Capítulo 21 - Convite à alegria

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Da mais alta torre do Palácio de Hirá, Samira fitava além dos muros

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Da mais alta torre do Palácio de Hirá, Samira fitava além dos muros. Seu coração entrou em um ritmo acelerado desde a hora que recebera a notícia, angustiada orava para que o rei não obtivesse sucesso em sua investida. Em um sussurro suplicou ao Senhor:

— Meu Deus protege Asser, Tom, Edi, Zair, cada membro do Ninho, cada morador do Vilarejo...

Suas orações foram interrompidas por Aaron que preocupado aproximou-se com cuidado:

— Majestade, temo por sua saúde, está muito frio, venha se aquecer. Perto da lareira é melhor!

— Quero meu filho em segurança...

— O príncipe há de se salvar, confie! Vamos orar dentro do Palácio?

Ela assentiu, uma onda de tontura fez seu corpo cambalear para frente, ágil Aaron interceptou a queda da rainha.

— Obrigada Aaron, estou abalada, isso afeta meu equilíbrio emocional e físico.

— Precisa acalmar suas emoções — apreensivo sugeriu ele, mesmo sabendo que seria muito difícil a rainha conseguir realizar seu pedido.

O guarda levou Samira para um dos cômodos de convivência. Uma sala de estar com lareira, um piano e vários sofás e poltronas de couros confortáveis. Acomodou a rainha no sofá mais próximo do fogo.

— Trouxe um chá e um abraço — demonstrou Joana toda a sua afetuosidade.

Joana depositou a bandeja sobre a mesinha de mogno, e acolheu a rainha que chorava em seus braços.

— Jô, meu Asser... meu Asser... — abalada dizia ela repetidas vezes.

Havia dor e amor em cada lágrima derramada de uma mãe por seu filho. Um que fora criado com zelo e dedicação. A rainha abdicou de tantas coisas para proteger seus filhos da ira do rei.
Samira sentia-se inútil por não ter descoberto antecipadamente o ataque de Xaim, a maldade dessa ação jamais poderia ser imputado à ela, somente na conta do rei e do príncipe de Jubal.

Quando Samira expressou verbalmente seus sentimentos de culpa, Jô e Aaron foram fundamentais na discordância de tais afirmações, trazendo paz ao coração da rainha. As consolações dos dois foram um bálsamo para a alma da mulher, que conseguiu a muito custo, depois de tomar o chá, adormecer. Os dois zelaram Samira o tempo todo.

Na floresta Graciosa, sobre o chão da gruta, os joelhos de Asser latejavam pelo longo tempo em que estava dedicado à oração. Seus lábios movimentavam-se silenciosos em clamor, enquanto Juvenal, Jonas e Edissa ressonavam em paz. Eles podiam, ele não! Asser só iria sossegar seu coração quando todos estivessem seguros. O príncipe de Haviláh ficara a madrugada toda em vigília.

Estrella: A Garota Estrangeira - Livro 1 (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora