava constantemente indo ao banheiro resultado da cede que estaba sentindo desde o inicio da gestação.

Recebeu o potinho para coletar a urina, naquele dia já tinha feito exames de sangue. 

Uma sala branca comum para um hospital, a médica aguardou o ômega deitar auxiliado pela enfermeira, deitado Jimin levantou a camiseta deixando seu ventre exposto para o exame a enfermeira passou um gel frio sobre sua barriga e  iniciou o exame. 

O monitor que estava ao lado da maca, conforme o pequeno aparelho passeava por sua barriga as imagens sem forma definida ia aparevendo e sumindo na tela, e quando em meio à sombra e luz, uma pequena forma foi focada.

- Aqui está - Ela sorriu - Consegue ver?

- Sim - a voz saiu engasgada diante da emoção.

Ela moveu um pouco a mão buscando um ângulo melhor do feto, e Jimin apertou um pouco os olhos tentando não perder a imagem de seu bebe.

- Ainda não conseguimos ver o sexo do bebê. - anunciou procurando novamente.

- Ah...- Não era realmente importante saber o sexo do bebê, o importante naquele momento era saber se estava tudo bem - Ele está bem? Quer dizer, não tem nada de errado?

Perguntou nervoso, seus dedinhos estavam cruzados torcendo para boas notícias 

- Ele está perfeito, é apenas menor do que deveria.

Ela apertou alguns botões, fazendo imagens e anotando alguma coisa que Jimin não pode ver, ele se quer tentou sua preocupação o fez repetir a declaração da médica.

- Menor?

- Sim, para 16 semanas ele tinha que ser um pouco maior. Nada que deva se preocupar apenas. Siga as orientações do seu médico.

- Vou sim - Jimin suspirou aliviado.

- Vamos refazer os exames em duas semanas - ela ainda olhava para o monitor - Ele ainda está pequeno. Vai ser melhor.

- Refazer? Em duas semanas ele vai ter crescido?

A médica olhou com ternura para o ômega - Vai com certeza. Essa fase eles crescem rápido.

- Obrigado - o ômega foi ajudado a levantar agradecendo cordialmente.

Uma dor no peito e um peso na consciência afligiram o Park por ter feito dieta e exercícios no começo da gestação, quando ainda não sabia do bebê. Esses pensamentos o torturavam.

...

O ômega aguardou na recepção pelo resultado, observava os casais que conversavam animados sobre o desenvolvimento de seus filhos, ele queria tanto que seu alfa estivesse ali que assim como ele tivesse e emocionado com o som do coraçãozinho que batia rápido junto ao seu, aquela alegria de ser pai Jimin queria que o marido sentisse, passou as mãos sobre a barriga, e s duvida seu coração queria que Jungkook estivesse ali para apoia-lo agora que estava se sentindo tão indefeso e frágil. 

Aquele era um desejo que não se realizaria, então apenas deixou de sonhar e saiu com os exames do hospital, estava com fome, então almoçar era sua prioridade e do bebê.

O restaurante aconchegante e discreto foi a escolha, o ruivo comia satisfeito quando a voz conhecida chamou por si.

- Professor Park!

Armadilha do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora